Analise Macro Economicop Varejista
Exames: Analise Macro Economicop Varejista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TATYPEPE • 15/6/2014 • 7.197 Palavras (29 Páginas) • 392 Visualizações
Analise macroeconômica comércio varejista
As vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 4,3% em 2013, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o pior crescimento anual desde 2003, quando foi verificada queda de 3,7%.
O resultado, apesar de positivo, também foi quase a metade do registrado em 2012, quando o volume de vendas cresceu 8,5%, fortemente influenciado pelo aumento de 8,5% do segmento de hipermercados. No ano passado, as vendas desse setor também cresceram, mas em ritmo bem menor, puxadas por artigos de uso pessoal e doméstico.
Em dezembro de 2013, segundo o IBGE, as vendas do varejo caíram 0,2% na comparação com novembro – a primeira queda após nove meses seguidos de expansão.
Setores
Entre os segmentos do varejo analisados pelo instituto, o que exerceu a maior contribuição para o resultado anual do comércio foi o de "outros artigos de uso pessoal e doméstico", divisão que engloba segmentos como lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos e brinquedos. O avanço foi de 10,3% frente a 2012 – o maior desde 2008 –, e a fatia de participação no índice geral chegou a 23,3%. Dentro desse grupo, o desempenho do segmento de lojas de departamentos foi o que teve mais destaque.
Na sequência, de acordo com a ordem de importância dos setores para o cálculo do índice do varejo, aparecem os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com participação de 22,6%. As vendas cresceram 1,9% na comparação com 2012 – percentual inferior ao de 8,5% registrado em 2012. Foi o resultado mais fraco desde 2003, quando ocorreu uma queda de 4,9%.
Em 2012, o setor hipermercados e afins, que havia crescido 8,5% frente a 2011, tinha exercido o maior impacto. No entanto, a pesquisa do IBGE indica que "houve desaceleração do ritmo de crescimento da massa real de salário, com taxa de variação de 2,9% em 2013, contra 6,5% em 2012".
Também contribuiu para o crescimento do varejo no ano passado a atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. O aumento em relação a 2012 foi de 10,1%, o terceiro maior impacto (15%) registrado.
"A variação de preços de medicamentos abaixo do índice geral e a expansão da massa de salários, somadas ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral do varejo", disse o IBGE em nota.
Também contribuíram para essa alta o desempenho do varejo de combustíveis e lubrificantes, com aumento de 6,3% em relação ao ano anterior; e do segmento de móveis e eletrodomésticos, com avanço de 5%.
Dentro desse grupo, o destaque negativo ficou com a venda de móveis, cuja variação passou de 11,9% em 2012 para -1,6% em 2013, "motivada pelo aumento dos preços de mobiliário, apesar da desoneração fiscal sobre produtos do gênero [redução do IPI]".
O segmento de vendas de tecidos, vestuário e calçados cresceu 3,5% – mesmo resultado de 2012 –, e a atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve avanço de 7,2%. O ramo de livros, jornais, revistas e papelaria foi responsável pela menor contribuição à taxa global, registrando variação de 2,6% em relação a 2012.
Receita
Em dezembro de 2013, a receita nominal do comércio (balanço entre receitas e despesas, sem considerar a inflação) cresceu 0,5% e, no acumulado no ano, o avanço foi de 11,9%, abaixo da alta de 12,3% em 2012.
Destaque para Rondônia
Na análise por unidades da federação, seis estados mostraram alta: Rondônia (1,6%), Roraima (1,4%), Piauí (1,3%), Santa Catarina (1,2%), Mato Grosso (0,7%) e Paraná (0,7%). As principais quedas partiram do Tocantins (-11,9%), de Mato Grosso (-7,1%), da Paraíba (-5,8%), de Sergipe (-5,4%) e do Amapá (-3,1%).
Ainda no corte regional, em relação ao volume de vendas, na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo mês de 2012, apenas duas unidades da federação apresentaram resultados negativos: Espírito Santo (-3,7%) e Sergipe (-0,2%). Nos demais estados, as variações de maior peso se deram em Mato Grosso do Sul (15,6%), no Acre (13,2%), em Rondônia (13,2%), no Maranhão (9,7%) e no Paraná (8,9%).
Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram: São Paulo (3,6%), Paraná (8,9%), Rio Grande do Sul (5%), Rio de Janeiro (2,5%) e Mato Grosso do Sul (15,6%
Cenário em São Paulo
A Federação do comercio de bens, serviços e turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP) projeta um cenário de cautela para o varejo em 2014, influenciado principalmente pelo menor reajuste real do salário mínimo previsto para janeiro, em 0,9%, abaixo do registrado em anos anteriores. O movimento de alta do endividamento das famílias e a trajetória de queda dos índices de confiança, tanto do empresário como do consumidor, também contribuem para expectativa. O crescimento do varejo em 2013 foi de 4% e para 2014 estima-se crescimento em média de 3%.
Além disso, na capital paulista o aumento do imposto predial e territorial urbano ( IPTU ) deve contribuir negativamente para a atividade varejista, principalmente o 1° trimestre foi especialmente complicado, por esses fatores sazonalidades, que sempre faz com que esse período seja mais fraco.
A situação prevista é que será favorável do mercado de trabalho, com a manutenção dos níveis de empregos, e o crescimento do crédito e da renda, mesmo que em proporções menores, devem sustentar o resultado da atividade varejista em 2014 “ Isso não vai garantir um desempenho tão forte, mas também evitará uma crise”, afirma Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio SP.
De acordo com FecomercioSP, a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 vem com tampouco representa um estimulo adicional para a economia varejista. Segundo a entidade o evento terá um efeito limitado para o setor, já que o câmbio brasileiro é desfavorável para os turistas estrangeiros que virão ao país e, e por isso, não deve haver um incremento significativo das vendas. Os maiores benefícios serão na geração de empregos e na área de serviços.
Antonio Carlos Borges chamou atenção para questões macroeconômicas que, segundo ele, podem gerar preocupações “ Temos que ter cautela, pois sabemos como o governo vai equacionar o conjunto formado por taxas de juros, inflação e crescimento. E aluma coisa está errada no País como o consumo das famílias crescendo 4%,
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