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Colheita De Café

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Por:   •  26/12/2013  •  435 Palavras (2 Páginas)  •  374 Visualizações

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2.3 Colheita

Conforme Carvalho e Chalfoun (1998), a colheita representa metade do emprego da mão de obra aplicada na cultura do cafeeiro, em que equivale a cerca de 30% dos custos de produção.

O período de colheita do café é variável de acordo com a região, em função da altitude, latitude e condições climáticas locais. Quanto maior a altitude, mais retardada será a maturação e maior o tempo disponível para a colheita. Em geral, o amadurecimento dos frutos se dá nos meses de abril a maio, e sua homogeneidade dependerá do número de floradas (MATIELLO; ABREU; ANDRADE, 1974).

No Brasil, a colheita é feita predominantemente pelo processo denominado derriça, que pode ser feita no pano ou no chão. Durante o processo, a maior parte dos frutos são derriçados do cafeeiro em uma única operação, manualmente, com o auxílio de ferramentas ou máquinas.

A arruação é uma operação que visa limpeza do solo, para melhoria das condições dos frutos que entram em contato com o chão, seja durante a derriça ou como um resíduo da colheita mecânica. Esta parcela que entra em contato com o solo é chamada de varrição, onde geralmente contamina-se com microorganismos e impurezas, que acaba por comprometer a qualidade do café (CARVALHO; CHALFOUN, 1998).

Segundo Magalhães (1999), durante o processo de colheita por derriça, seja no pano, no chão, ou mesmo por colheita mecânica, a separação do café da impureza é indispensável para a obtenção de um produto de melhor qualidade. É nessa separação que são eliminadas as impurezas que acompanham o café após a colheita, como: terra, torrões, pedras, galhos e folhas. Este cuidado evitará também transtornos nas operações seguintes de secagem e beneficiamento.

A mecanização das operações de colheita de café tem trazido vários benefícios, destacando a rapidez e, sobretudo, a redução de custos. Com as tecnologias disponíveis, é possível fazer a colheita de forma totalmente mecanizada, realizando a varrição e o recolhimento do café caído no solo mecanicamente. A exemplo, tem-se o trabalho de Silva e Salvador (2001), onde foi possível colher até 95% da carga pendente, incluindo o café que caiu no chão, restando apenas 5 na planta, ressaltando que foram feitas duas passadas da colhedora.

O repasse é um procedimento realizado após a passagem da colhedora, com a finalidade de recolher os frutos remanescentes no cafeeiro. A operação possui uma importante função fitossanitária, pois impede que os grãos permaneçam na planta, o que resultaria em uma intensificação do ataque de pragas. Com a realização de mais de uma passagem da colhedora, é possível dispensar o repasse, contudo, deve-se ter o cuidado de não ocasionar a desfolha excessiva da planta (SILVA; SALVADOR, 2001).

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