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AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS À LUZ DA ETNOMATEMATICA

Por:   •  15/12/2020  •  Dissertação  •  1.035 Palavras (5 Páginas)  •  157 Visualizações

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  UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS À LUZ DA ETNOMATEMATICA

        Edilaine Batista de oliveira

        D.Sc. Patricia Lopes

  1. INTRODUÇÃO

            Este trabalho foi desenvolvido com base em estudos realizados que relacionam os métodos convencionais de se aprender matemática às diversas culturas sociais que possuem suas próprias formas de aprendizado. Para chegar até aqui foi preciso estudar sobre a história da matemática, o que permitiu apontar algumas informações que nos mostram esta ciência desde tempos pré-históricos, através de algumas descobertas arqueológicas de ossos, pedras e madeiras com algumas marcas cravadas que podem ser possíveis registros de ciclos lunares, contagem de rebanhos, etc.

           Assim como em diversos ramos dos saberes, a matemática evoluiu, passando por babilônios, egípcios, gregos, árabes, hindus, até chegar a atual ciência do raciocínio lógico e abstrato, que estuda quantidades, medidas, espaços, estruturas e variações e que é bem conhecida na atual conotação acadêmica das instituições de ensino e escolas.

            No entanto, apesar de a matemática ser de grande utilidade no cotidiano das pessoas, ela ainda é considerada como um grande desafio para alguns alunos.          Muitas pessoas ainda têm grande dificuldade em conectar a matemática da escola a seus conhecimentos pré-existentes, mantendo assim a impressão de que não há novos conhecimentos a serem adquiridos. Esta dificuldade dos alunos se reflete diretamente no trabalho do professor, que se vê na necessidade de desenvolver uma forma pedagógica que associe o ensino de matemática aos saberes pré-existentes dos alunos.  

           Organizar seus conteúdos de maneira lógica e atraente pode ser uma das formas que ajudem os professores neste trabalho. Porém, como realmente os professores têm enfrentado esta problemática dentro da sala de aula?  Tem sido uma tarefa fácil ajudar os alunos a enxergarem que existe matemática em quase tudo ao seu redor? Quais exemplos de conexão entre conteúdo programático e realidade social os professores apontam como de grande relevância em sua forma de ensinar?

Com base na problemática levantada, essas e outras perguntas foram respondidas através de uma pesquisa qualitativa, por diversos professores que contribuíram com suas experiências em sala de aula. O desafio de ensinar utilizando a ETNOMATEMÁTICA para desenvolver em seus alunos a capacidade de ligar os novos conhecimentos aprendidos à suas experiências pré-existentes, é a direção para a qual este trabalho aponta, dando assim, novas alternativas que possam ajudar os professores a fazerem seu trabalho pedagógico à luz da ETNOMATEMÁTICA.

  1. ETNOMATEMÁTICA

           Ao afirmar que a matemática está presente em diferentes contextos culturais, entende-se que existem “saberes” e “fazeres” matemáticos diferentes que vão além do aprendizado convencional em sala de aula. Este entendimento levou pesquisadores em Educação matemática a constituírem um programa de pesquisa, iniciado em meados dos anos 70, chamado de ETNOMATEMÁTICA. O professor  brasileiro Ubiratam D’ambrosio foi um dos mais destacados pioneiros nos estudos desse novo ramo da matemática. Em seu livro “ETNOMATEMATICA ELO ENTRE AS TRADIÇÕES E A MODERNIDADE ele afirma que a ETNOMATEMÁTICA, assim como em diversas ETNOCIENCIAS, tem o objetivo maior de priorizar o ser humano e a sua dignidade como entidade cultural. Para ele, este Programa é um conceito amplo que busca entender como a espécie humana desenvolveu seus meios de sobrevivência e transcendência, não restringindo-se, portanto, as ideias práticas e técnicas matemáticas convencionais, ou seja, existem outras formas de se fazer matemática que muitas vezes estão relacionadas a diversas culturas diferentes.

“etnomatemática é a matemática praticada por grupos culturais, tais como comunidades urbanas e rurais, grupos de trabalhadores, classes profissionais, crianças de uma certa faixa etária, sociedades indígenas, e tantos outros grupos que se identificam por objetivos e tradições comuns aos grupos”

Ubiratan D’ambrosio – Etnomatematica – elo entre tradições e a modernidade

Com base em estudos feitos durante mais de quinze anos sobre ETNOMATEMÁTICA, Ubiratan D’ambrosio também cita em seu livro comparações vindas desde a época das grandes navegações onde houveram descobrimentos de novos lugares, dos quais muitos eram terras já habitadas por povos locais, que tinham sua própria cultura e sua própria forma de pensar. Essas descobertas revelaram um NOVO MUNDO no qual os imigrantes procuravam se manter em uma missão civilizatória, no entanto, no livro, ele aponta:

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