As Possíveis Relações Entre O Papel Do Professor De Matemática E A Sua Prática Pedagógica
Por: Allan Araujo • 13/5/2024 • Artigo • 4.479 Palavras (18 Páginas) • 53 Visualizações
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INSTITUTO VALE DO CRICARÉ FACULDADE VALE DO CRICARÉ
Allan Araújo Almeida
AS POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE O PAPEL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Eunápolis -Ba
Janeiro – 2015
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INSTITUTO VALE DO CRICARÉ FACULDADE VALE DO CRICARÉ
Allan Araújo Almeida
AS POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE O PAPEL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Artigo de conclusão do curso de Pós Gradução em Metodologia do Ensino de Física, oferecido pelo Instituto Vale do Cricaré, Faculdade do Vale do Cricaré.
Eunápolis-Ba
Janeiro – 2015
AS POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE O PAPEL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Allan Araújo Almeida[1]
RESUMO: Por muito tempo, o processo de “ensinar” esteve associado ao ato de reproduzir o conhecimento. Com isso, o ensino ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano. Tal caráter ampliou-se a todas as disciplinas, dando à escola um caráter de “lugar de repetição”. Nesse ínterim, o fracasso escolar sempre foi crítico no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem e principalmente na matemática, isso aconteceu justamente por essa separação que situa o conhecimento como algo fora do indivíduo, a ser adquirido pela reprodução de “cópias” e não uma construção interior das próprias capacidades e reflexões do aluno. Diferentemente do que se pregou no passado, o processo educativo deve tratar ensino e aprendizagem paralelamente como construtores de indivíduos completos ao que se refere à interpretação e construção de sua própria realidade. Dessa forma, a ideia de ensino-aprendizagem de matemática transforma expressões inteligentes que partem do próprio sujeito, o qual se permite construir novas possibilidades de ação e interpretação do conhecimento e da realidade que o atinge.
Palavras- chave: Aprendizagem; Ensino; Matemática; Mediação; Pesquisa.
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa a apresentar reflexões a respeito do fazer pedagógico e a relação que este mantém com a mediação do conhecimento matemático, descrevendo, dessa forma, o processo de intervenção pedagógica, enfocando, entre outras coisas, a importância da prática da pesquisa para a construção do conhecimento e aquisição do saber na área de matemática e o papel do professor nesse processo.
A partir do reconhecimento das “diferenças” existentes nos alunos, os conteúdos escolares tomam uma roupagem construtivista e o professor de matemática afirma seu papel de mediador relacionando-se com o alunado por meio da cooperatividade, influenciando então no processo de construção de significados e sentidos que os alunos atribuem aos conteúdos e a própria escola.
Conhecendo os aspectos que influenciam a prática educativa, como organização e realidade social, econômica e cultural da turma, é possível ao professor promover e valorizar expressões que permitam aos alunos uma mudança positiva no que se refere ao seu papel de cidadão ativo, seja na sua comunidade, na escola ou na própria família.
- O FAZER PEDAGÓGICO E A MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA MATEMÁTICA
A tarefa de educar perpassa por caminhos que envolvem a construção do ser, no maior sentido do termo, logo, o diálogo precisa ser desenvolvido ao mesmo tempo em que são oportunizadas a cooperação, a união, a organização e a solução em comum dos problemas. Os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem precisam participar desse processo juntos, visando uma interação recíproca e assim oportunizando esta construção.
Como se sabe os caminhos que oportunizam o conhecimento e a construção do ser está atrelado à prática do educador, o qual pode ficar anos e anos, repetindo coisas sem sentido, sem perceber que o trabalho pedagógico pode ser vivido como uma política social, dinâmica e criativa.
Torna-se violência pensar na prática educacional em função do aluno ideal, como também não é possível pensar na prática escolar em função de uma população indiferenciada. Acerca desta questão, observa Thomaz:
O fazer pedagógico da matemática tem sido mecânico e superficial. O professor propõe exercícios e os alunos realizam-nos de acordo com o que recém foi explicado, dando as respostas esperadas pelo professor (1995, p. 226).
O passo mais importante que se deu no âmbito do conhecimento produzido, sobre as questões do ensino e da aprendizagem, é fato, que permite ao professor observar as produções do aluno valorizando o que ele já sabe e identificando o tipo de informação necessária para o avanço do seu conhecimento.
O papel do professor de matemática é oportunizar a aquisição de conhecimentos de diferentes naturezas aos educandos de maneira que estejam claros os objetivos, selecionando os conteúdos e assim possa enxergar na produção de seus alunos o que eles já sabem e construir estratégias para conquistar novos patamares do conhecimento. Perrenoud (1993, p. 93) afirma que não existe aluno no singular.
Todo aluno traz para a sala de aula uma história pessoal, com experiências particulares vividas na família, na sociedade, com disposições e condições diversas para realizar seu percurso de estudante, e expectativas diferenciadas com relação a um projeto de vida.
Perrenoud chama a atenção para a dimensão pessoal onde todo professor precisa “saber discernir”, pois, a heterogeneidade que envolve a questão das práticas torna mais contingente a dimensão pessoal e se expressa de forma mais concreta na relação professor-aluno, acentuando a responsabilidade ética do professor. Agir com consciência profissional, ou seja, ensinar, respeitando a bagagem que o aluno já trás de casa, adquirida através dos seus familiares e de pessoas que os cercam no seu cotidiano, cumprindo com o compromisso de auxiliar o educando na sua construção do conhecimento e na formação de sua cidadania faz parte do seu papel de educador.
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