CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Por: sandro.vencedor • 11/3/2019 • Resenha • 3.760 Palavras (16 Páginas) • 180 Visualizações
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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE REFERÊNCIA EM FORMAÇÃO E EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
ADEVAIR DE DEUS RIBEIRO
CRISTINA LIMA DE MORAIS
FABIANA BRAGA RIBEIRO
NICOLI MARIA JULIÃO GOTARDO
RENATO MEIRA DE SOUSA DUTRA
SANDRO NEVES DA SILVA
PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
Vitória
2018
ADEVAIR DE DEUS RIBEIRO
CRISTINA LIMA DE MORAIS
FABIANA BRAGA RIBEIRO
NICOLI MARIA JULIÃO GOTARDO
RENATO MEIRA DE SOUSA DUTRA
SANDRO NEVES DA SILVA
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Trabalho Acadêmico Interdisciplinar apresentado ao Curso de Complementação Pedagógica do Instituto Federal do Espírito Santo como cumprimento parcial para avaliação das disciplinas de Psicologia da Educação, Libras, Estágio Supervisionado I, Educação Especial e Diversidade e Educação.
Tutora Presencial: Lana Cristina de Almeida da Silva Tutores a Distância: Helen das Dores Cotto Bonella, Izabel Luzorio Fernandes, Manoel Augusto Polastreli Barbosa, Natália Marchiori Rossi, Neucedes V. Broseghin, Liliane Rodrigues de Albuquerque Alvim e Teresinha Rodrigues de Souza. |
Vitória
2018
1. INTRODUÇÃO
O processo ensino-aprendizagem é o nome dado para um complexo sistema de interações comportamentais entre professores e alunos no ambiente escolar (KUBO e BOTOMÉ, 2001). Para Santos (2005) “o processo de ensino e aprendizagem é composto de duas partes: ensinar, que exprime uma atividade, e aprender, que envolve certo grau de realização de uma determinada tarefa com êxito”.
Esse conteúdo tem sido estudado por diversos autores ao longo dos anos sob diferentes enfoques, estando relacionados muitas das vezes com o momento histórico de sua criação e no desenvolvimento social da sociedade na qual estavam inseridas.
Mizukami (1986) classifica cinco tipos de abordagens do processo de ensino e aprendizagem: tradicional, comportamentalista, humanista, cognitivista e sociocultural. A explanação dessas abordagens, bem como do panorama atual das políticas educacionais e dos desafios para uma educação emancipadora e de qualidade são o objetivo do presente trabalho.
Com base em um levantamento bibliográfico de discussões clássicas, como a de Mizukami (1986), e também de discussões atuais, foram estruturadas as seções teóricas que se seguem.
2. O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
2.1. ABORDAGEM TRADICIONAL
Sob o mesmo ponto de vista, diversos autores caracterizam a abordagem tradicional de Mizukami (1986). Bordenave (1984) a denomina Pedagogia da Transmissão. Libâneo (1982) identifica essa abordagem como Pedagogia Liberal em sua versão Conservadora. Já Saviani (1984) identifica essa abordagem como pedagogia tradicional.
Entende-se por abordagem tradicional a prática educativa que prioriza a transmissão de informações e tem sua centralidade na figura do docente. A tarefa de ensinar cabe essencialmente ao professor, onde o mesmo age independentemente dos interesses dos alunos em relação ao conteúdo das disciplinas. Ou seja, os estudantes possuem postura passiva de recepção de teorias atuando como um simples depositário de informações (SANTOS, 2005; DIESEL et al., 2017; MENDES et al., 2017). Os alunos não possuem autonomia não havendo, portanto, espaço para que eles se posicionem criticamente e nem construam pensamentos que fujam da transmissão mecânica de conteúdos para a promoção de um ambiente escolar que propicie a inovação e o desenvolvimento em seus diferentes aspectos (SANTOS, 2005).
Apesar das críticas, é ainda muito comum a influência do método tradicional. No Brasil, a adoção do ensino tradicional é uma herança jesuítica, que se impregnou de tal forma que aspectos de sua essência como aulas expositivas, resolução de exercícios, memorização de conteúdos e o sistema rígido de conduta e de avaliação permanecem até hoje (HUF e BURAK., 2017; DIESEL et al., 2017; MENDES et al., 2017).
Uma outra questão relacionada cuja discussão é de extrema importância é em relação às consequências desse tipo de abordagem tradicional. Os conteúdos, os procedimentos didáticos e a relação professor-aluno não têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. Enquanto os alunos estiverem aprendendo através de métodos tradicionais de ensino, não se pode esperar que se comportem de forma diferente em sua vida profissional, por exemplo. É preciso que eles aprendam a investigar, a questionar, a ter autonomia e a trabalhar em equipe, pois são essas características que o ensino de forma tradicional pouco desperta nos estudantes que são exigências no mercado de trabalho em tempos atuais (SANTOS, 2005; MENDES et al., 2017; HUF e BURAK., 2017).
Além disso, esse sistema tradicional pouco contribui para a formação de um cidadão capaz de exercer suas funções na sociedade. Esta forma de educar alunos passivos, produz cidadãos obedientes e prepara o terreno para o Ditador Paternalista (SANTOS, 2005; HUF e BURAK., 2017).
Para Huf e Burak (2017) para mudar esse cenário além de políticas públicas mais consistentes para a educação é necessário o envolvimento do professor de forma ativa de forma a oferecer aos alunos um ambiente participativo para a apropriação de conteúdos e formação de novas ideias.
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