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As Fases Do Gerenciamento De Crises

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Por:   •  28/10/2014  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  6.627 Visualizações

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AS FASES DO GERENCIAMENTO

Introdução

A doutrina do gerenciamento de crises se dispõe para oferecer subsídios organizacionais às polícias, pois, conforme o seu próprio conceito indica, gerenciamento é um processo que visa um modo de aplicação de recursos na aplicação de recursos na antecipação, prevenção e resolução de uma crise.

As fases do gerenciamento é um sistema de incidentes que proporciona ao gerente responsável, um método lógico e eficaz para a preparação e emprego de seus recursos numa confrontação. Podendo também ser descrito também como uma metodologia, que se utiliza, muitas vezes, de uma seqüência lógica para resolver problemas que são fundamentados em possibilidades.

Essas fases são as seguintes: Pré-confrontação, resposta imediata, plano especifico, resolução e pós-confrontação.

FASE I - Pré-Confrontação ou preparo

É a fase que antecede à eclosão de um evento crítico. Durante essa fase, a instituição policial se prepara administrativamente, em relação à logística, operacionalmente através de instruções e operações simuladas, planejando para que possa atender qualquer crise que vier acontecer na sua esfera de competência.

No planejamento devem ser considerados como pontos mais importantes: a aquisição de material especializado, seleção de efetivo, treinamento de todos os elementos envolvidos cabendo também a difusão doutrinária, elaboração de estudos de casos e roteiros de gerenciamento.

A pré-confrontação, contudo, não se resume apenas ao preparo e ao aprestamento da organização policial para o enfrentamento das crises. Ela engloba também um trabalho preventivo. Esse trabalho compreende ações de antecipação e de prevenção. A antecipação consiste na identificação de situações específicas que apresentem potencial de crise e a subseqüente adoção de contramedidas que visem neutralizar, conter ou abortar tais processos.

Já a prevenção é um trabalho mais genérico, realizado com o objetivo de evitar ou dificultar a ocorrência de um evento crítico ainda não identificado, mas que se apresenta de uma forma puramente potencial.

A fase de pré-confrontação foi dividida em tópicos, mas eles não se apresentam em ordem cronológica e são ações que devem ser adotadas concomitantemente, formando a fase de pré-confrontação.

*Aquisição de equipamentos/materiais

A aquisição de viaturas especializadas para ocorrências de alta complexidade, de equipamentos de comunicação – nesse caso até de escuta telefônica – equipamentos de proteção individual para os policiais e outros agentes envolvidos, enquadram-se neste tópico. Os profissionais diretamente responsáveis pela gerência de crise, em determinada organização policial, deverão nesta fase de pré-confrontação procurar novos equipamentos e materiais que possam auxiliá-los na redução de tempo para a resolução da crise e, até mesmo, que possam fundamentá-los no processo de tomada de decisão com escopo de observar os princípios do uso progressivo da força.

*Seleção de efetivo

As organizações policiais costumam responder mediante duas abordagens básicas de gerenciamento:

Abordagem ad hoc ou casuística – que consiste em reagir aos eventos críticos mediante uma mobilização de caso a caso, enquanto que a abordagem permanente ou de comissão adota a praxe de manter um grupo de pessoas previamente designado, o qual é acionado tão logo se verifique uma crise.

Abordagem permanente ou de comissão – na abordagem permanente, além de possibilitar o entrosamento entre os participantes, mostra-se eficiente na definição do papel de cada um dos componentes do grupo de gerenciamento. Nessa abordagem é que se torna necessária a seleção criteriosa do efetivo policial, da definição de quais autoridades públicas deverão operar, em conjunto, com o órgão policial, bem como os seus papéis.

Sendo assim, recomenda-se que todas as instituições policiais disponham de uma entidade ou grupo colegiado designado para uma resposta a crises, o qual será acionado tão logo ocorra um evento crítico, como também tenham uma unidade com policiais especialmente treinados para responder a crises. São exemplos desses grupos o GATE-PMESP, BOE-BMRS, BOPE-PMDF, BOPE-PMERJ, BME-PMES, GATE-PMMG, COT-DPF, etc.

*Treinamento

Outro fator crucial na fase da pré-confrontação é a regularidade do treinamento que deve ser realizado, em conjunto, com todas as pessoas com responsabilidades afins ao gerenciamento de crises participando com o escopo de garantir a aquisição de uma boa inter-operacionalidade quando da ocorrência da crise.

Este preparo ou aprestamento deve abranger todos os escalões de organização policial, através de uma sistemática de difusão e ensinamento dos princípios doutrinários do gerenciamento de crises, seguidos de treinamento e ensaios que possibilitem o desenvolvimento de habilidades e aptidões em três níveis distintos, a saber, o individual, o de grupo e o de sistema.

O trabalho de treinamento de pessoal consiste na realização de cursos de especialização, capacitação nas funções que são relativas a uma ocorrência de alta complexidade, tais como: negociação, entradas táticas, uso de armas menos que letais. No entanto, além do já citado, obrigatoriamente, a organização policial deve incluir a realização de ensaios e exercícios simulados que sejam, tanto quanto possível, aproximados da realidade, proporcionando aos participantes o desenvolvimento da capacidade de decidir e de agir sob pressão. Essas simulações devem ser realizadas numa periodicidade proporcional à sua probabilidade de ocorrer, ou seja, quanto maiores as chances de ocorrer determinada crise maior deverá ser o número de simulações.

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