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Capacidades Motoras

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Por:   •  6/4/2014  •  9.128 Palavras (37 Páginas)  •  817 Visualizações

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Introdução:

Este trabalho foi-nos proposto pelo professor Gonçalo Fernandes, docente da disciplina de Educação Física.

Foram alguns os motivos que nos levaram a optar pela escolha deste tema. O facto de nunca o termos abordado, apresentando apenas conhecimentos e noções gerais acerca do mesmo, despertou em nós algum interesse. No entanto, achámos igualmente importante expor um tema que, apesar de estar presente no nosso quotidiano, não é devidamente falado.

O desenvolvimento do nosso trabalho apresenta diversos subtemas, isto devido à divisão das Capacidades Motoras em Capacidades Condicionais e Capacidades Coordenativas, as quais também se subdividem. Iremos falar de cada uma das capacidades com algum pormenor, assim como também será feita uma breve referência ao Fitnessgram.

De modo a realizarmos este trabalho, executámos uma pesquisa detalhada do tema, através de livros e sites da Internet, trabalhando o material de pesquisa e fazendo resumos dos mesmos.

Esperamos que tenha tanto gosto a corrigir o trabalho, como nós tivemos a realizá-lo.

Capacidades Motoras:

O movimento humano, desde as acções mais simples às mais complexas, tem sido objecto de estudo em várias áreas científicas. Tenta-se determinar as bases e os componentes do movimento, o que nos permitirá, ao identificá-los, desenvolvê-los da melhor forma possível.

A expressão “capacidades motoras” foi utilizada pela primeira vez por Gundlach, na República Democrática Alemã, em 1972. Desde então, tem vindo a ser introduzida progressivamente na terminologia da Ciência e do Desporto da maior parte dos países da Europa para definir os pressupostos necessários para a execução e aprendizagem de acções motoras desportivas, das mais simples às mais complexas. Substitui outras expressões até então utilizadas, nomeadamente a expressão qualidades físicas, por ser do ponto de vista terminológico mais correcta e precisa.

Analisando:

qualidade/habilidade:

. refere-se a algo que é aprendido/desenvolvido;

. não são características inatas, isto é, não nascem com o indivíduo; tem que ser aprendido/desenvolvido;

. é uma forma de movimento específico que está dependente da experiência e que foi automatizado através da repetição;

Exemplos: habilidade para jogar futebol, basquetebol, voleibol, etc..

capacidade:

. indica uma medida de potencial e que, por isso, pode ser modelado e treinado;

. refere-se às qualidades inatas, isto é, que nascem com o indivíduo (é determinado geneticamente, como um talento, um potencial;

. as capacidades são essenciais para o rendimento motor;

Exemplos: força, resistência, flexibilidade, etc..

O termo “física” é substituído pelo termo “motora”, de forma a ampliar o grupo das capacidades a todas as que dizem respeito ao movimento.

Sendo assim, podemos concluir que, para que qualquer actividade motora desportiva possa ser executada com êxito, teremos forçosamente de pressupor que existe um determinado número de capacidades.

Definição:

. “capacidades motoras são as condições endógenas que permitem a realização das diversas acções motoras” (Manno, 1994);

. “pressuposto, característica ou traço gerais, determinantes do potencial individual de aprendizagem e do rendimento em habilidades motoras específicas” (Magill, 2001);

. “são os traços duradoiros, herdados e relativamente estáveis, que suportam o rendimento individual em diversas habilidades motoras” (Schmidt e Wrisberg, 2000);

. “são a condição prévia ou os requisitos motores, a partir dos quais o sujeito desenvolve as suas habilidades técnicas” (Zaciorki (in Manno, 1994));

. “são as capacidades duradoiras, deduzidas a partir da constância de certas respostas, relativamente a um certo tipo de acções” (Fleishman (in Manno, 1994)).

Podemos então afirmar que, de um modo geral, as capacidades motoras são características individuais e inatas, que podem ser sujeitas a um desenvolvimento, e que, em conjunto, determinam a aptidão física de um indivíduo. Referem-se a um conjunto de predisposições, pressupostos ou potencialidades individuais, nas quais assentam a realização, aprendizagem e/ou desenvolvimento de habilidades motoras.

Em 1968, Gundlach propôs a divisão das capacidades motoras em dois grupos distintos:

. Capacidades condicionais (carácter quantitativo);

. Capacidades coordenativas (carácter qualitativo).

Embora o conceito de capacidade, tanto condicional como coordenativa, seja teórico, tem expressão na realização de tarefas, ou seja, só pode ser avaliado quando determinada habilidade motora ou movimento está a ser executado. Não se trata de algo que seja avaliado em unidades, isto é, não podemos dizer que determinado sujeito tem x unidades de força ou de velocidade. Se o objectivo é avaliar o sujeito, é necessário confrontá-lo com a realização de determinada tarefa. Só assim se pode avaliar de forma predominante determinada capacidade motora. É importante salientar que deve estar presente o facto de que o desempenho do indivíduo é específico para cada tarefa, sendo esta, muito provavelmente, uma das razões que justificam a existência de um grande número de testes para avaliar a aptidão física.

A classificação das capacidades motoras em condicionais e coordenativas não tem como finalidade dividir as capacidades, nem determinar qual ou quais são mais decisivas na realização de determinada tarefa, até porque isto só se torna possível naquelas tarefas em que é evidente o contributo de determinada capacidade motora para a sua realização. Por exemplo, no levantamento de pesos é evidente um contributo da força; para aprender a andar de bicicleta é indispensável o equilíbrio; no entanto, para saltar à corda, várias capacidades podem ser determinantes.

Em determinados casos, a mesma tarefa pode requerer predominantemente diferentes capacidades, dependendo do contexto e da forma como é realizada. É o caso da corrida: um sprint exige solicitações diferentes das que são exigidas numa corrida

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