ATPS De Historia Da Educação
Dissertações: ATPS De Historia Da Educação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: kcarolro • 6/11/2014 • 2.446 Palavras (10 Páginas) • 258 Visualizações
Universidade Anhanguera
Centro de Educação a Distância
Pedagogia
Disciplina: História da Educação e da Pedagogia
São Paulo, 24 de abril de 2014.
Etapa 1
A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares.
Somos seres históricos, pois mudamos no tempo e com o tempo produzindo nós mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração recebe uma herança cultural dos antepassados, pois estamos inseridos no tempo, em que o presente adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Sendo assim o passado nunca estará morto, pois é nele que se fundam as raízes do que vivemos atualmente.
Somos resultado de um movimento incessante, por isso não é possível uma natureza humana com características universais e eternas. Pois não há “ser humano universal” que sirva de modelo em todos os tempos. E o motivo para não nos compreendermos fora da nossa pratica social, é que a mesma se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto.
Fazemos da mesma maneira com a história da educação, construindo interpretações das maneiras que os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que os orientam. Por isso o educador consciente e crítico deve ser capaz de compreender sua atuação com relação aos seus antecessores, agindo de maneira intencional e não intuitiva e ao acaso.
Se somos seres históricos, nada escapa a dimensão do tempo. Lembrando o que o poeta Paul Claudel diz: “o tempo é o sentido da vida (sentido: como se diz o sentido de um riacho, o sentido de uma frase, o sentido de um pano, o sentido de odor)”.
Com essa citação podemos perceber que a concepção de historicidade não foi a mesma ao longo do tempo. E, é a partir do momento que o homem tem uma cultura, parte-se do principio que somos feitos de tempo, pois carregamos histórias do passado, nossa cultura é passada para outras gerações, e cada seguimento social tem suas culturalidade e crenças que influenciam no modo de pensar e de agir, no entanto, nada fica estagnado, apesar da história ser passada de geração a geração, sendo assim não é possível pensar em uma natureza humana com características retrogradas eternizadas.
Desse modo a história passa a ser a interpretação do agir transformador do homem em todos os aspectos, no pensar, no agir, no sentir, no social e no pessoal.
Deve-se então, pensar que a mudança é resultado das relações sociais do indivíduo que se transforma com o decorrer do tempo, ou seja, não há como compreender o homem fora do seu contexto histórico-social definido.
Porém, todos os indivíduos assimilam sua herança cultural, mas estabelece mudanças conforme a ela ocorre no meio em que se insere.
Assim, também é com a educação, os saberes e os valores históricos que são transmitidos ao longo do tempo através das concepções míticas, éticas e religiosas.
Partindo desse pressuposto o processo de evolução de uma sociedade se dá pelo conhecimento de sua história que segue uma linha: linear, mítica, e espiral, ou seja, cada época é vivida historicamente de um jeito mítico porque envolve os heróis daquela época, linear, pois a história passa a ser datada em cada acontecimento e espiral porque move-se, sendo assim a historia é viva e muda a todo instante, chegando na história moderna, uma história que foi e é construída por todos.
Assim sendo, a história da educação tem conceitos evolutivos dentro de cada época, para tanto, se faz necessário analisar o passado para recriar o futuro.
Etapa 2
A origem da Educação escolar no Brasil – a ação contra os jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica.
Nas tribos indígenas o conhecimento era passado de geração para geração, onde os mais novos aprendiam como os mais velhos de sua tribo. Esse processo consistia em repassar a sua língua, hábitos alimentares, técnicas de caça, de pesca, de coleta e etc.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil e passaram a ocupar o território trouxeram seu próprio padrão educacional, predominante na Europa. Considerando que as populações que habitavam as terras brasileiras já possuíssem características próprias de se fazer educação. Assim com a chegada dos europeus estabeleceu um modelo educacional diferente do que praticava as populações indígenas que não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu.Esse modelo educacional europeu que passou a existir em terras brasileiras com a chegada dos portugueses veio através da Companhia de Jesus em 1549 e habitaram as terras tupiniquins ate sua expulsão pelo Marques de Pombal em 1759.
O sistema educacional no Brasil tem sua origem com os jesuítas. Os jesuítas eram padres da Igreja Católica que compunha a Companhia de Jesus. A Companhia de Jesus foi fundada por um soldado espanhol, Inácio de Loyola, que após ser ferido em combate da Pamplona, na Espanha, em 1520, passou a dedicar sua vida a Deus, deixando o exército e retirando-se para um convento.
Os jesuítas eram considerados “soldados do catolicismo” e agiam como tal, tendo um padrão hierárquico semelhante ao de um exercito, e seus soldados se submetiam as ordens de seus superiores. Formados sob rígida disciplina, os jesuítas disseminaram a doutrina católica por meio de missões de catequese que se espalharam por vários continentes do planeta.
A criação dessa Companhia logo após a Reforma Protestante ocorrida no século XVI tinha como objetivo barrar o avanço do protestantismo no mundo. Tem-se que esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contra-Reforma Católica. Com a descoberta de novos territórios e novos povos, os jesuítas tinham como missões ampliam a dominação da igreja católica e isto representava uma oportunidade de se expandir, dando ênfase ao que fora denominado de Contra Reforma Católica.
Os lideres dessa missão no novo mundo são os padres José Anchieta e Manuel da Nóbrega este eram os integrantes da comitiva de jesuítas enviados ao novo mundo, para dar seqüência ao projeto da Igreja da Contra reforma, militante e conservadora. Sua missão ao Novo Mundo consistia em evangelizar esses povos, e para que esse objetivo fosse alcançado fundaram colégios
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