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Contexto Familiar

Por:   •  26/11/2016  •  Dissertação  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  688 Visualizações

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Segundo Leite e Gomes (2008, p.5) acrescentar a família no meio escolar é essencial para o desenvolvimento do ser humano, independente de sua criação, é no meio familiar que a criança tem suas primeiros contatos com o mundo, com as formas de comunicação e aprende a valores e costumes. Essa convivência é fundamental para que a criança comece no meio escolar sem problemas para relacionar-se com os outros.

Contudo, sabe-se que muitas famílias não participam efetivamente do cotidiano escolar dos filhos e, consequentemente, influenciam negativamente no desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os educadores buscam estratégias para que os pais se envolvam mais no processo de aprendizagem através de reuniões, que são utilizadas para relatar o que acontece na escola e com o aluno e/ ou promovem atividades de integração entre pais e filhos. Apesar dos esforços, nem sempre os pais comparecem nestes eventos, frustrando as expectativas da escola (FRAGA, 2012, p.01)

Fraga (2012) enfatiza o quanto é difícil quando a falta de participação dos pais na vida escolar das crianças, e fica ainda mais complicado quando os pais inventam desculpas, como não poder faltar ao trabalho ou por outros motivos fazendo com que a relação entre a família e a escola seja um insucesso.

Mas existe uma forma de ganhar a confiança dos pais como Ribeiro e Lomônaco (2002) citado por Fraga (2012) argumentam, é necessário abordar assuntos relacionados a vida escolar da criança, debater propostas que esclareçam os conflitos para as duas partes.

Segundo Tavares (2013) os pais desempenham grande importância na construção da autoestima dos seus filhos. E essa ação começa na infância. Mas, mesmo que a criança seja bem cuidada, tenha boas experiências sociais e culturais, é comum na pré-adolescência e na adolescência certo desanimo em relação a si mesmo. Acrescenta ainda que dialogar com a criança, dar liberdade para ela contar o que sente e a respeitar, são atitudes que ajudarão a formar um adulto confiante.

Por isso, valorizar e prestigiar a criança são algumas formas de ajudar na autoestima da mesma, comparecendo em eventos da escola, o elogiando quando seus esforços forem positivos e principalmente dando devida atenção a ela. E nunca ter atitudes que os deixe sentindo-se incapacitado e inferiores, principalmente em publico.

Portanto a formas da família participar dos acontecimentos da vida escolar para ajudar o aluno a estabelecer um vinculo saudável com o ensino aprendizagem, como afirma Ariés (1973, p.220) a transmissão do conhecimento era assegurada pela participação da criança nos afazeres dos adultos, ou melhor dizendo, mas ainda seguindo o raciocínio de Arés (1973) junto com as transformações familiares também acontecem a valorização da criança, portanto crianças tornaram-se necessárias para as famílias, pois elas promoverão o avanço na sociedade.

Antigamente, os afazeres domésticos eram confundidos com a aprendizagem, por ser o jeito de educar uma criança. Com suas palavras Ariés (1973) mostra como era esse processo de ensino:

‘’Assim, o serviço doméstico se confundia com a aprendizagem, como uma forma muito comum de educação. A criança aprendia pela prática, e essa pratica não parava nos limites de uma profissão, ainda mais porque na época não havia (e por muito tempo ainda não haveria) limites entre a profissão e a vida particular; a participação na vida profissional - expressão bastante anacrônica, aliás - acarre- tava a participação na vida privada, com a qual se confundia aquela. Era através do serviço doméstico que o mestre transmitia a uma criança, não ao seu filho, mas ao filho de outro homem, a bagagem de conhecimentos, a experiência prática e o valor humano que pudesse possuir’’.(ARIÉS, 1973, p.218).

A partir da citação sobre o serviço domestico ser uma forma de educação, Ariés (1973) mostra que a substituição da aprendizagem dos afazeres domésticos pela escola modifica também a forma de como a família se aproxima da criança. Ariés (1973, p.222) explica:

‘’A substituição da aprendizagem pela escola exprime também uma aproximação da família e das crianças, do sentimento da família e do sentimento da infância, outrora separados. A família concentrou-se em torno da criança. Esta não ficou porém desde o início junto com seus pais: deixava-os para ir a uma escola distante, embora no século XVII se discutissem as vantagens de se mandar a criança para o colégio e muitos defendessem a maior eficácia de uma educação em casa, com um preceptor’’.

Portanto, por meio destes fatores históricos em que é mostrado a importância do papel da família no desenvolvimento de ensino- aprendizagem, ressaltando as diferentes formas de participação da família de diferentes épocas nota-se que não houve mudanças somente nas famílias, mas que a forma de os pais se relacionar com as crianças também foram mudadas. E é importantíssimo destacar que as mudanças na forma da família se relacionar com as crianças influenciaram muito para que as famílias se tornassem como é nos dias de hoje.

A forma na qual a família participa pode influenciar positivamente ou negativamente no desenvolvimento da aprendizagem. Os alunos que tem um bom acompanhamento dos pais apresentam bom rendimento na escola evitando a reprovação. É importante destacar que se houvesse a parceria da família com a escola a favor da aprendizagem da criança os resultados seriam melhor alcançado.

Porem, existe o lado negativo da situação, e Casarin (2007) explica o que acontece quando os pais não reconhecem o esforço da criança no desenvolvimento de sua aprendizagem.

‘’Se a família não oferecer a base necessária ao desenvolvimento da criança, ou do adolescente, este irá buscá-la em outros grupos. O perigo se instala nesse momento, pois, se o sujeito não encontrar apoio e atenção nos membros do seu grupo mais próximo, certamente irá buscá-los fora. Assim a fragilidade do adolescente aflora, pois o mesmo deixa de reconhecer o futuro para viver o presente, afinal, ele não vislumbra expectativas de crescimento

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