Caso Família Flores
Por: nataliafagundes • 4/11/2020 • Resenha • 809 Palavras (4 Páginas) • 392 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Natália Corrêa Fagundes
Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e Drogas
Pelotas
2020
CASO FAMÍLIA FLORES
O presente trabalho constitui-se em um estudo de caso desenvolvido com a família Flores, a respectiva situação familiar chegou à equipe do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) por meio de vizinhos. O serviço então, efetuou uma visita domiciliar, onde foi constatado que todos os integrantes da família residiam juntos numa casa pequena, um primeiro contato foi feito com a Vilma que a mesma relatou que não precisavam de ajuda, porém foi visto que a casa possui apenas 3 cômodos no qual não há distinção entre quarto, cozinha , sala e banheiro, o banheiro fica localizado na parte externa, não possuindo saneamento básico,o que ocasiona situações precárias, não há sequer geladeira na casa , no quintal tem grande quantidade de sujeira e lixo, de fato a família vive em um ambiente totalmente insalubre.
O filho menor Sérgio (27 anos) costuma ter crises de curta duração que se caracterizam por confusão mental, conflitos entre idéias opostas e uso abusivo de drogas (cachaça, maconha, cocaína). Perante o seu discurso relatou seu descontentamento com a residência, relatando que a família vive em situações precárias sem ter necessidade, pois atualmente recebem a pensão de seu pai que era oficial de justiça, já falecido.
Dona Vilma manifesta quadros em que há crises que variam desde episódios maníacos, delírios com forte conteúdo místico-religioso, episódios depressivos, de severo abatimento e isolamento dentro da própria casa. Certo dia Vilma foi a Unidade de Saúde para aferir a pressão , chegou lá relatando que acreditava que os deuses hindus energizavam sua volta para que ela conseguisse salvar a humanidade, a técnica de enfermagem aferiu sua pressão e falou para a Sra. Vilma que estava tudo sob controle , que não possuía nenhuma alteração , porém Dona Vilma persistiu dizendo que não era possível, pois ela se sentia diferente, e a profissional mais uma vez relatou estar tudo certo, perante essa controvérsia Vilma ficou bem alterada e disse que não retornaria mais a essa Unidade.
Sérgio procurou o posto de saúde por estar com bicho do pé, apesar de ter sido respeitoso e estar interagindo bem com os funcionários, teve seu atendimento negado por estar alcoolizado. No dia seguinte Sérgio se direcionou ao CAPS, bem confuso e alterado relatando o ocorrido no dia anterior.
João deu entrada no hospital do município, confuso e desesperado, com a falta de ar e vomitando, com quadro de intoxicação aguda por múltiplas drogas. Permaneceu apenas 3 horas, o hospital apenas monitorou seus sinais vitais, até que os sintomas de intoxicação desaparecessem, sendo liberado posteriormente, mesmo ainda sentindo mal-estar, sem qualquer prescrição medicamentosa. Ainda que João faz acompanhamento ao CAPS, e o hospital tem ciência disto, em nenhum momento foi compartilhado com o CAPS que João procurou atendimento. Algum tempo depois, após realização de exames, foi descoberta uma cirrose hepática.
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