Agenda 21
Monografias: Agenda 21. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gustavorighetto • 12/10/2014 • 870 Palavras (4 Páginas) • 236 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento sustentável é um importante conceito de crescimento,
presente no debate político internacional, em especial quando se trata de
questões referentes à qualidade ambiental e à distribuição global de uso de
recursos. Define-se desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade ambiental
como a utilização de recursos no presente sem comprometer o uso potencial
desses recursos no futuro (BRUNDTLAND, 1991, p. 46). Para Daly (2002) é mais
precisamente, a não redução da capacidade do ecossistema de sustentar o fluxo
social e ambiental.
Pensando na capacidade dos ecossistemas e da sociedade de se
sustentar, é elaborado um plano de ação. Um documento onde a sustentabilidade
é reforçada, conhecido por Agenda 21. A Agenda 21 é um documento que mostra
a necessidade de importantes transformações no entendimento ambiental no
mundo através de medidas para que seja possível a economia crescer sem que
os recursos do ambiente se esgotem sendo possível a continuidade da vida.
179 países participaram da construção da Agenda 21 e elaboraram pontos
para ações que atingem a realidade de cada um. A partir desse documento a
educação ambiental começa a ser mais difundida e participativa e o
desenvolvimento sustentável passa a ser conceito importante nos estudos
ambientais.
A construção de Agendas 21 no âmbito local, escolas,
bairros e municípios, em espaços regionais, bacias hidrográficas,
consórcios municipais, nos Estados e no âmbito Nacional,
pressupõe o estabelecimento de processo participativo, objetivos,
compromissos, visão de futuro e indicadores de avaliação
(MALHEIROS et al., 2008, p. 17).
As Agendas 21 locais, ou seja, dos municípios, através de fóruns,
conselhos e outros formatos participativos e de formação de consensos, devem
promover a interação de diferentes segmentos sociais em torno dos princípios da
sustentabilidade (MELLO, 2006).
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A Agenda 21 no Brasil começa a ser elaborada em 1997 pensando
principalmente em ações voltadas para promoção da sustentabilidade, justiça
social e crescimento econômico (BRASIL; Ministério do Meio Ambiente, 2011).
Em 2002 é a vez da Agenda 21 do Estado de São Paulo ser entregue a
sociedade, com uma abordagem mais voltada ao crescimento econômico e
educação. Na Cidade de Santos/SP, a Agenda 21 não se concretizou
plenamente, porém há muitos programas ambientais que foram criados na
expectativa da construção e efetivação da mesma como os programas “Santos,
Nossa Casa”, que tem por objetivo incentivar a participação da população na
prevenção e solução dos problemas advindos do manejo inadequado dos
resíduos sólidos urbanos e “Nossa Praia” que consiste em conscientizar
munícipes e turistas quanto à limpeza e balneabilidade das praias (PREFEITURA
MUNICIPAL DE SANTOS, 2012). Fóruns e reuniões são constantemente
realizados para chegar a um plano de ação que realmente faça a Agenda 21 da
cidade acontecer.
Alguns dos tópicos importantes da agenda para o município são: o porto e
a balneabilidade das praias, a preservação dos manguezais e a favelização dos
morros da cidade. Essas são discussões sempre presentes em qualquer projeto
ambiental da cidade e evidentemente relacionadas à economia local, fazendo jus
ao desenvolvimento sustentável. No entanto, a gestão dos recursos hídricos da
região ficou menos desenvolvida nessa discussão. A falta de conhecimento sobre
os corpos d’água da região pela sociedade vem gerando degradação cada vez
maior nesses sistemas. E não é só, segundo o governo do Estado de São Paulo,
a Baixada Santista possui uma população favelada maior que a população com
moradias tradicionais. Desde 1996 até 2000, o aumento era de 43,6% no número
de favelas. Em contrapartida, o crescimento das moradias tradicionais no mesmo
período foi
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