Ciclo De Caixa
Ensaios: Ciclo De Caixa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lguiamba • 6/5/2014 • 5.590 Palavras (23 Páginas) • 336 Visualizações
V S E M E A D E N S A I O
F I N A N Ç A S
Junho de 2001
MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA - ANÁLISE EMPÍRICA
Guilhermo Barsky Villalba1
Almir Ferreira de Sousa2
RESUMO
A administração do caixa é uma questão muito importante, dado que afeta o desempenho da
empresa. É uma questão não solucionada por completo que merece ser abordada de acordo as
diferentes circunstâncias e situações.
O presente trabalho faz uma revisão dos modelos mais conhecidos de administração de
caixa, desenvolvendo um procedimento para empresas que possuem fluxos de fundos líquidos com
distribuição normal, em cenários de altas taxas de juros e com oportunidades de investimentos
pouco significativas em relação à rentabilidade e à liquidez.
Por último, faz uma análise de caso de uma empresa da área de tecnologia e informática,
testando a aplicabilidade do modelo.
1
Mestrando pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Säo Paulo – E-mail: guillebarsky@yahoo.com
2
Professor Doutor do Departamento de pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – E-mail:
abrolhos@usp.br
2
Introdução
A importância da administração de caixa pode ser sintetizada por expressões como “O caixa é o sangue de
todas as empresas” (Bowes, 1998, p.22), “Caixa é como o oxigênio, sem ele a empresa não sobrevive o suficiente para
realizar lucros”.
Toda empresa tem como finalidade principal a permanente realização de lucros ou, em termos mais gerais, a
maximização de valor. Em geral, elas possuem a capacidade de fornecer um produto ou serviço com uma
potencialidade de fazer lucros muitas vezes elevadas. Mas esse processo envolve algumas questões que complicam a
realização dessa expectativa, como por exemplo que este processo leva um certo período de tempo para que os
investimentos tornem-se líquidos novamente.
Uma questão importante, é que essas empresas embora tenham projetos atraentes, com bons retornos
esperados, se não administram corretamente seu caixa podem complicar sua situação financeira.
Por estes motivos, as empresas devem prestar atenção à administração do seu disponível, dado que excedentes
elevados podem fazer diminuir sua rentabilidade, ou falta de recursos podem provocar necessidade de deva recorrer a
fontes de financiamento de altos custos, ou à liquidação de ativos ou até mesmo a antecipação de valores a receber antes
da sua data de vencimento. Em última instância declarar a impossibilidade de cumprir compromissos assumidos.
Então, a falta de uma previsão correta do fluxo de fundos pode gerar desequilíbrio de caixa, incorrendo em
conseqüência em elevação do custo de capital, ou resultando fundos ociosos com rentabilidade inexpressiva.
Keynes (1936) ressaltou três motivos para manutenção de liquidez pelo sistema econômico: Transação,
precaução e especulação. São as mesmas razões pelas quais as empresas mantém valores disponíveis.
O controle do nível de caixa baseia-se na premissa de que se a empresa consegui diminuir o saldo médio de
caixa, ela pode aplicar esses recursos em atividades mais rentáveis da empresa otimizando desta forma a utilização dos
recursos geridos.
Parkinson e Kallberg (1993, pp.134, 137-138) realizam uma distinção entre a programação e a previsão de
caixa. Para eles a programação de caixa é um termo empregado para representar as projeções dos fluxos de caixa a curto
prazo, onde muito dos fluxos são conhecidos ou podem ser estimados facilmente com o uso da experiência, em
compensação a previsão está associada a um período de tempo mais longo.
Os mesmos autores sugerem a seguinte classificação para os fluxos de caixa:
- Fluxos Certos: Muito fluxos de caixa são conhecidos antecipadamente e por tanto, não têm que ser
estimados. Por exemplo os pagamentos de
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