Classificação das pesquisas

Classificação das pesquisas

Existem várias formas de classificar as pesquisas. Elas são classificadas do ponto de vista de sua natureza, da forma de abordagem do problema, de seus objetivos, de seus procedimentos técnicos e da fonte de informação.

De acordo com sua natureza, a pesquisa pode ser:

- Pesquisa Básica: Não possui aplicação prática prevista. Gera conhecimentos úteis para a ciência de um modo geral, envolvendo conhecimentos universais.

- Pesquisa Aplicada: Possui aplicação prática prevista, gerando conhecimentos dirigidos à solução de problemas específicos. Esses conhecimentos são mais locais do que universais.

De acordo com a forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser:

- Pesquisa Quantitativa: Guiada pelo método hipotético-dedutivo. A partir de uma coleta de dados, o pesquisador formula hipóteses sobre as situações que deseja estudar. Depois, uma lista de conseqüências é deduzida dessas hipóteses. As informações são traduzidas em números e analisadas com a ajuda dos recursos das técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Então se verifica a veracidade das hipóteses.

- Pesquisa Qualitativa: Trabalha com dados qualitativos, considerando que há

uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Nesse tipo de pesquisa a interpretação e a atribuição de significado aos fenômenos são imprescindíveis. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados que geralmente são analisados por indução. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

De acordo com seus objetivos (GIL, 1991), a pesquisa pode ser:

- Pesquisa Exploratória: É a busca de maiores informações sobre determinado fenômeno, visando proporcionar uma maior familiaridade com este. Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que atuam na área, análise de exemplos que estimulem sua compreensão. A partir da pesquisa exploratória pode se chegar a uma nova percepção do fenômeno ou mesmo descobrir novas idéias.

- Pesquisa Descritiva: Visa descrever as características de determinado fenômeno ou o estabelecimento de relações entre suas variáveis. Envolve o uso de técnicas de coleta de dados. Dentre as pesquisas descritivas estão aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, etc.

- Pesquisa Explicativa: Busca criar uma teoria a respeito de um fato ou fenômeno. Aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o “porquê” das coisas. As informações mais importantes, componentes das várias ciências, são originárias deste tipo de pesquisa, já que visa aprofundar o conhecimento da realidade para além das aparências dos seus fenômenos.

De acordo com os procedimentos técnicos (GIL, 1991), a pesquisa pode ser:

- Pesquisa Bibliográfica: Elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas.

- Pesquisa Documental: Elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico. Assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes.

- Pesquisa Experimental: Determina-se um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo e definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

- Levantamento: Envolve a interrogação direta das pessoas ou grupo cujo comportamento se deseja conhecer. É geralmente desenvolvido em três etapas: a partir de uma amostra significativa, aplicam-se questionários, formulários ou entrevistam-se diretamente os indivíduos. Os dados são então analisados quantitativamente, com auxílio das técnicas estatísticas.