Competências Profissionais
Artigos Científicos: Competências Profissionais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: maurileneborges • 23/3/2015 • 757 Palavras (4 Páginas) • 251 Visualizações
Adotar é um desafio porque relacionar-se é sempre um desafio. Temos que acolher, aceitar o outro em sua integridade, com
sua beleza e originalidade, mas, também com suas dificuldades e limitações. Esse amor incondicional, alguns dizem que só
mesmo Deus é capaz de dar. A maioria de nós mortais tem dificuldade para amar incondicionalmente, sem medo e sem
exigências.
Adotar uma criança maior, muitas vezes se reveste de uma complexidade ou desafio maior porque nos relacionamos com
alguém que não foi por nós “criado”, “moldado”, como se acredita que os filhos são ou devem ser pelos pais. Entretanto,
nos esquecemos que na maior parte das nossas relações pela vida com os colegas de escola ou trabalho, namorado (a),
marido ou esposa, relacionamos com outros “moldados” e “criados” por outros. E nem por isso essas relações são menos
prazerosas ou significativas. O diferente, muitas vezes, assusta, mas, sempre nos enriquece.
Construir um vínculo de filiação exige esforço, dedicação, trabalho e sobretudo tempo. Adotar uma criança maior às vezes
pode ser parecido com casar com uma pessoa após um breve namoro, você estava apaixonado e achava que seriam “felizes
para sempre”, mas na convivência diária descobre que não a conhecia direito, suas características pessoais, suas “manias”,
seus “defeitos”. Essa situação pode levar ao divórcio, mas se o casal investe na relação com amor e ambos procuram
superar suas divergências, o vínculo se fortalece. Na adoção também é necessário esse investimento e a solução do divórcio
não existe, pois a adoção é irrevogável. Por esta razão, o estágio de convivência é tão importante e não deve ser apressado,
pois é nele que ambos, adotantes e adotandos, devem se conhecer, é nele que devem surgir as dificuldades e sondadas as
possibilidades e os desafios que aquela adoção implica. Os adotantes devem se questionar se realmente querem e estão
dispostos a enfrentar os percalços que certamente existirão. O acompanhamento do estágio de convivência por profissional
capacitado também se reveste de grande importância na formação e consolidação do vínculo pais-criança.
A bibliografia e a experiência prática mostram que cada caso de adoção tem uma trajetória única e singular, ou seja, cada
caso é um caso. Contudo, observamos certas características regulares, que se repetem nos diferentes casos, em especial
naqueles de adoção de crianças maiores, e vale a pena alertamos a família adotante sobre essas ocorrências de forma a
preveni-las ou minimizar seus efeitos destrutivos durante o estágio de convivência. E não podemos nos esquecer que, seja
biológico, adotivo ou por afinidade, cada vez que um membro novo é inserido em uma família, instala-se uma situação de
crise. Crise com todo o seu potencial destrutivo de risco (perigo), mas também de oportunidade e crescimento/evolução.
SÃO CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO DENOMINADO ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA:
1. Surgimento de comportamentos regressivos na criança- que variam tanto na forma de expressão como na
intensidade e são típicos de fases anteriores de desenvolvimento psicológico infantil
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