Adoção De Estratégias Para Promover A Inovação Dentro Do Contexto Empresarial - Cirque Du Soleil

Título Adoção de estratégias para promover a inovação dentro do contexto empresarial

Aluno: Elaine Cristina Zampella Tonon Juliano

Disciplina: Estratégia de Empresas Turma: UCI-SP17

Introdução

A competitividade nos diversos segmentos de mercado têm levado as organizações a definirem estratégias que as diferenciem no mercado em que atuam.

Diversos são os fatores que determinam a posição das empresas frente a seus concorrentes, dentre eles atendimento, preço e qualidade.

Quando falamos em empresas com produtos muito parecidos, pequenas variações destes fatores podem afetar sua participação no mercado.

Torna-se necessário reinventar-se, criar produtos diferenciados que permitam se distanciar nesta corrida em busca da liderança. E a chave dessa vitória está na inovação.

É através da inovação que o Cirque du Soleil reinventou a arte circense, criando um espetáculo único, que lhes permite estar sempre à frente.

O cuidado com os detalhes, qualidade, conhecimento e a busca incessante por novas atrações garantem o sucesso desta organização, que deve ser vista com um exemplo a ser seguido por empresas das mais diversas áreas de atuação.

Cinco forças competitivas

Segundo Porter, as cinco forças competitivas que determinam uma concorrência são: rivalidade entre as empresas, ameaça de novos entrantes potenciais, ameaça de novos produtos substitutos, poder de barganha dos consumidores e poder de barganha dos fornecedores.

É importante ter em mente, que para se caracterizar uma concorrência, as empresas devem ter produtos ou serviços parecidos.

Este é o ponto chave da estratégia do Cirque du Soleil: sua inovação e melhoria contínuas caracterizam seu produto como único no segmento.

Segundo entrevista intitulada como “Por dentro do Cirque”, dada por Mario D’ Amico, Vice-presidente Sênior de marketing do Cirque du Soleil, a Miguel P. Caldas, professor da FGV-EAESP: “Desde sua fundação, em 1984, o Cirque du Soleil, escolheu capacitar os seus criadores e fazer da criação o ponto focal de suas atividades. A criatividade é a força propulsora por detrás do crescimento contínuo da organização”

O Cirque du Soleil dá importância a tudo e a todos que envolvem sua organização, desde funcionários, fornecedores, comunidade, meio ambiente e sociedade. Esta fato ajuda a desenvolver atitudes positivas por parte de todos os seus colaboradores e parceiros.

Ainda segundo Mario D’ Amico, “A estratégia central é pôr a criatividade em primeiro lugar e acreditar na nossa visão”.

É extremamente importante que toda a organização acredite em sua visão, e que os funcionários contribuam com atitudes positivas para que o objetivo da organização seja alcançado.

O Cirque du Soleil, através da criação e inovação, conseguiu se tornar único no segmento em que atua, pois apesar de ser denominado como Circo, seus espetáculos vão muito além, com cenários, músicas, atrações diferenciadas que atraem um público também diferenciado, que procura não somente um show com palhaços, contorcionistas, etc.

Para entender como o Cirque du Soleil utiliza as cinco forças competitivas de Porter, vamos analisar cada uma delas, e identificar sua relação com a estratégia do Cirque.

 Rivalidade entre as empresas: Por se tornarem únicos neste tipo de entretenimento, o Cirque du Soleil se distancia de todos os demais concorrentes, pois é o pioneiro deste tipo de espetáculo.

O Cirque du Soleil tem como núcleo de competência o crescimento pela inovação, como indicado no artigo disponibilizado no ambiente de estudos “Como ter sucesso no lançamento”, por Gary Hamel e C. K. Prahalad.

A cada ano, os criadores do Cirque reinventam seus espetáculos, trazendo novas atrações, o que certamente atrai novos públicos e motiva o público existente.

Além disso, o Cirque demonstra de forma clara, que as emoções vividas durante um espetáculo deles não será encontrada em nenhum outro.

Conforme Ricardo Teixeira, em seu artigo “O Cirque de Soleil e sua estratégia de Oceano Azul”, o Cirque de Soleil adota uma estratégia chamada de Oceano Azul, onde a concorrência torna-se irrelevante:

“Um oceano azul é mais favorável à organização que o ocupa, porque não conta com a presença de tubarões, podendo uma empresa nele operar com muito mais espaço e tranquilidade. Este cenário de oceano azul é possível quando uma empresa torna a concorrência praticamente irrelevante, criando um novo mercado ou reinventando um mercado existente a partir de regras que então não tinham sido definidas.”

Este trecho representa exatamente a estratégia definida pelo Cirque para aniquilar a concorrência e se manter constantemente nesta posição.

 Ameaça de novos entrantes: A constante inovação de seus criadores dificulta ou até mesmo impede que outras empresas entrem neste segmento.

Nenhuma empresa consegue saber qual será o tema e quais serão os recursos do próximo espetáculo, impedindo sua reprodução.

 Ameaça de produtos substitutos: Por ser única no mercado e inovadora, não existem produtos substitutos.

A estratégia definida pelo Cirque garante sempre o fornecimento de um espetáculo único.

 Poder de barganha dos consumidores: De acordo com Carlos Santiago, em seu artigo sobre as cinco forças competitivas no contexto do Cirque du Soleil, “um espetáculo (produto) do Cirque du Soleil, justamente pelo fato de ser único, é ele quem faz a barganha frente aos clientes, por isso, neste caso os clientes não buscam o menor preço deste produto, mas sim a melhor qualidade”.

Mais uma vez, a estratégia de inovação faz com que os clientes estejam dispostos a pagar o valor quantitativo (monetário) pelo produto, a fim de levarem para casa a qualidade de um produto diferenciado.

 Poder de barganha dos fornecedores: Me remeto novamente às palavras de Mario D’ Amico, que diz: O Cirque,