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Controladoria

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Por:   •  2/11/2013  •  3.323 Palavras (14 Páginas)  •  1.841 Visualizações

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MÓDULO 4 – CONTROLADORIA E A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

INTRODUÇÃO

Os índices são o principal instrumento utilizado para a análise de uma empresa. Por serem o resultado da comparação entre grandezas, eles estabelecem a relação entre contas ou grupo de contas dos demonstrativos financeiros, visando evidenciar um aspecto em particular. Servem, portanto, como termômetro na avaliação da saúde da empresa.

OBJETIVOS E USUÁRIOS

Análise de demonstrações contábeis ou financeiras e análise de balanço têm o mesmo significado. A partir desse momento, será utilizada esta última forma de expressão.

A análise de balanços é feita, basicamente, com os dados do balanço pa¬trimonial e da demonstração de resultado. Outras demonstrações contábeis le¬galmente obrigatórias (e as não obrigatórias) auxiliam na análise da situação patrimonial e financeira da empresa. AS Notas Explicativas, o Relatório da Administração e o Parecer da Auditoria Inde¬pendente, quando existentes, fornecem informações bastante úteis para inter¬pretação correta dos dados contábeis e análise de tendências.

A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar fórmu¬las matemáticas e métodos científicos para extrair dados, pois, dependendo do grau de conhecimento teórico, conhecimento do ramo, experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista poderá produzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo conjunto de dados.

Para que fazer a análise de balanços se as conclusões podem ser diferentes dependendo de cada analista? Geralmente, as análises feitas por dois analistas experientes e com boa formação técnica, utilizando o mesmo conjunto de da¬dos e informações, chegam a conclusões semelhantes sobre a situação atual da empresa, embora possam indicar diferentes níveis de tendências.

Os principais usuários da análise de balanços são: administradores da em¬presa, acionistas e investidores, instituições financeiras, fornecedores, clientes, concorrentes e órgãos governamentais. Cada grupo de usuários enfoca a análise de balanços de acordo com suas necessidades.

PROCEDIMENTOS PRELIMINARES

Antes de iniciar a análise de balanços, existem procedimentos básicos que devem ser aplicados sobre as demonstrações contábeis, para evitar distorções significativas.

O primeiro procedimento é a reclassificação das demonstrações contábeis. No balanço patrimonial, as contas que geralmente precisam ser reclassificadas são as retificadoras Duplicatas e Saques de exportação descontados, que, na realidade, são empréstimos.

O Resultado de Exercícios Futuros pode ser consi¬derado como Patrimônio Líquido (geralmente, o valor desse grupo de contas é relativamente pequeno). Na demonstração de resultado, as Despesas e receitas financeiras devem ser separadas do grupo de Despesas operacionais.

As contas do Ativo e Passivo Circulantes são separadas emoperacionais e nãooperacionais, de acordo com a natureza, relacionando-as com as ativida¬des operacionais. Esse procedimento será bastante útil para analisar o Capital de giro.

O segundo procedimento refere-se à eliminação dos efeitos inflacionários das demonstrações contábeis, pois as demonstrações elaboradas de acordo com a legislação societária não são inteiramente adequadas para análise.

Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado apresentados foram reclassificadas confor¬me os Quadros(1, 2 e 3) apresentados. Estão sendo apresentadas acrescidas de mais um exercício, para possibilitar a análise de tendências, e já estão preparadas para análise vertical e horizontal. Para facilidade didática, considere-se que essas de¬monstrações contábeis estão livres dos efeitos inflacionários.

CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS OPERACIONAIS

As empresas colocam à disposição dos gestores os ativos totais consistentes de caixa, contas a receber, estoques, investimentos em subsidiárias, máquinas e equipamentos, veículos etc. com o propósito de gerar lucro.

Os ativos podem ser classificados em duas categorias:ativos operacionais e ativos nãooperacionais. Igualmente, os passivos também podem ser classifica¬dos em passivos operacionais e passivos não operacionais.

Os ativos operacionais podem ser divididos em capital de giro operacional(contas a receber, estoques, adiantamentos a fornecedores, ICMS e IPI a recu¬perar etc.) e ativo permanente (prédios, máquinas e equipamentos, instalações industriais, veículos etc.), necessários para "fazer funcionar" o negócio.

O capital de Giro Operacional (CGO) é composto de Ativos Circulantes Operacionais (ACOs), que são utilizados dentro do ciclo operacional de uma empresa.

Geralmente, uma parte do ACO é financiada pelas contas do Passivo Cir¬culante Operacional (PCO), que surgem naturalmente em função do próprio negócio, representados pelas contas como: fornecedores, salários a pagar e adiantamentos de clientes. A diferença entre o ACO e o PCO é o Capital de Giro Operacional Líquido (CGOL), ou Necessidade Líquida de Capital de Giro (NLCG).

Os ativos e passivos não operacionais apresentam características de natu¬reza financeira ou não estão diretamente relacionados com as atividades ope¬racionais, tais como: caixa, bancos, aplicações financeiras, depósitos judiciais, empréstimos e dividendos a distribuir. São classificadas como Ativos Circulantes Não Operacionais (ACNOs) e Passivos Circulantes Não Operacionais (PCNOs).

Aplicando os conceitos explanados, os ativos e passivos circulantes dos Qua¬dros 1 e 2 estão classificados como operacional ou não operacional. Essa classificação deve ser flexível, pois, em alguns casos, uma conta contábil apa¬rentemente não operacional pode ser, na realidade, operacional. Por exemplo, se as atividades operacionais da empresa exigirem que seja mantido um saldo mínimo de caixa no valor de $ 30.000, no período encerrado em 31-12-X8, esse valor deverá ser classificado como um ativo operacional e deduzido do ativo não operacional, que apresentará o valor de $ 15.685, na conta Caixa e Bancos, totalizando $ 45.685.

Quadro 1

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