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Atps Plítica De Seguridade Social

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Por:   •  10/3/2015  •  1.805 Palavras (8 Páginas)  •  373 Visualizações

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Introdução

O significado do Movimento de Reconceituação para o Serviço Social representa uma grande mudança, dada sua busca de desvinculação do Conservadorismo e das técnicas importadas do Serviço Social Norte-Americano. Este resumo aborda a importância da reflexão sobre este Movimento que surge com a necessidade de adequar as práticas profissionais a realidade do País e a ruptura com o Conservadorismo (denominado Serviço Social “tradicional”), construindo novos métodos e técnicas a partir das necessidades populares, para um agir profissional com identidade própria, condizente com a realidade social.

A autora explicita as bases ontológico-sociais da Ética e analisa a trajetória do serviço social nesta esfera, evidenciando as diferenças significativas entre o ethos tradicional e o ethos de ruptura. As reflexões e ensinamentos contidos neste livro da prof. Maria Lucia Barroco- pesquisadora dos fundamentos filosóficos, teóricos, políticos e culturais que estão na base dos assistentes sociais, contribuem de maneira ímpar para a compreensão e a consolidação daquele projeto ético e político que tem como objetivo central e inadiável a construção de uma nova sociedade.

Ética é o conjunto de regras, princípios de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo ou de uma sociedade. A ética está ligada aos princípios que nos motivam, disciplinam, orientam ou mesmo distorcem nosso comportamento e reflete principalmente a essência das normas, valores, prescrições existentes em qualquer realidade social. Assim, trata-se demasiadamente importante o exercício constante de refletir criticamente acerca de tais questões, pois somente desta forma poderemos identificar os limites e explorar as possibilidades de uma efetiva presença da ética, como a autora mesmo menciona no texto.

Ao falar em reflexão crítica, devemos ter a intenção de olhar o “problema” de um jeito diferente do que normalmente fazemos, devemos sair dele, nos distanciarmos assim, conseguimos uma análise mais detalhada deste e consequentemente mais fácil é a sua superação. Como a autora mesmo diz no texto: “A reflexão pode não nos trazer um conhecimento novo, mas nos auxilia a ver de um jeito novo o já conhecido, retomar o caminho para seguir adiante com um olhar alargado.”.

Para começar, a ética se coloca enquanto negação à violência que transforma os humanos em coisas, coloca-se enquanto modo de garantia à humanidade dos humanos.

Somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas. (Chauí, 1997, p.337).

Rumo à construção de uma nova moralidade

Afirmação e negação da liberdade nos anos 60/70

Na defesa da autoridade, da ordem e da tradição, assim era a ética tradicional que reproduzia o preconceito e opunha-se a liberdade. A ruptura com costumes e valores de ordem moral é sempre relativa a condições históricas que remetem com à vida cotidiana, possibilitando novas alternativas e escolhas. A década de 60 é considerada uma época revolucionária, com os estilos vivenciados pela moralização dos costumes: a família, o papel “feminino”, a tradição.

Ao relembrarmos como foi essa época, na história vejamos alguns fatos marcantes no mundo: Martin Luther King, líder dos movimentos negros, EUA, em defesa da igualdade de direitos para todos, o que conduz à aprovação da lei contra discriminação, em 1964.

A mulher se emancipou: sua inserção no trabalho, na educação superior, na vida política e na defesa de direitos sociais. Houve também os movimentos dos hippies, na desintegração da família monogâmica patriarcal, os divórcios, as mães solteiras, os abortos, o uso de drogas, e as opções sexuais. São questionamentos de valores morais, no âmbito da vida cotidiana. Como gerar posicionamento de valor superiores do preconceito; podem remeter à práxis cívica e política, ao engajamento em projetos coletivos à conquista da liberdade. Conhecemos a vinculação entre o Serviço Social e a Igreja Católica, passa assim, a contar com novas bases de legitimação para a construção de uma crítica ao ethos tradicional, e passa pelo ethos revolucionário, influenciado pela Revolução Cubana e pelos movimentos políticos vinculados ao socialismo e ao marxismo. Em nível mundial, o Serviço Social, evidencia um processo de erosão das bases de sustentação de suas formas tradicionais. Segundo Netto, a ordem burguês é questionada pela história, seus valores é negado, a partir dos próprios resultados que produz(1991:143). Surge o movimento de reconceituação, um questionamento crítico, em relação ao papel profissional, como agentes de “mudanças”. Como diz Netto, uma corrente que pensa o desenvolvimento da comunidade como instrumento de 1 processo de transformação social. Nessa 1ª fase, à práxis política, a cultura e a educação são atingidas.

O Serviço Social brasileiro, por intermédio de uma de suas entidades representativas, a ABESS, publica um documento, “o Código Moral de Serviço Social”, da origem europeia, cujos pressupostos remontam a um conservadorismo medieval, em oposição as conquistas da sociedade moderna.

Porém em 1975, aprova-se o terceiro código de ética profissional brasileiro até 1986, onde os códigos são baseados na concepção tradicional.

O documento prevê os assistentes sociais devem evitar especialmente as faltas graves contra os bons costumes, participar de atividades antissociais, deixar imbuir por uma falsa e perigosa concepção de liberdade. (Heyler, 1962:21-24), ser cortez, bom humor, amabilidade, linguagem correta e simples, vestimenta simples rejeitando os torpes, seu posicionamento: exaltára sempre a família, opor-se a todas as leis que, preconizam uma falsa noção de família. Será inimigo de toda prática contrária ao respeito à família e a vida conjugal: o amor livre, o adultério, a limitação ilícita dos nascimentos, a inseminação artificial, o aborto direto, combaterá por todos os meios legítimos, os fatores nocivos à vida de família: da má imprensa, o alcoolismo, a tuberculose, a propaganda imoral. Heyler, 192:27).

Preconceito nítido!

E o assistente social, abster-se-á de toda ação política, de modo a exercer uma pressão partidária sobre os clientes.

A face ética do novo Conservadorismo

Uma nova roupagem a reatualização mantem-se o Conservadorismo, com origem dos processos dos movimentos católicos sob influências de Mounier e Paulo Freire.

Essa face da ética tinha como perspectiva,

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