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Estudo de Caso: Medicina Preventiva

Não resta a menor dúvida: as chances de sobrevivermos a doenças graves aumentaram significativamente em comparação com as que tiveram nossos avós em sua época. Isso se deve basicamente às descobertas científicas feitas nos últimos anos, que se traduziram em novas tecnologias aplicadas à saúde.

Os hospitais particulares brasileiros estão muito diferentes dos freqüentados por nossos parentes há cerca de 30, 40 anos. Mudaram em tudo, até na aparência. E os hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, fazem parte desse seleto grupo.

Na área externa, esses hospitais oferecem solário, pista de cooper, heliportos. Internamente, os saguões não são diferentes dos encontrados em hotéis de categoria superior: têm esculturas, vasos de plantas, mobiliários apropriados para a sala de estar; oferecem serviços de manobrista e segurança; têm cafeteiras, restaurantes, floriculturas e lojas de presentes e conveniência. Isso sem falar dos apartamentos, cuja instalações só remetem ao ambiente hospitalar pela presença das camas próprias para pacientes e da entrada e saída de profissionais da área de saúde. Na verdade, há uma grande preocupação com a acomodação dos pacientes e dos familiares, e isso reflete na existência de uma gestação de serviços de hotelaria hospitalar, algo que no passado seria considerado irrelevante ou até mesmo inoportuno.

Quanto ao atendimento, os hospitais hoje contam com modernos centros de cirurgia que possibilitam intervenções extremamente complexas e delicadas. Tanto o Sírio Libanês quanto o Albert Einstein mantêm centros de diagnóstico cujo equipamentos permitem que se detectem problemas antes mesmo da manifestação de sintomas. As unidades de terapia intensiva apresentam taxas de recuperação cada vez mais elevadas.

Eles também investem pesadamente na busca e na qualificação de profissionais, mantendo para isso centros educacionais próprios que oferecem programas de atualização em diversas áreas da saúde em níveis de extensão, graduação e pós-graduação.

De fato, eles oferecem programas de medicina preventiva. Isso não é um paradoxo (afinal, hospitais querem diminuir as chances de alguém vir a adoecer)? Isso não compromete a sobrevivência do negócio?

E mais: hospitais desse tipo têm identificado segmentos de mercado que não seriam comuns em tempos passados. Pesquisas feitas pelos hospitais identificaram que havia um segmento muito específico para oferta de programas de prevenção: o dos executivos. A maratona que envolve um check-up pode ser impensável para alguém que já tem falta de tempo no seu dia-a-dia - ir a consultórios de médicos especialistas, como cardiologistas; agendar exames requeridos, que envolvem laboratórios de análises clínicas de centros de diagnóstico por imagem, entre outros; ir aos locais nos dias e horários agendados; retornar ao médico com os resultados dos exames (considerando que esses resultados sejam entregues em domicílio !). Essa verdadeira maratona é apontada como altamente desencorajadora para a grande parte das pessoas, não só pelo tempo despendido, ma