Aprendizagem Significativa
Dissertações: Aprendizagem Significativa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: douglasseixas • 27/11/2014 • 3.609 Palavras (15 Páginas) • 462 Visualizações
Equação de 2º Grau: Análise da proposta apresentada no Caderno do professor do Estado de São Paulo sob a perspectiva da aprendizagem significativa.
Brenno Poyares T. de G. Telles
Douglas P. Santiago de Seixas
Resumo
Este artigo visa analisar sob a perspectiva da aprendizagem significativa, a proposta do caderno do professor de matemática do Estado de São Paulo referente ao conteúdo de equações do segundo grau, identificando se os conceitos apresentados na Teoria da aprendizagem significativa formulada por David Ausubel e difundida por outros especialistas na área de educação e didática da matemática podem ser encontrados na proposta do Estado. Orientados pelo conceito da aprendizagem significativa identificamos que, apesar da proposta do Estado apresentar alguns dos pilares da aprendizagem significativa, apresenta uma lacuna no que se refere a atividades complementares aos métodos apresentados.
Palavras-chave: Equação de segundo grau, Matemática, Aprendizagem Significativa.
Abstract
This article aims to analyze the perspective of the proposed meaningful learning Notebook Math Teacher of São Paulo on the content of quadratic equations, identifying the concepts presented in meaningful learning theory formulated by David Ausubel and disseminated by other experts in the field of education and teaching mathematics be found in the proposed rule. Guided by the concept of meaningful learning identified that despite the State's proposal to present some of the pillars of meaningful learning, has a gap with regard to the methods presented complementary activities.
Keywords: Quadratic equation, Mathematics, Meaningful Learning.
Introdução
A proposta curricular do Estado de São Paulo destaca que:
A aprendizagem é o centro da atividade escolar. Por extensão, o professor caracteriza-se como um profissional da aprendizagem e não tanto do ensino. Isto é, ele apresenta e explica conteúdos, organiza situações para a aprendizagem de conceitos, métodos, formas de agir e pensar, em suma, promove conhecimentos que possam ser mobilizados em competências e habilidades, as quais, por sua vez, instrumentalizam os alunos para enfrentar os problemas do mundo real. (São Paulo, 2008, p.18)
A equação de 2º grau é um dos conteúdos da disciplina de matemática que tem seu uso nas mais diversas resoluções de problemas durante as séries finais do ensino fundamental, ensino médio e superior.
Para o ensino de equação do segundo grau o caderno do professor de matemática do Estado de São Paulo propõe duas situações de ensino-aprendizagem, a primeira apresentando alguns métodos de resolução distribuídos em 20 atividades e a segunda distribuída em 9 atividades com problemas que para sua resolução utilizam a equação de segundo grau.
“Cognição é o processo através do qual o mundo de significados tem origem. A medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à realidade em que se encontra. Esses significados não entidades estáticas, mas pontos de partida para a atribuição de outros significados”. (Moreira, 2008, p.3)
Ausubel (apud MOREIRA, 2008), descreve em sua teoria cognitiva da aprendizagem que os conhecimentos já existentes do aluno é a principal influência na aprendizagem. Dentro dessa teoria o conceito mais importante é o de aprendizagem significativa.
“Aprendizagem significativa um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo” (AUSUBEL apud, MOREIRA, 2008)
Selbach (2010) relata que para que ocorra essa aprendizagem, o professor precisa ultrapassar barreiras impostas pelo sistema RAD , e para isto é preciso tornar suas aulas atrativas para o aluno, desta forma, a informação transforma-se em conhecimento, caracterizando a aprendizagem significativa.
De acordo com Santos (2008), a aprendizagem significativa só ocorre quando o aluno têm “permissão de ser” e tenha a “sensação de ser”, isto é, o aluno exercite sua autonomia no processo de aprendizagem de acordo com sua “maneira específica de ser”, que será transformada conforme a interação significativa com outros e com o mundo. Nesse mesmo raciocínio (ibidem), justifica expondo que o alguém que não tem “permissão de ser” não encontra significado para que haja a interação imprescindível com o objeto da aprendizagem.
O objetivo deste artigo é analisar se o caderno do professor do Estado de São Paulo, instrumento de uso do docente para nortear a elaboração das aulas no estado paulista, está propondo atividades sobre equação de segundo grau que realmente levam seu público-alvo ao aprendizado significativo.
Para isso, foi elaborada uma análise, para verificar se o caderno está englobando os conceitos da aprendizagem significativa, para tal usaremos como base principal para fundamentar nosso estudo os livros de Simone Selbach “Didática e Matemática”, a Teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel transcritas no livro de Marco Moreira “Aprendizagem significativa”, dentre outros artigos relacionados ao tema.
Aprendizagem significativa
Segundo Ausubel (apud MOREIRA, 1982, p.7), para que a aprendizagem significativa aconteça, é necessário que as novas informações se relacionem com conceitos significativos para quem está sendo direcionada a aprendizagem. Essa é uma das condições para que a informação ancore no sistema cognitivo do aprendiz, pois existem outros fatores que influenciam e determinam o sucesso da aprendizagem.
Nesse sentido, Selbach (2010) acredita que somente entendendo como o cérebro trata as informações que recebe é que efetivamente pode-se planejar e desenvolver o conteúdo a ser ensinado de forma que torne significativo para o aluno, isso só se efetiva quando se satisfaz algumas condições como:
Despertar a curiosidade do aluno;
Conceito novo relaciona-se com conceitos preexistentes;
Afetividade do aluno com o conteúdo;
Criatividade.
Então, nesse conceito de aprendizagem significativa, o professor passa de detentor do conhecimento para o mediador do conhecimento. “O professor, portanto, não ensina e sim ajuda o aluno a aprender”
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