COMPOSTAGEM DE DEJETOS DE PECUÁRIA DE CORTE E SUAS REUTILIZAÇÕES
Monografias: COMPOSTAGEM DE DEJETOS DE PECUÁRIA DE CORTE E SUAS REUTILIZAÇÕES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marlyzeraa • 15/10/2014 • 674 Palavras (3 Páginas) • 549 Visualizações
COMPOSTAGEM DE DEJETOS DE PECUÁRIA DE CORTE E SUAS REUTILIZAÇÕES
PIZARRO, JACIARA MARQUES¹ E MORAES, MARLY FABIANE SERRÃO²
Um grande passo na pecuária de corte no Brasil foi dado com o início do confinamento de bovinos¹, para engorda e abate, com isso é criado um rebanho em poucos hectares, porém exige um cuidado maior com os resíduos sólidos e líquidos gerados pelo rebanho. As fezes ou esterco, um dos resíduos produzidos é rica fonte de gás metano (CH4), considerado o terceiro gás causador do efeito estufa. Por conseguinte, há várias técnicas para tratamento desse material (biodigestores, lagoas de sedimentação, tanques, esterqueiras, canais de drenagem, etc), podendo obter vários destinos relevantes, tanto do ponto de vista econômico, como ambiental, e uma delas é a compostagem². Com o intuito de decompor o material orgânico, a compostagem é uma considerável alternativa quanto à redução de organismos patogênicos e obtenção de fertilizantes. Consiste no depósito do material em condições adequadas (umidade-40 a 60%; temperatura; pH-6,5 a 8,0; aeração, etc.) ao crescimento desses microorganismos que por sua vez irão fermentar essa biomassa e liberar nitrogênio que é o resultado almejado pelo sistema. O produto final resultará em fertilizantes de ótima qualidade que poderá ser usado nas pastagens, e o efluente (líquido proveniente da decomposição) também chamado de biofertilizante³, pode ser utilizado através da fertirrigação, considerada como um modo de adubação melhor que o uso de fertilizantes fabricados. Uma das desvantagens da compostagem é o tempo de decomposição e demanda de grandes áreas para armazenamento dos dejetos. Juntamente ao esterco, outro dejeto provindo da produção de pecuária de corte, é a urina. Esta, por sua vez, pode ser reaproveitada também como fertilizante, após passar por procedimentos realizados na lagoa de decantação, onde perderá nitrogênio através da hidrólise da uréia, podendo assim ser utilizada diretamente na plantação. Por fim, outra forma de tratamento desses resíduos é o biodigestor anaeróbico, um processador de matéria orgânica que age através de reações químicas e biológicas, feitas por bactérias anaeróbicas. O processo de biodigestão ocorre em várias etapas, dentre elas hidrólise de polímeros, fermentação, oxidação dos produtos gerados na fase anterior, e transformação de hidrogênio para metano. É um mecanismo muito utilizado na produção de biofertilizante e biogás (24% carbono e 76% metano), sendo este, uma boa alternativa na substituição do gás natural ou GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), também usado como gás de cozinha. Dentre as vantagens deste tipo de tratamento, a redução de poluentes no meio ambiente é a mais perceptível, além de não exigir grandes espaços, em contraste com a lagoa de estabilização. Por outro lado, demanda custo inicial para a manutenção e temperaturas adequadas. Diante de todas essas alternativas, ao produtor cabe conscientizar-se desses impactos e optar pela reciclagem do volume produzido no seu confinamento, reutilizando-os na produção de energia (biogás), biofertilizante e/ou fertirrigação para as pastagens, entre outras, reduzindo significativamente o que seria lançado na natureza, em rios, aumentando os riscos de doenças por contaminação destes e de
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