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As Crises Internacionais A Partir Da década De 1990

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Por:   •  17/10/2013  •  2.935 Palavras (12 Páginas)  •  1.049 Visualizações

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Sumário

1 – Introdução....................................................................................................04

2 - Um breve histórico do Sistema Financeiro Internacional........................05

3 - Crises internacionais a partir da década de 1990.....................................07

3.1 - Crise Asiática..............................................................................................07

3.2 – Crise do Subprime......................................................................................08

3.3 – Crise dos PIGS...........................................................................................11

4 – Considerações Finais...................................................................................13

5 – Referências...................................................................................................14

1 – Introdução

O objetivo desse estudo é avaliar de forma sucinta, as origens e as conseqüências das grandes crises econômicas do Sistema Financeiro Internacional, a partir dos anos 1990, bem como sua evolução ao longo dos anos.

Primeiramente será feito um breve histórico do Sistema Financeiro Internacional, no qual possuiu quatro fases distintas em sua trajetória sendo a primeira no período de 1870-1914, conhecida como o “Padrão-Ouro” na qual a moeda tinha sua paridade cambial fixada em ouro. Na segunda fase, de 1920-1939, ocorreu dentre outros fatos importantes, a crise de 1929, na qual a grande potência mundial saiu da crise como um país credor. A terceira fase, 194–1973 foi adotado o sistema financeiro de Bretton Woods, no qual as moedas dos países membros passariam a estar atreladas ao dólar oscilando numa estreita banda de flutuação. A última e não menos importante fase, ocorrida a partir de 1973 com a crise da economia americana, crise do dólar, fim da paridade dólar/ouro e adoção de taxas de câmbio flexíveis.

E por fim, as principais crises internacionais serão detalhadas demonstrando suas origens, causas, desenvolvimento, conseqüências e as possíveis soluções de saída da situação de crise. Nessa parte, as crises abordadas serão: a Crise Asiática, A Crise do Subprime e a Crise dos PIGS.

2 – Um breve histórico do Sistema Financeiro Internacional

No Sistema Financeiro Internacional (SFI) ocorrem relações de troca ou negócios entre os países podendo ser entre bancos, governos, empresas, organismos internacionais, dentre outros, envolvendo moedas, fluxos financeiros, empréstimos e as mais diversas formas de interesses econômicos. É um meio facilitador do comércio e de investimentos internacionais utilizando de transferências para os lugares onde a rentabilidade seja maior no qual o capital privado é tido como dominante nesse sistema.

O sistema teve quatro fases históricas relevantes. A primeira ocorreu no período 1870 – 1914, em um cenário de hegemonia da Inglaterra. Envolveu a Revolução Industrial apresentando um índice elevado de fuga de capitais, no qual Londres foi considerada o centro financeiro do mundo. A libra esterlina foi adotada como moeda internacional e o Banco da Inglaterra ficou sendo o banco central mundial, sendo adotada uma paridade na taxa de câmbio onde esta seria fixada em ouro, esse período ficou conhecido como “Padrão-Ouro”. A segunda fase foi de 1920 a 1939, um período de crise das RFI com autonomia nacional e caos no sistema financeiro internacional. Num cenário de rivalidade e transição entre Londres e Nova York, onde os EUA saíram da guerra como país credor e como potência emergente, se recusando a assumir a liderança mundial. Crise de 1929 nos USA e adoção de uma taxa de câmbio flexível.

Na terceira fase (1947 – 1973) foi adotado o sistema financeiro de Bretton Woods, com hegemonia (“benéfica”) dos EUA e do dólar. Surgimento do euromercado, problemas das dívidas externas e taxa de câmbio fixa, com variação autorizada pelo FMI. E a quarta e última fase foi a partir de 1973, com a crise da economia americana, crise do dólar, fim da paridade dólar/ouro e adoção de taxas de câmbio flexíveis. Essa hegemonia foi compartilhada, com cooperação e interdependência internacional, configurando um não-sistema monetário internacional. Houve a retomada da hegemonia americana e a globalização financeira. Vale a pena ressaltar a importância desses períodos para a economia internacional, sendo aqui analisados os períodos do Padrão-Ouro e de Bretton Woods.

O padrão-ouro previa três regras básicas: conversibilidade das moedas nacionais em ouro, liberdade para movimento internacional de ouro e conjunto de regras que vinculavam a moeda em circulação às reservas nacionais do país. Havia, portanto, uma paridade fixa entre a moeda e o ouro, e entre diversas moedas simultaneamente. Esse padrão tinha como objetivo impor limite ao crescimento da moeda na economia internacional, garantindo a estabilidade dos níveis de preços. Como regra de funcionamento o banco central comprava e vendia ouro a um preço fixo com liberdade de compra e venda, apresentando como contradições o interesse nacional de ordem internacional.

Schumpeter e Eichengreen argumentavam que:

“(...) somente quatro países - Inglaterra, Alemanha, França e Estados Unidos - mantinham padrões-ouro puros no sentido de que o dinheiro em circulação internamente tomava a forma de moedas de ouro; e na medida em que moeda de papel e moeda subsidiária também circulava, eles mantinham ouro adicional nos cofres dos seus bancos centrais ou tesouros nacionais, no qual estes meios poderiam ser convertidos. (...) Em outros países o dinheiro em circulação tomava a forma principalmente de moeda de papel, de prata e simbólica. Estes países estavam no padrão-ouro no sentido de que seus governos estavam prontos a converter suas moedas em ouro a um preço fixo à vista”.

(SCHUMPETER e EICHENGREEN, 1954)

Em suma, a quantidade de reservas de ouro era determinante para a oferta monetária do país. Os países superavitários, ao importarem

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