Ciência do Ambiente A Poluição Atmosférica

A Poluição Atmosférica

INTRODUÇÃO

        Não é de hoje que a humanidade modifica o espaço natural para suprir suas necessidades de sobrevivência e consumo.

         Com o desenvolvimento da civilização, essas alterações passaram a gera poluentes para o ambiente, e nas ultimas décadas a poluição do ar tem se destacado, por conta de taxas altas em grandes centros urbanos. A alteração da atmosfera terrestre, através de gases poluentes, é a principal causa  do aquecimento global e alterações na saúde dos seres vivos.

        Nessa revisão bibliográfica vamos relatar brevemente sobre a preocupação com a poluição atmosférica e quais são os principais gases poluentes e suas principais origem, alem de uma comparação de dados de níveis de poluentes atmosféricos emitidos por diversos países.

CAMADAS ATMOSFÉRICAS

A camada atmosférica terrestre é dividida em 5 porções exosfera,  termosfera, mesosfera, estratosfera e troposfera, que são geradas  por camada de gases com 750 a 1000 km de espessura envolvendo a superfície terrestre

A atmosfera atualmente é composta por mais ou menos de 78% nitrogenio, 21% O2, 0,9% argônio, 0,03 % de dióxido de carbono e vapor de água. Possui também outros gases em menor concentração como o óxido nitroso e metano que vão colaborar para o efeito estufa, que é justamente o que mant´m a temperatura global em torno de 15 graus celcios. A concentração desses gases mudam de acordo com a altitude formando assim as várias camadas.

Sendo essas melhor definidas abaixo:

Troposfera: é a camada mais baixa e ela se eleva até 15 km de altitude, é nela que ocorre a maioria dos fenômenos naturais visíveis como tempestades, neve, vento. Influenciando diretamente a vida dos seres vivos e seu habitat.

Estratosfera: é localizada a cerca de 50  km de altitude acima da troposfera, é  onde localiza-se a camada de ozônio, e onde os raios ultravioletas vindos do sol são filtrados, possui 22 km de comprimento.

Mesosfera: vai da estratosfera e se estende aproximadamente 80 km, é a camada com a menor temperatura.

Termosfera: vai cerca de 500 km de altitude depois da mesosfera, é uma região essencial para  comunicação pois é onde reflete alguns tipos de onda como radio, tem também uma grande quantidade de gás ionizado.

Estratosfera: é a ultima região e se alonga da termosfera até o espaço externo, onde localizam-se os satélites.

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POLUENTES ATMOSFÉRICOS

        São particulas ou gases dispersados na atmosfera pela ação do homem até atingirem  concentrações elevadas, podendo acarretar em problemas na fauna e flora, esses agentes poluentes podem ser originados de fontes naturais ou antropológicas, estacionárias (processos industriais) ou móveis (veículos motorizados).

• Origem natural: Causados por agentes de ordem natural. Exemplo: tempestades e gases, poeira e nevoeiro provenientes de vulcões. São raramente citados quando o assunto é poluição atmosférica.

• Origem antropológica: É causado pela ação humana, através dos processos industriais e veículos automotores.

• Processos industriais: Poluidores principais tanto em gases das chaminés de fabrica como material particulado ou vapor d'água.
• Veículos motorizados: O maior fator de poluição atmosférica em regiões metropolitanas. Responsável pela a emissão de monóxido de carbono, óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, aldeídos e material particulado, entre outros poluentes.

                

        É  importante ressaltar o crescente aumento do número de veículos na maioria no Brasil, sendo que essa frota é formada por carros, caminhões médio e pesados, motocicletas, ônibus, veículos para esportes, tratores e maquinas pesadas. Sendo todos eles uma possível fonte de emissão de gases.

POLUENTES

        Basicamente os poluentes atmosféricos podem ser divididos em primários e secundários (TORRES ROCHA e RIBEIRO, 2008).

• Poluentes primários: São aqueles emitidos  diretamente da fonte e continuam no ar na forma que foram emitidos.

Exemplo: Enxofre, óxido de carbono, dióxido de carbono, compostos de nitrogênio radioativos e orgânicos.

• Poluentes secundários: São gerados na atmosfera através de reações químicas de um ou mais compostos.

Exemplo: Dióxido de enxofre (emitido por atividades industriais e veículos autmotores), formando o gás sulfúrico  ou SO3  a partir da reação com o óxigenio do ar e ozônio, ao reagir com o vapor de água eles se tranformam em neblina de ácido sulfúrico.

Outra maneira de classificar os poluentes atmosféricos é através do grau de seus efeitos, segundo Manzoni (2009).

        

• Efeitos agudos: São temporários, quando o grau de poluição extrapolam os níveis regulares de ar, geralmente são reversíveis e acontecem quando existem condições climáticas diferente, podendo causar tosse e irritações oculares, além de mortalidade em grau crítico.

• Efeito crônico: São duradouros e persistentes. Pode causar danos a vegetação, prejuízo a visibilidade e saude do homem, ocasionando disconforto e incômodo.

PRINCIPAIS GASES POLUENTES:

        Os principais gases poluentes são dióxido de enxofre, monóxido de carbono, monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio, oxidantes fotoquímicos e ozonio, hidrocarboneto e material particulado.

• Dióxido de enxofre: Inserido na atmosféra por atividade humana, proveniente da queima de combustíveis que contém enxofre, como o óleo de combustível industrial e o óleo diesel. Esse poluente causa irritação nas vias respiratórias, podendo agravar os sintomas de doenças como bronquite crônica e asma, além de afetar outros órgãos sensoriais (INEA, 2012).
• Monóxido de carbono: Não possui cheiro ou cor, tem sua origem na queima incompleta de combustíveis fósseis e de origem orgânica como combustíveis de biomassa. É encontrado geralmente em maiores concentrações nos centros urbanos com intensa atividade de veículos. Pode causar problemas circulatórios, pois tem compatibilidade com a hemoglobina, o que interfere na capacidade de transporte de oxigênio para os tecidos, pode também combinar com as proteínas mitocondriais e mioglobulinas diminuindo a disponibilidade de oxigênio (CLEVA LLAUDANA, 2007).
• Monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio: Emissão usualmente causada por veículos automotores, pois os gases são formados durante o processo de combustão, na presença da luz solar o monóxido se transformara em dióxido. Tem grande importância na formação de oxidantes fotoquímicos como ozônio. O dióxido de nitrogênio tem baixa solubilidade e é capaz de se introduzir profundamente no sistema respiratório, tendo potencial de originar as nitrosaminas (algumas podem ser carcinogênicas), pode ser também irritante aos olhos, nariz e garganta, e causar sintomas semelhantes a um enfisema (CAVALCANTE, 2010).
• Oxidantes fotoquímicos e Ozônio: Os oxidantes fotoquímicos são uma mistura de poluentes secundários, ou seja, resultado de reação entre os componentes orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio com a ação da luz solar. São emitidos pela queima incompleta e a evaporação de combustíveis e solventes, o produto mais importante dessa reação é o ozônio, sendo ele utilizado para indicar a presença de outros oxidantes fotoquímicos no ar. O ozônio pode gerar uma névoa fotoquímica, pois causa diminuição na visibilidade atmosférica (CETESB, 2017). O ozônio presente a camada mais próxima da superfície terrestre é nociva a vegetação, animais e saúde dos seres humanos. Ele pode gerar a peroxidação e ozonização dos lipídeos no líquido que reveste o epitélio pulmonar (MARSHALL; GREGANTI, 2010).
• Hidrocarbonetos: Formados exclusivamente por átomos de hidrogênio e carbono. O petróleo e seus derivados como gás de cozinha, gasolina, querosene e óleo diesel, são constituidos principalmente de hidrocarbonetos, sendo ele o mais consumido na maioria dos combustíveis diários (SILVEIRA, 2011). São decorrentes da evaporação e queima incompleta de combustíveis e outros produtos orgânicos voláteis, alguns desses gases como o benzeno em concentração elevada no ambiente pode ser mutagênico e cancerígeno (CETESB, 2017).
• Material particular: Os poluentes dessa classe não possuem um tipo químico determinado, é um conjunto de partículas, podendo ser líquido ou sólido, incluindo aerossóis, fumaça, pós e poeira. (TORRES ROCHA RIBEIRO, 2008). Quanto menores as partículas, maiores serão as chances de causar danos a saúde, outro problema que podem acarretar é a diminuição de visibilidade do ar. (CETESB, 2017).

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