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Carros elétricos

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Por:   •  6/3/2014  •  Seminário  •  3.029 Palavras (13 Páginas)  •  284 Visualizações

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Carros elétricos devem emplacar de vez até 2020

TECNOLOGIA 4

O maior mercado para os veículos elétricos são no momento os Estados Unidos, especialmente a região da Califórnia, embora a China venha se despontando nos últimos anos com o forte apoio governamental e com programas de estímulo à aquisição desses veículos.

China e Europa, que atualmente já despontam na produção de carros elétricos, deverão ser os maiores mercados do mundo nesse segmento em 2020, devido aos avanços tecnológicos e incentivos destinados aos consumidores – até lá, esses modelos deverão representar de 7% a 8% das vendas domésticas nesses dois países, projetando o preço futuro do petróleo a US$ 130 o barril. Nos Estados Unidos, eles deverão atingir 2% das vendas e 5% no Japão.

Conforme estimou Carlos Ghosn, CEO da Nissan, durante o Salão de Nova York, os carros elétricos deverão responder por 10% do mercado mundial em 2020, que segundo previsões mais otimistas poderá atingir 80 milhões de unidades no fim desta década, o que significa algo em torno de 8 milhões de veículos. O executivo prevê que só o grupo Renault-Nissan deverá vender cerca de 1,5 milhão desses modelos até 2016...

Segundo o engenheiro Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade), a China possui hoje oito milhões de pontos de reabastecimento de energia, por causa do uso de scooters elétricos, e seria fácil transformá-los para atender também os automóveis. “O governo tem incentivado muito o uso desses veículos por lá. O país asiático deve dar um grande salto e se destacar como fornecedor de tecnologia e de carros elétricos para o mundo até 2020”, afirma.

A meta do governo chinês é passar de uma frota de 500 mil veículos elétricos (entre carros, caminhões e ônibus) em 2015 para 5 milhões em 2020, de acordo com relatório do Boston Consulting Group.

Segundo a empresa americana Gartner, de pesquisa de mercado e tecnologia, pelos investimentos que estão sendo feitos atualmente pelos fabricantes, o mundo terá uma capacidade de produção de um milhão de carros elétricos em 2015.

O grupo Renault-Nissan e a General Motors, para citar apenas alguns exemplos, estão aplicando bilhões de dólares em fábricas nos Estados Unidos, Europa e Ásia, assim como as empresas asiáticas LG, NEC, Sony, Panasonic, Samsung, BYD e outras estão pesquisando o desenvolvimento de baterias mais eficientes com os mais diversos tipos de compostos minerais. A Gartner prevê que de 5% a 8% de todos os veículos novos deverão ser alimentados e movidos por baterias em 2020 e de 20% a 30% em 2030.

Apesar das estimativas e dos diferentes cenários traçados por fabricantes e empresas de consultoria, a velocidade da popularização da tecnologia dos carros elétricos deverá estar diretamente ligada à decisão política dos governos dos principais países do mundo em reduzir a dependência do petróleo comprado em outros países, ao rigor das normas ambientais e também ao aumento da autonomia e redução dos preços dos veículos. “Quando o custo do carro elétrico cair no exterior, esses modelos também poderão ser produzidos por aqui”, afirma Satkunas.

Para Evaldo Costa, especialista em mercado automotivo e carros elétricos, a tecnologia de veículos verdes já se encontra num estágio bastante evoluído na Europa, Estados Unidos e Japão, e em algumas regiões da Ásia (particularmente China, Coreia e Índia) e também Israel e Austrália. Estes países respondem pela maior parte da demanda mundial desses modelos. “Esses veículos deverão evoluir muito até 2020. O preço elevado do combustível nos Estados Unidos está aumentando o interesse do consumidor por veículos alternativos. A gasolina poderá chegar a US$ 5 por galão e a legislação americana está exigindo que os veículos reduzam muito o seu consumo e tenham uma maior autonomia em quilômetros.”

Segundo Costa, os veículos elétricos tendem a evoluir muito com o desenvolvimento de supercapacitores, que vão armazenar maior quantidade de energia, melhorando a sua autonomia. Com isso, poderão abrigar baterias mais leves e serão mais eficientes. As baterias também evoluirão com a descoberta e introdução de novos compostos químicos. “Tudo isso deverá causar uma reviravolta no mercado, da forma em que é conhecido atualmente.” Na sua opinião, os governos em todo mundo e os consumidores vão continuar pressionando os fabricantes para reduzir a poluição veicular, o que vai exigir o desenvolvimento de novas tecnologias, como já acontece hoje na Europa.

“O carro elétrico vai ter suas vendas massificadas quando atingir uma autonomia entre 300 e 400 quilômetros. Com isso, o motorista poderá sair da cidade e viajar pelas estradas sem se preocupar em ficar sem energia. No Brasil, eles só serão introduzidos quando os custos dos veículos baixarem”, afirma Satkunas.

Com a meta de se tornar líder do segmento de elétricos em 2020, a Audi investirá 5 bilhões de euros em dois centros de pesquisa na Alemanha até 2015. A maior parte desses recursos será aplicada no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, como carros elétricos e híbridos.

Em meados do ano passado, a empresa apresentou o protótipo do esportivo R8 e-tron (foto acima), com monobloco de alumínio de apenas 200 kg, que deverá servir como experimento e pesquisa para veículos elétricos da marca de grande volume de produção. As primeiras unidades do modelo deverão ser entregues no fim de 2012.

Ainda este ano, a montadora deverá apresentar o primeiro carro testado em seu novo pólo de pesquisa, o Audi Q5 híbrido, e lançar a versão elétrica do Audi R8 Spyder, além de sete modelos com tecnologia verde.

“A Audi está trabalhando em abordagens abrangentes que maximizam os benefícios para os clientes. Nesta era de mobilidade elétrica, vamos oferecer uma ampla gama de serviços que ultrapassam a condução em si”, afirmou Franciscus Van Meel, chefe de Estratégia de Mobilidade Elétrica da Audi, durante o lançamento do projeto.

No Salão de Frankfurt de 2011, a fabricante alemã apresentou o carro-conceito elétrico Urban, um veículo pequeno, feito de material ultraleve, com apenas dois lugares (do tipo 1+1), destinado ao uso estritamente urbano. Esse mesmo modelo possui um similar com a marca Volkswagen, chamado NILS. O Urban tem carroceria feita de fibra de carbono reforçado com polímeros e utiliza tecnologia acumulada pela Audi no desenvolvimento de veículos com eficiência energética e de baixo peso. Além dessa nova geração de carros verdes, a Audi já pesquisa a aplicação de semicondutores e computação em nuvem em seus veículos.

Este ano, no Salão de Nova York,

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