Comercios Eletronicos
Trabalho Escolar: Comercios Eletronicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: bolz • 27/11/2014 • 1.576 Palavras (7 Páginas) • 314 Visualizações
Os tipos de comércio eletrônico
O comércio eletrônico C2C
Conhecida pelo mundo da Internet como C2C, abreviação simplificada de “Consumer to Consumer”, a transação on-line realizada entre pessoas físicas é uma espécie de “terceira onda” do comércio eletrônico. No início dos negócios na Internet, predominaram as transações entre empresas; em um segundo momento, assistimos a um forte crescimento das transações entre a empresa e o consumidor, e agora começa a se destacar também o comércio eletrônico realizado diretamente entre pessoas físicas. Essa ordem de evolução faz sentido se considerarmos que as empresas, por sua característica de inovação, estavam inicialmente mais preparadas para desbravar o novo ambiente de negócios. A partir do momento em que as pessoas físicas ganharam confiança na Internet, começaram a transacionar com as empresas e também diretamente com outras pessoas. É interessante lembrar que a economia tradicional também apresenta ambientes de negócios do tipo C2C, como é o caso do jornal Primeira Mão, que possibilita a compra e a venda de produtos por meio de anúncios. Também as vendas de porta em porta, como as promovidas por Avon, Natura e outras, caracterizam-se pela transação entre duas pessoas físicas, embora, nesse caso, exista uma empresa dando respaldo ao vendedor. Na Internet, a grande líder do mercado C2C é a empresa Mercado Livre.
Como funciona o comércio eletrônico C2C?
Os negócios C2C são realizados por meio de uma plataforma eletrônica na Internet e intermediados por uma empresa que oferece a infra-estrutura tecnológica e administrativa. Tanto o comprador quanto o vendedor devem estar cadastrados no sistema e podem ser avaliados por todos os membros da comunidade de negócios pela quantidade de transações que já realizaram e pelas notas que receberam em cada transação, numa espécie de ranking dos bons negociadores. Outro mecanismo que oferece mais segurança aos usuários é o chamado “mercado pago”, um sistema com o qual o Mercado Livre recebe o pagamento do comprador e o transfere ao vendedor, após a entrega normal da mercadoria. Alguns dados sobre o e-commerce C2C, obtidos junto ao Mercado Livre, parecem indicar fortes tendências: apesar de o negócio ter sido iniciado no formato de leilão, atualmente, cerca de 90% das transações no Mercado Livre são realizadas a um preço fixo estabelecido pelo vendedor; além disso, 80% dos produtos oferecidos são novos, diferentemente do que ocorria no início, onde a regra era a comercialização de produtos usados; e, por fim, nota-se, cada vez mais, a presença também de pequenas empresas oferecendo seus produtos.
Razões para o sucesso do comércio eletrônico C2C
A realidade é que os negócios C2C caíram no gosto do brasileiro, assim como já ocorre em outros países, e os números apresentados pelo Mercado Livre, no Brasil, deixam isso muito claro. Mensalmente, cerca de um milhão de transações são concretizadas na plataforma da empresa e, em 2005, as vendas superaram U$ 300 milhões, cerca de 10% das vendas B2C de bens de consumo on-line no Brasil. As principais razões para esse crescente sucesso do C2C são: a possibilidade de uma renda extra para quem vende e as ofertas a preços baixos para quem compra, fatores extremamente estimulantes em um país caracterizado cada vez mais por poucos empregos e baixa renda.
O comércio eletrônico B2B
Embora não seja tão comentado quanto o varejo on-line, o comércio eletrônico entre empresas também tem registrado um excelente desempenho no Brasil. Pesquisas realizadas pela empresa e-Consulting apontam que as transações eletrônicas B2B totalizaram R$ 267,6 bilhões em 2005, valor 37% maior do que o movimentado no ano anterior. É um crescimento similar ao apresentado pelo comércio eletrônico B2C, que se expandiu 43% no mesmo período, e excelente no contexto da economia brasileira, cuja taxa de crescimento “patina” ao redor de 2% já há vários anos.
A pesquisa da e-Consulting indica que cerca de 80% do valor transacionado, R$ 212 bilhões, referem-se a negócios realizados em portais privados, ou seja, por empresas que possuem seus próprios sistemas de gerenciamento de transações eletrônicas com fornecedores, distribuidores, representantes e clientes. Os 20% restantes referem-se às empresas que utilizaram portais de terceiros, os chamados marketplaces eletrônicos, ou bolsas eletrônicas, que oferecem toda a infra-estrutura necessária de hardware, software e mão-de-obra. Nas duas situações, a realização de transações eletrônicas entre empresas, normalmente, envolve: o cadastramento e a validação dos participantes aptos ao mercado, a execução do procedimento de venda, que pode ser por meio de licitações, leilões ou catálogos, o fornecimento de relatórios sobre transações realizadas, além dos recebimentos e pagamentos. A diferença é que, no caso da terceirização, essas atividades são executadas por terceiros que recebem uma taxa ou comissão pela prestação desse serviço.
Exemplos de transações eletrônicas realizadas entre empresas
• A empresa compra produtos de outras empresas ou vende regularmente para elas, utilizando a Internet ou a extranet, sua rede privada expandida.
• A empresa realiza licitação para escolha de sua fornecedora de suprimentos ou participa como uma candidata à fornecedora de suprimentos.
• A empresa realiza leilão para escolher a fornecedora de matéria-prima, nas condições solicitadas, com o menor preço; ou participa do leilão como candidata a fornecedora. Nesse método, chamado de leilão reverso, os lances vão sendo dados pelos participantes cadastrados até que se chegue ao menor valor final.
• Pequenas empresas compradoras, gerenciadas por um terceiro, unem-se para realizar compra conjunta, em maior escala, de matéria-prima, obtendo, dessa maneira, expressiva redução de custo unitário.
A utilização de meios eletrônicos, como a Internet, nas transações comerciais com outras empresas é uma tendência tão natural que, em algum momento, não fará mais sentido se falar em comércio eletrônico B2B, uma vez que a quase totalidade das empresas estará utilizando esse novo canal para realizar suas transações em decorrência da maior produtividade trazida por ele. Benefícios tangíveis, como a redução de custos na realização de pedidos e no preço de matéria-prima, a maior agilidade nos procedimentos
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