Analise Do Discurso Da Revista Veja E Carta Capital

A Revista Veja é uma revista semanal brasileira publicada pela Editora Abril. Sua primeira edição foi publicada em setembro de 1968, e foi criada pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta. Com uma tiragem superior a um milhão de exemplares, segundo sua tabela de circulação geral, constante do seu site, Veja se diz a revista de maior circulação no Brasil. A revista aborda temas a respeito do cotidiano da sociedade brasileira e, por vezes, mundial, como política, economia, cultura, comportamento e guerras, bem como conflitos e negociações diplomáticas. Seus textos são elaborados em sua maior parte por jornalistas, porém, nem todas as seções são assinadas. Trata também temas como tecnologia, ecologia e religião com certa regularidade. Possui seções fixas sobre cinema, literatura, música e guias práticos sobre assuntos diversos. A revista é entregue aos seus assinantes aos sábados e nas bancas aos domingos, mas traz, nas capas, a data das quartas-feiras.(veja.abril.com.br)

A revista veja analisada traz o seguinte título: Uma lição aos corruptos. Supremo determina prisão dos condenados no maior escândalo da história do Brasil, o famoso mensalão. A capa da traz os políticos José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares, com uma sobra de uma grade, mostrando que eles foram punidos em uma cadeia, esboçada nos rostos de cada condenado, e a linguagem na manchet em amarelo em letras em caixa alta com a seguinte fras: "UMA LIÇÃO AOS CORRUPTOS” divulgando com exatidão e coerência que o que eles fizeram teve consequências para os mesmos, que passa uma ideia de prisão para destinatário. Segundo o conceito de Vero, sobre tipologia de imagens, a mesma de enquadra em uma metáfora visual. Dessa forma, Veja define sua posição discursiva como entidade enunciativa por meio da articulação da foto e da legenda.

A revista veja parece dirigir-se a um público mais esclarecido, bem informado, capaz de reconhecer as figuras de retórica utilizadas na construção do seu discurso. Ela tem como público-alvo, as camadas mais favorecidas da sociedade, ele tem a capacidade de influenciar politicamente os seus co-enunciadores.

O uso do discurso reportado Verón, também indica que a revista se exime da produção do enunciado. Mantendo assim seu discurso com assimetria dialógica, pela preferência em apresentar as imagens dos políticos ao invés de outra figura, além de apresentar uma legenda que pressupõe o conhecimento do assunto pelo leitor, caracterizando-se como enunciador pedagógico. Outro fato relevante é a influência do nome da revista na composição dos textos da capa, quase que ordenando ou direcionando o olhar do leitor às vezes identificando-se através da cor usada no logotipo com o fato.

De acordo com Verón (ano), o contrato de leitura reveste-se em um interesse particular para se conhecer as relações entre produtor e receptores de mensagens. O contrato de leitura visa criar um vínculo entre o suporte e seu leitor é através dele que se pode perceber a especificidade de um suporte e valorizar tal leitura diante de veículos concorrentes.

O conceito de contrato de leitura implica que o discurso de um suporte de imprensa seja um espaço imaginário onde percursos múltiplos são propostos ao leitor; uma paisagem, de alguma forma, na qual o leitor pode escolher seu caminho com mais ou menos liberdade, onde há zonas nas quais ele corre o risco de se perder ou, ao contrário, que são perfeitamente sinalizadas. [...] o leitor reencontra personagens diferentes, que lhe propõem atividades diversas e com os quais ele sente mais ou menos desejo de estabelecer uma relação (VERÓN, ano, p. 236).

Segundo definição do site da revista Carta Capital (CARTA CAPITAL, 2013):

A revista Carta Capital é publicada pela Editora Confiança, fundada em 1994. Comandada pelo jornalista Mino Carta (criador das revistas Quatro Rodas,Veja, IstoÉ e do extinto Jornal da República). Mensal na sua criação, depois quinzenal e semanal a partir de 2001. Possui atualmente uma tiragem média de 75 mil exemplares. Em 2001, Carta Capital ganhou o Prêmio Brasil de Mídia do Ano pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), o que se repetiu em 2003. Desde 2008, a revista mantém uma parceria com a The Economist, uma das mais influentes publicações do mundo. Pelo acordo, Carta Capital publica semanalmente conteúdos exclusivos da edição inglesa, 12 relatórios especiais ao longo do ano (as famosas