As Coligações Internacionais
Por: Camala Correia • 16/2/2020 • Resenha • 1.252 Palavras (6 Páginas) • 99 Visualizações
NIVALDO CORREIA
RESENHA
O texto a ser resenhado é fruto de trabalho de Centro de Estudo das Negociações Internacionais da Universidade de São Paulo5 (Caeni/USP), a intenção dos pesquisadores ou do Grupo de Estudo é trazer a luz do dia as discussões que foram deixadas de lado a respeito da “convergência-divergência” entre Brasil, Índia e África do Sul sobre seus interesses no setor de comercio. Também abordou interesses desses países no plano político-estratégicos. O trabalho apresentou vários conceitos trazidos por diversos autores que foram. Esse tipo de pratica de coalizão pode ser vista na formação dos G G-202 e o GT-33 O IBSA (Índia, Brasil e África do Sul) dois países que se articulam muito bem nessas coalizões é o Brasil e Índia. O G-20 tem mais caráter agrícola, e Índia e Brasil têm visões diferentes a respeito da agenda multilateral da agricultura. A Índia tem uma política que pode ser caraterizado de protecionismo enquanto que o Brasil tem mais visão de abertura de mercado doméstico.
De acordo com autores “O ponto de partida fundamental é de que a focalização nos aspectos meramente comerciais não dá conta de explicar os tipos de alinhamentos que são produzidos no próprio interior da arena multilateral de comércio.” (p, 467), também foi abordada o motivo que leva os três a países a colaborar ou a formar coalização comerciais multilaterais, para entender o motivo foi usada a teoria das coalizões. Como ponto de partida, os autores analisaram a parceria entre Brasil e Índia “no campo das coalizões deve ser entendida com base em três pressupostos.” (p, 467)
O primeiro ponto a ser analisada tem a ver com o esforço, disposição interesses defensivos em comum da Índia e Brasil, dois países partem ou defendem o equilíbrio de poder extra coalizão, regras de investimento e direito de propriedade intelectual, segundo ponto tem a ver com a “parceria, que é intergovernamental, ainda que se leve em consideração a influência de coalizões domésticas no processo de formulação de posições externas. Forças societais transnacionais ou não governamentais, neste sentido, têm peso diminuto.” (p, 467) O último é junção do primeiro ponto e o segundo ponto. Acredita-se que a junção dos dois leva os países a ter um comportamento tático- estratégico.
O artigo está dividido em quatro sub tópico, primeiro é a Teoria de Coalizões: Evolução e Estado da Arte. No segundo, Ação Coletiva Sul-Sul: Entre o Normativo e o Substantivo, terceiro é por uma tipologia de estratégias Sul-Sul e o quarto O Caso IBSA: Índia, Brasil e África do Sul, todos esses pontos serão analisados de forma sintética.
O primeiro sub tópico os autores analisaram o conceito de coalizão, que teve seu começo na política para formação de governos no modelo parlamentar, mas tarde o estudo da coalizão foi estendido para o campo das Relações Internacionais e negociações. Ao longo do tempo teve uma evolução e mudança nessa área, foi estuda o procedimento de formação de coalizão, que tipos de coalizões que existem que como são formadas, outro ponto é “2) estudos sobre o comportamento das coalizões, destinados a analisá-las sob a ótica da atuação dos atores participantes e, como decorrência, da estabilidade coalicional ao longo do tempo em função dos riscos de deserção dos atores; do tipo de estratégias desenvolvidas (demandantes, de veto, mistas etc.), do padrão de atuação (conservadora versus revolucionária), da eficácia de suas ações e da distribuição dos recursos (pay-offs)” (p 479-470)
A teoria de coalizão desenvolvida por William Riker em 1962, o autor alarga o estudo da coalizão, no qual, ele traz o tamanho das coalizões, conforme ele, “o princípio do tamanho das coalizões (size principle), para o qual em jogos de soma-zero de n-pessoas, em que concessões são permitidas, em que os jogadores são racionais e têm informações perfeitas, apenas coalizões vencedoras mínimas ocorrem. Invertendo-se a formulação, quando a saída de um único membro da coalizão inviabiliza a capacidade de vitória desta, tem-se a “coalizão vencedora mínima”, cuja lógica deriva do fato de que os participantes tendem a evitar maior dispersão na divisão dos benefícios derivados do processo de barganha.”
Esse campo de estudo apresentado pelo Riker mostra uma certa delimitação, nessa lógica, segundo Russett quanto mais tem muitos países numa coalizão internacional se torna mais difícil de ver bons resultados, ou seja, formação de uma coalizão, motivo de ter falha no modelo apresentado pelo Riker, é que ele não leva em consideração a diferença de poder dos países que vão formar uma coalizão. . Outros autores também deram suas contribuições nesse debate apresentado pelo Riker, o Ganson compartilha a mesma lógica de Riker.
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