Comentários clássicos: "Revolução animal", George Orwell
Relatório de pesquisa: Comentários clássicos: "Revolução animal", George Orwell. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sgtmario • 29/1/2015 • Relatório de pesquisa • 1.288 Palavras (6 Páginas) • 437 Visualizações
Resenhas de clássicos: “A Revolução dos Bichos”, George Orwell
1 de novembro de 2013 by Fred Di Giacomo
esse post foi originalmente escrito em 2003 para o Zine Kaos.
George Orwell fez parte de um grupo de escritores engajados que não se prendeu apenas às palavras partindo para ação. Um grupo de escritores que viveram uma época de revoluções (principalmente a Revolução Russa de 1917 e a Guerra Civil Espanhola, mas também a Revolução Mexicana e as duas Grandes Guerras Mundiais). George abandonou seu passado burguês, seu antigo nome (Eric Arthur Blair) e foi lutar por seus ideais assim como John Reed e Ernest Hemingway. O escritor inglês se meteu na sangrenta Guerra Civil espanhola lutando no POUM (Partido Obreiro de Unificação Marxista) ao lado dos anarquistas, ao contrário da maioria dos voluntários que se alistaram nas Brigadas Internacionais, ligadas ao ortodoxo Partido Comunista Soviético. Da guerra saiu decidido por um socialismo independente, criticando duramente o totalitarismo de Stálin, essa crítica acabaria se tornando livro em A Revolução dos Bichos, publicado em 1945.
A Revolução dos Bichos é uma dura crítica ao fim levado pela Revolução Russa de 1917, à sua burocratização e sua transformação em ditadura. Não é um ataque ao socialismo em si, mas sim ao totalitarismo. Essa crítica voltaria na outra obra prima de Orwell, “1984”. Publicado em 1949, esse livro retrata uma sociedade em um futuro próximo, completamente repressora, onde todas as pessoas são vigiadas pelo “Big Brother”.
Voltando a “Revolução dos Bichos”, o livro não deixou sua marca por uma linguagem ou narrativa inovadora, mas sim por sua crítica ácida à nossa sociedade e, não só à Revolução Russa, mas a todas revoluções que terminam com uma nova elite tomando o poder, que acabam sem o povo soberano, sem ser estabelecida a igualdade entre todos… A narrativa de Orwell é extremamente simples, concisa e jornalística, seu curto livro é contado como uma fábula moderna, na qual os animais falam e pensam. Suas metáforas são diretas: o corvo negro representa os padres, que pregam a salvação aos animais explorados e uma vida melhor (uma montanha de açúcar) àqueles que trabalharem em vida; as ovelhas representam os homens que, como um rebanho, seguem os líderes sem pensar; os porcos são os animais inteligentes que conduzem a revolução e depois acabam se tornando a nova elite (Os burocratas da União Soviética). Alguns personagens se assemelham aos líderes soviéticos, como é o caso dos porcos Napoleão (Stálin, o líder tirânico que estimula o culto a sua personalidade e persegue cruelmente seus adversários), Bola de Neve (Trotsky, como o líder perseguido, apontado como inimigo, e que tinha como intuito espalhar a revolução para todo o mundo) e Major (Lênin, o primeiro revolucionário, que passa os ensinamentos a seus subordinados, e que após sua morte tem seu corpo exposto e venerado pelos outros animais, como a múmia de Lênin na URSS).
Os animais de Orwell representam o proletário enquanto nós humanos somos a burguesia exploradora… Após a bem sucedida revolução, os bichos passam por todas as etapas conhecidas pela humanidade (a euforia, as tentativas de contra revolução e a formação de uma nova elite dominante…) No final genial os porcos vão cada vez mais se assemelhando aos humanos, no jeito de se vestir, nos hábitos, na forma de exploração e Orwell termina com a constatação : “(…) já se tornara impossível distinguir quem era homem e quem era porco.”
24/08/03.
Título original: Animal Farm
Postado por Juliana Oliveira at quarta-feira, abril 17, 2013
Marcadores: A revolução dos bichos, Companhia das Letras, George Orwell, resenha
Os animais da Granja Solar trabalham incessantemente, não comem o suficiente e não descansam o quanto precisam. Assim, perto da morte, um porco chamado Major, reúne os animais no celeiro e decide dividir com eles seus pensamentos e abrir os olhos deles sobre o tratamento que estão recebendo do granjeiro Jones. Ele fala sobre futuro, revolução e explica que os animais poderão trabalhar para si mesmos e que os humanos deixarão de ser a espécie dominante.
Após a morte de major, os animais da granja liderados por dois porcos (Napoleão e Bola de Neve) tomam a granja e a renomeiam Granja dos Bichos.
George Orwell é um autor muito conhecido principalmente por seus livros, 1984 e A Revolução dos Bichos, que são considerados clássicos.
Não se deixe enganar, apesar dos ares de fábula, o livro de Orwell é uma crítica ao stalinismo através de uma sátira com animais. Mas, ao contrário do que vocês possam pensar está muito longe de ser chato.
George Orwell desenha os acontecimentos de sua história de acordo com o modelo básico de uma tomada da ditadura de esquerda, a imposição de regras, manipulação da verdade, demostrações de crueldade e força.
O fato é que a revolução não caminha como os animais querem. Os porcos, animais com maior capacidade intelectual assumem o comando da Granja. E tudo muda novamente, quando um dos porcos decide tomar o controle todo para si.
Aos poucos, tudo vai se modificando. Até os sete mandamentos do Animalismo, vão ganhando "adaptações".
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