CONCEITO DE FAMILIA
Ensaios: CONCEITO DE FAMILIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: totalmentetenso • 24/3/2015 • 648 Palavras (3 Páginas) • 331 Visualizações
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE FAMÍLIA: DO PATRIARCADO À
PLURALIDADE DE FORMAS DE FAMÍLIA
O conceito de família não é estanque, mas ao contrário, está sempre se
transformando, sendo aferido num determinado momento histórico e cultural de uma dada
sociedade, tendo em vista que os valores dessa sociedade tendem a se alterar com o passar do
tempo. A escravidão, por exemplo, que em tempos remotos era aceita como um fato comum,
hoje encontra expressa proibição nos âmbitos internacional e interno, sendo, inclusive,
tipificado como crime no artigo 149 do Código Penal. A família, igualmente, que antes se
formava exclusivamente através do casamento sacramentado e indissolúvel, hoje apresenta
uma diversidade de arranjos, podendo ser formada por casais heteroafetivos ou homoafetivos,
através do casamento, da união estável, e também pelas famílias monoparental e anaparental.
Outros arranjos familiares ainda surgirão, sem, contudo, se desnaturar o conceito de família.
Barroso (2012, p. 34-35) afirma que
A família é um fenômeno sócio-cultural institucionalizado pelo Direito. Refletindo
fatores psíquicos, materializados no âmbito da afetividade e da sexualidade, o
tratamento dispensado pelo direito à família precisa acompanhar as transformações
que têm lugar na sociedade. Para além da família formada pelo casamento,
reunindo homem, mulher e filhos, o direito vem progressivamente
reconhecendo novas modalidades de entidade familiar. O desafio hoje
apresentado ao direito de família é incorporar o pluralismo e corresponder aos
objetivos que lhe são confiados.
No cerne da concepção contemporânea de família, situa-se a mútua assistência
afetiva, a chamada affectio maritalis, conceituada como a vontade específica de
firmar uma relação íntima e estável de união, entrelaçando as vidas e gerenciando
em parceria os aspectos práticos da existência. A afetividade é o elemento central
desse novo paradigma, substituindo a consanguinidade e as antigas definições
assentadas em noções como normalidade e capacidade de ter filhos. A nova
família, entendida como “comunidade de afeto”, foi consagrada pelo texto
constitucional de 1988.
UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR
A homossexualidade, sem qualquer dado concreto, chegou a ser definida como uma
doença, porém, no final do século XX, a ciência passou a aceitá-la como forma de orientação
sexual, tendo sido retirada da Classificação Internacional de Doenças (CID) pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) no ano de 1990. A partir desta ideia, devemos encará-la como um
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