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Ambiente Alfabetizador

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Por:   •  24/3/2015  •  1.631 Palavras (7 Páginas)  •  582 Visualizações

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AMBIENTE ALFABETIZADOR: O QUE É? DE ONDE VEM ESSA IDÉIA?

Todas as crianças, são sujeitos de conhecimento e, como tal, quando crescem em comunidades letradas, não permanecem indiferentes ao código escrito e constroem conhecimentos sobre a leitura e a escrita, antes mesmo que algum adulto decida ensinar-lhes sistematicamente.

“ambiente alfabetizador”, que visava a levar para a sala de aula um ambiente semelhante ao que as crianças viviam em seu cotidiano quando expostas a situações de leitura e de escrita. Defendia Ferreiro que, assim fazendo, a professora estaria contribuindo para o processo de alfabetização das crianças. Nas palavras de Ferreiro, criar um ambiente alfabetizador significa organizar a sala de aula de maneira que em cada classe de alfabetização deve haver um “canto ou área de leitura” onde se encontrem não só livros bem editados e ilustrados, como qualquer tipo de material que contenha a escrita (jornais, revistas, dicionários, folhetos, embalagens e rótulos comerciais, receitas, embalagens de medicamentos etc

APRENDENDO COM O COTIDIANO ESCOLAR

Como alfabetizar para a cidadania? Que novos conteúdos e metodologias são necessários para potencializar alunos no exercício da cidadania?

O papel da professora seria, então, continuar a investir na ampliação do universo cultural das crianças, transformando em conteúdos alfabetizadores toda a experiência trazida por elas.

O ambiente alfabetizador tem de ser datado e situado. Ele é histórico

Embora os estágios do desenvolvimento mental ocorram numa ordem fixa, crianças diferentes passam de um estágio para outro em idades diferentes. Além disso, uma criança pode estar num determinado estágio em alguns aspectos e em outro estágio em outros. Seguem alguns tópicos com aspectos importantes, destacados em alguns estudos sobre o assunto.

• O desenvolvimento mental é influenciado por quatro fatores inter-relacionados: maturação, experiências, interação social e equilibração.

• Para os professores, três estágios do desenvolvimento são especialmente importantes: pensamento intuitivo, operações concretas e operações formais.

• O desenvolvimento mental das crianças impõe limitações definidas sobre o que podem aprender e sobre como (as condições sob as quais) aprendem

. • O pensamento cresce partindo de ações e não de palavras.

• O conhecimento não pode ser dado às crianças. Ele tem que ser descoberto e reconstruído através das atividades dos alunos.

• As crianças aprendem melhor partindo de experiências concretas.

• Por natureza, as crianças estão continuamente ativas. Elas têm de descobrir e dar sentido ao seu mundo. Quando estão fazendo isto, elas refazem as estruturas mentais que permitem tratar de informações cada vez mais complexas.

Ao conviver com a professora, diretora, orientadora educacional, supervisora, merendeira e serventes, vai adquirindo certo grau de consciência social, tornando conhecimento das profissões, dos profissionais e do mundo do trabalho. É importante para a criança participar de comunidades diferentes de sua família, experimentar contatos menos pessoais e intensos em seu relacionamento que possibilitam a relação com grupo de iguais. É por meio desse convívio que, ajudada pela professora, vai interiorizando as normas morais e éticas da sociedade.

Para o trabalho na Educação Infantil fluir, é importante e fundamental que haja planejamento. Este pode ser formulado com as crianças, o que o torna mais rico. Deve ser flexível a fim de valorizar o que a criança traz ou situações inesperadas que são muito “atrativas” e interessantes para ela. Cabe ao professor saber aproveitá-las, e convivendo com crianças o que não falta é assunto. Na Educação Infantil, as atividades devem ser interligadas, ou seja, deve haver uma interdisciplinaridade, pois como estamos trabalhando com seres e partindo do princípio que eles são totais e não partes isoladas, as atividades também devem ser assim, englobar a criança em sua totalidade. Em uma única atividade, se bem explorada, é possível trabalhar vários aspectos simultaneamente, pois uma coisa está interligada com a outra. Mas para que isso aconteça e dê “certo”, é preciso que o professor confie em si mesmo e na capacidade do seu educando. As atividades na Educação Infantil podem ser definidas como brincar de descobrir relações.

A Educação Infantil tem nas mãos a grande responsabilidade de “pequenos grandes seres”, por isso cabe a ela facilitar o crescimento intelectual, afetivo e social, de maneira que se tornem cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres na sociedade.

O professor da Educação infantil precisa falar muito, mas precisa escrever tanto quanto fala. É importante que ele registre histórias, pesquisas, atividades e toda sorte de experências vividas com seus alunos. Para fazer isso, existem alguns cuidados e dicas que vamos listar para você.

• Escreva sempre na presença das crianças. Não espere que elas estejam ausentes para preparar murais e cartazes. Elas precisam ver a escrita acontecendo, os movimentos e a dinâmica.

• Leia muito para elas, não apenas histórias (estas merecem um estudo à parte que faremos mais adiante), mas avisos que estejam espalhados pela escola, cartazes, propaganda, jornal, tudo o que despertar a curiosidade delas.

• Peça a elas que tragam "coisas para ler", isto é, tudo o que considerem leitura. Explore o material, faça descobertas, junto com elas. Não diga tudo "didaticamente", como nos foi ensinado nos 82 C E D E R J Alfabetização: Conteúdo e Forma 2 | Alfabetização e Educação Infantil – 3ª parte C E D E R J 83 AULA 6 MÓDULO 1 cursos normais de antigamente, nos quais aprendíamos a recitar as respostas prontas, absolutamente corretas, como "professorsabe-tudo". Principalmente, seja um desafiador, induza, incite a curiosidade, mas não lhes roube o prazer da descoberta. A resposta que você constrói com elas, organizando o pensamento e as idéias, depois da descoberta, será mais produtiva, mais criativa, e dificilmente será esquecida.

• Estimule-as a realizar escritas espontâneas, pois como já vimos nas aulas sobre a concepção construtivista (Aulas 13, 14 e 15, Volume 2 de Alfabetização 1), toda criança possui hipóteses acerca da escrita e da leitura. O que você precisa fazer é estimulá-las a expressar o que pensam.

• Toda a produção de escrita espontânea precisa ser contextualizada,

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