Controladoria

Resumo:Este trabalho busca demonstrar a importância e relevância da controladoria para as empresas privadas. Para a realização desta pesquisa foi exposto inicialmente um breve histórico sobre o conceito de controladoria, o seu surgimento e o papel da controladoria nas empresas privadas brasileiras. Logo, procurou-se destacar o papel da informação para a controladoria, demonstrar o papel do administrador e do contador nas organizações e a influência das informações precisas nas tomadas de decisões. O artigo deu ênfase a um estudo de caso sobre a controladoria nas grandes indústrias têxteis do Vale do Itajaí / SC, destacando sua missão e funções. Esse estudo mostra nitidamente que as funções da controladoria estão voltadas, principalmente, para amparar a administração na determinação de políticas de planejamento e execução. Paralelamente, foi utilizada uma entrevista feita com um auditor de uma rede de hipermercados atacadista-varejista para melhor exemplificar a aplicabilidade da controladoria e suas ferramentas no setor privado. Ao final do trabalho conclui-se que na atual competitividade dos negócios, as empresas procuram a maximização do desempenho e do controle empresarial. Portanto, a Controladoria exerce papel preponderante nas empresas, apoiando os gestores no planejamento e controle de gestão, através da manutenção de um eficiente sistema de informação.

Palavras Chave: controladoria - Sistemas - Informacao - Planejamento - Eficiencia

1. INTRODUÇÃO

A Controladoria é um tema bem discutido na atualidade, mas isso não é algo recente segundo BORGES, PARISI e GIL, (2005) ”A controladoria surgiu no início do século XX em grandes corporações norte-americanas, estas fortemente influenciadas por três fatores que marcaram o desenvolvimento industrial daquela época: verticalização, empresas com controle centralizado; diversificação, grupos atuando em segmentos diversos do mercado; e expansão geográfica, início da globalização dos mercados.” O crescimento vertical e diversificado desses conglomerados exigia, por parte dos acionistas e gestores, um controle na central em relação aos departamentos e divisões que rapidamente se espalhavam nos Estados Unidos e em outros países. Pode-se dizer que a verticalização, diversificação e expansão geográfica das organizações e o conseqüente aumento da complexidade de suas atividades, aliados às tendências de descentralização da gestão das empresas, exigiram a ampliação das funções do controller – executivo incubido de controlar ou verificar as contas – bem como o surgimento dessa figura, também, nas diversas divisões da organização, além do lotado na administração central da companhia. Apesar das atribuições do controller nas organizações, a literatura não tem apresentado uma nítida definição de controladoria. As diversas abordagens têm seu foco mais voltado às capacidades requeridas para o exercício da função, bem como de suas atribuições nas empresas, do que explicitar o seu verdadeiro significado. A controladoria é responsável pela estruturação dos controles internos nas organizações e se tem mostrado como poderoso auxiliar na gestão estratégica das organizações. Tem, entre suas funções, ainda, a estruturação de um sistema de informações, fundamental par a desenvolvimento do processo decisório das instituições. Sendo assim, este trabalho buscará relacionar as definições de controladoria com a prática existente nas empresas analisadas.

2. METODOLOGIA

Primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito de se ter um maior embasamento do tema tratado. A partir desta pesquisa, separou-se um trabalho referente a um grupo de grandes indústrias do setor têxtil. Pode-se dizer que o presente estudo pode ser caracterizado em parte, como uma réplica de uma pesquisa realizada por ANDREATTA, SILVEIRA e OLINQUEVITCH (2004), que contribuiu para a estruturação deste artigo a partir de um estudo da Controladoria nas grandes indústrias têxteis do Vale do Itajaí/SC. É importante que se deixe claro quais foram as escolhas metodológicas feitas que auxiliaram no desenvolvimento do estudo. Alexander Berndt e Luciel Oliveira (2005), em seu artigo, valorizam a utilização da replicagem como procedimento fundamental em pesquisas científicas. Destacam que: Toda evolução do conhecimento realiza-se por repetições, às vezes simples reedições modificadas de pesquisas anteriores. A construção do conhecimento é cumulativa com raras quebras de paradigmas que mudam o entendimento de certo fenômeno, ao olhá-lo de outra perspectiva, de outro ângulo de entendimento. As permanentes repetições ou reedições modificadas podem ser identificadas como réplicas mais ou menos semelhantes entre si. (BERNDT e OLIVEIRA, 2005, p.12)

VIII SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia – 2011 2

Por fim, uma entrevista com um colaborador que ocupa o cargo de auditor em uma empresa do ramo comercial muito contribuiu para exemplificar a utilização das práticas de controladoria em empresas privadas.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Pode-se justificar a classificação da controladoria como ramo de conhecimento, tendo como base o pensamento de Pfaltzgraff apud Mosimann e Fish (2008, p.98) que afirma: “Uma área do conhecimento ou uma ciência consiste em um agregado, em um conjunto de princípios, leis e axiomas que dão explicação aos fenômenos, suas propriedades, suas relações, suas causas e seu fim.” Complementando o assunto, Mosimann e Fish (2008, p.99) conferem à controladoria o status de ciência, pelas características: 1. O conhecimento científico se esforça por dar uma explicação aos fenômenos. Não, apenas, em dar a explicação, mas em expor o processamento da compreensão do fenômeno. Um fenômeno é explicado quando se lhe conhece a causa, quando se lhe estuda o efeito e, principalmente, quando se estuda a sua vida, da causa ao efeito. A investigação das causas é objeto da ciência. Quando a relação entre causa e efeito é constante, isto é, quando o fenômeno se repete, partindo daquela mesma origem e produzindo os mesmos resultados, então se diz que constitui uma lei. 2. Por intermédio das leis, o conhecimento científico reduz o especial e o particular, ao geral. 3. Pelas leis, a ciência reduz o incerto o duvidoso ao certo, ao que foi determinado com precisão. Os autores, então, destacam que a controladoria