Comparação Dos Instrumentos De Avaliação Do Sono, Cognição E Função No Acidente Vascular Encefálico Com A Classificação Internacional De Funcionalidade, Incapacidade E Saúde (CIF).
Artigo: Comparação Dos Instrumentos De Avaliação Do Sono, Cognição E Função No Acidente Vascular Encefálico Com A Classificação Internacional De Funcionalidade, Incapacidade E Saúde (CIF).. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 040893 • 24/6/2014 • 535 Palavras (3 Páginas) • 496 Visualizações
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia que acarreta alterações no nível de consciência; disfunções somatossensitivas; déficits motores; distúrbios de cognição, de linguagem e do sono e alterações funcionais. O diagnóstico dos pacientes tem sido então baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que tem como objetivo registrar e organizar informações sobre a saúde.
A CIF define os componentes da saúde por meio de duas listas básicas. A primeira aborda dois componentes: (1) Funções (b) e Estruturas do Corpo (s), (2) Atividades e Participação (d), e a segunda, abrange Fatores Contextuais e incluem os componentes relacionados aos Fatores Ambientais (e) e aos Fatores Pessoais. Na CIF, os componentes da classificação são seguidos por um código numérico que se inicia com o número do capítulo (um dígito), seguido pelo segundo nível (dois dígitos) e o terceiro e quarto níveis (um dígito cada).
O objetivo do presente estudo foi de comparar os instrumentos de avaliação do sono, cognição e função com o core set da CIF respectivo a essa patologia em pacientes com AVE.
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram do estudo 12 sujeitos (seis mulheres), com idade média de 55±6 anos, os quais sofreram AVC isquêmico, no estágio crônico do AVE, com tempo de sequela de sete a 36 meses. Foram excluídos os indivíduos com história pregressa ou atual de transtornos psiquiátricos e psicóticos que fizessem uso de sedativos, antidepressivos ou neurolépticos ou que apresentassem afasia grave e demência.
PROCEDIMENTOS
Na avaliação do sono foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), que tem como objetivo identificar e quantificar a qualidade subjetiva do sono, latência (tempo necessário para iniciá-lo), duração (horas de sono por noite), eficiência (tempo total de sono dividido pelo tempo na cama), distúrbios do sono (ex. acordar no meio da noite), uso de medicação para dormir e disfunção durante o dia (ter dificuldade para ficar acordado).
Escores maiores do que 5 implicam uma qualidade do sono ruim. Na avaliação cognitiva utilizou-se Miniexame do Estado Mental (MEEM), que gradua o desempenho cognitivo em uma escala de 0 a 30 pontos, com pontuação abaixo de 24 indicando déficit cognitivo. O Índice de Barthel (IB) foi aplicado com o objetivo de avaliar o estado funcional dos pacientes, medindo o grau de dependência quanto à mobilidade, higiene, alimentação, entre outras atividades, com pontuação variando de 0 a 100. Dois avaliadores ambos da área da Fisioterapia Neurológica, iniciaram o processo de comparação.
Para a análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS 15.0 (Statistical Package for the Social Science). Na análise do IQSP, encontrou-se um escore médio de 5,0 (±3,0). Quanto à avaliação cognitiva, os pacientes obtiveram média de 22,5 (±3,4) no MEEM; com relação ao grau de independência funcional, apresentaram média do IB de 74,6 (±17,2).
Foi possível verificar alterações da qualidade do sono dos pacientes, o que corrobora os achados da literatura que relatam ser comum, no AVE, a redução da eficiência do sono, o aumento da sonolência e o aumento do número de interrupções do sono. Observou que
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