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1984 - George Orwell

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Por:   •  1/6/2014  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  1.247 Visualizações

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Obra: 1984 Autor: George Orwell

O cenário da história é a imaginária Oceânia, que vive sob o jugo totalitário do Partido denominado Ingsoc e tem como imagem maior o Grande Irmão, um eterno vigilante que todos têm o dever de amar embora nunca tenha sido visto em pessoa. Nas ruas, cartazes mostram seu rosto e dizem "O Grande Irmão está de olho em você."

A idéia principal do Partido é a sua auto valorização, auto realização, projetando uma intenção de Estado acolhedor, justo e protetor da guerra entre os Estados e as injustiças de um mundo em conflito.

Grande parte do controle do Ingsoc se dá através dos aparatos da mídia; os cidadãos são vigiados todo o tempo em todo lugar pelas teletelas. Em todos os lares dos membros do Partido, praças, ruas e locais públicos, as teletelas transmitem a ideologia do Partido. Mais do que isso, captam todos os movimentos de seus filiados. O controle absoluto também se estendia à mídia impressa, através o uso da novalingua ou Novilingua, onde a linguagem ganha novos termos, e palavras antigas, novas acepções. A semântica é distorcida para criar um estado de torpor e confusão alterando registros e nomes, e eliminando qualquer prova da existência de algo ou alguém que não fosse condizente com suas intenções, mantendo assim o poder nas classes altas, limitando aos mais pobres, o acesso à educação e à cultura.

Deste modo, não há mais como saber o que é fato e o que é invenção do Partido. Ou se algo na história ainda é verdadeiro. O Partido manipula o passado para controlar o presente e se apossar do futuro incutindo nos cidadãos um "duplipensar", que consiste basicamente em se ter duas idéias opostas, e aceitar ambas como verdade.

A estratégia, fica ainda mais evidente quando se conhece os Ministérios criados pelo Partido: O Ministério da Fartura, encarregado de manter a fome, ocultando a baixa produtividade e a péssima distribuição de alimentos sob falsas estatísticas; o Ministério da Verdade, que manipula as notícias, levando os cidadãos à crença somente do que lhes é permitido; o Ministério da Paz, que se ocupa em engendrar a guerra, e criar notícias sempre positivas a seu respeito; e o Ministério do Amor, que reprimia o sexo e estimulava o ódio entre as pessoas, também se encarregava, através da Polícia do Pensamento, de capturar, torturar, punir, reeducar e sumir, ou na novilingua, vaporizar, quem ousasse ter opiniões diferentes daquelas permitidas pelo Partido, e assim cometer crimidéia.

A opressão era física e mental. Era um cenário de total submissão, onde não há mais leis, mas sim inúmeras regras determinadas pelo Partido.

Winston Smith, personagem central do enredo, é funcionário do Ministério da Verdade. Detesta o sistema e percebe toda a vigilância exercida pelo Partido. Ao tentar escrever em seu diário secreto as memórias de um passado que nem ele próprio tem a certeza de sua existência, começa a se questionar calado e solitariamente sobre os atos do Partido e a maneira como ele se impõe, e a veracidade do Grande irmão. Winston inicia seu caminho na direção de criminoso de pensamento, pois em seu íntimo, começa a contrariar o ideário do Ingsoc.

O sentimento transgressor o faz acreditar que uma rebelião é possível, mas ao mesmo tempo, sabe

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