Comparação de Itália e Brasil Conforme os Índices de Hofstede
Por: Skorge • 10/6/2016 • Projeto de pesquisa • 809 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
Conforme as dimensões de análise de comportamento de Geert Hofstede, cujas teorias e estudo permitem a contemplação das práticas específicas de cada cultura, é possível destacar e estabelecer as diferenças entre o negociador brasileiro e italiano; sendo elas assertadas em sequência.
Distância do poder
Brasil – 69
Itália – 50
O índice da dimensão da distância do poder trata da atitude dos indivíduos em relação a disparidade de poder nos círculos culturais. O índice brasileiro é relativamente maior do que o italiano neste âmbito, sugerindo que o povo italiano, que goza de menos desigualdades em sua realidade social, está mais propenso a enxergar superiores, subordinados e o governo com maior inclusão e confiança, garantindo a expectativa de que todos façam parte dos processos de decisão e que as empresas relevem a importância da negociação aprazível com o consumidor e do trabalho em equipe; enquanto que o índice brasileiro revela um nível de centralização e desconfiança maior entre líderes, empregados e atuações governamentais, fazendo com que o empregado brasileiro se isente com mais frequência das decisões que julga importante, subtraindo seu poder de independência e barganha em negociações, acentuando a carga de responsabilidade, autonomia e status necessária aos cargos elevados.
Individualismo/Coletivismo
Brasil – 38
Itália – 76
A medida do individualismo concerne a visão pessoal que a população possui de si mesma, dos grupos ao seu redor e a importância que garante a eles. Com uma escala alta, a Itália é declarada como individualista; seu povo costuma manter um pensamento de realização por meio das conquistas pessoais, dando prioridade as relações familiares e amizades próximas embora não descartem a coletividade em certas camadas sociais e religiosas, como o povo brasileiro. A centralização de ideias próprias, nas negociações, atua como forma de quebra dos paradigmas e maior autonomia, porém os interesses nas tomadas de decisões não são tão focados na coletividade da empresa. O brasileiro, mais coletivista, tende a permanecer confortável em amplos grupos com os quais de identifica, numa relação de lealdade em troca do crédito de integração, proteção, garantias e sentimento de participação; nas relações negociais também é possível destacar sua maneira elaborada de aproximação e pessoalidade em busca da inclusão e parceria.
Masculinidade/Feminilidade
Brasil – 49
Itália – 70
Índice responsável por determinar as motivações características e os valores dominantes da população e a relação entre as diferenças de papéis masculinos e femininos. A Itália é considerada um país masculino, isto é, seus integrantes mantém posturas específicas de trabalho para cada sexo, em sua maioria valorizando as qualidades masculinas de competitividade na busca pelo sucesso e status, traduzidos em conquistas e símbolos materiais e progresso individualista. O povo brasileiro possui uma pontuação intermediária entre masculinidade e feminilidade, com uma representação mais intensa de valores femininos, como os de qualidade de vida em coletividade, apreciação positiva do ponto de vista das negociações e resolução modesta de problemas e conflitos, utilizando o lado emocional expressivo para garantir a continuidade dos processos.
Aversão à incerteza
Brasil – 76
Itália – 75
A aversão à incerteza implica na tomada de decisões futuras baseada na dubiedade das mesmas, determina se o indivíduo irá se abster ao enfrentar a dúvida e tentar controlar a situação aceitar os acontecimentos. Ambos os países nesse contexto apresentam baixa tolerância ao desconhecido e alta passionalidade, isso quer dizer que tanto os brasileiros quanto os italianos – a despeitos de sua menor indulgência – exprimem sua ansiedade ao enfrentarem decisões incertas; os dois povos refletem uma comunicação e linguagem corporal emotiva e expressiva, e optam por aquilo que é de praxe e formalizado no comportamento ou em regras sociais e leis, evitando flexibilidades e grandes alterações, embora a propensão do brasileiro em seguir leis e regras seja menor, necessitando de um amparo maior na emotividade social ou numa extensa burocracia.
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