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Controladoria

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Por:   •  17/11/2014  •  1.192 Palavras (5 Páginas)  •  1.286 Visualizações

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Considerando o estudado na unidade II do livro texto de Controladoria, leia atentamente o texto abaixo em formato de lenda e responda:

Pede-se:

Se você fosse um dos índios presentes na reunião da fogueira da tribo que vivia na região com excelentes condições de vida, ao discutirem o que fazer contra os invasores, o que diria ou sugeriria aos outros índios?

Texto

“Aconteceu em local indeterminado há muitos milênios quando os homens dialogavam com os deuses ou diziam que assim o faziam.

Num tosco aldeamento erguido na foz de um rio habitava uma pequena tribo. Ela ali se achava havia várias gerações desfrutando das condições favoráveis da região. Nas proximidades havia campos férteis e bosques ricos em caça, frutos e madeiras. Nas águas abundavam os cardumes.

O mundo da tribo não era vasto. De um lado terminava na planície ressequida, existente além da mata, e do outro no horizonte do mar em que o rio desaguava. Os caçadores do aldeamento que se haviam aventurado mais longe na planura ou não tinham jamais regressado ou retomavam esquálidos pelas privações passadas em terras sáfaras. Os pescadores mais ousados nos afastamentos da praia ou haviam desaparecido para sempre no azul do oceano ou voltado sem nada terem avistado além das ondas. Vez por outra os habitantes do aldeamento tinham contatos na planície com caçadores furtivos procedentes de plagas ignotas. Nada levava a crer, porém, que os estranhos fossem numerosos ou que pertencessem a alguma comunidade organizada. No aldeamento os mais velhos ensinavam convictamente que a tribo ocupava o centro do mundo pertencendo-lhe todas as coisas animadas ou inanimadas ao alcance das habilidades intelectuais e manuais de seus membros.

Um dia, com grande pasmo e apreensão, os que estavam no aldeamento viram uma chusma de homens, mulheres, crianças e animais domésticos surgir da planície. Os intrusos aproximaram-se agrupados revelando receio, curiosidade e fome. Depois acenderam fogueiras na margem do rio e ergueram abrigos de pele de animais. Todos na tribo logo sentiram o ar pesado do medo do desconhecido.

Sem saber o que aconselhar ou determinar o Chefe da Tribo resolveu apelar para os deuses.

No recôndito da floresta ele conclamou o Deus das Calamidades a manifestar-se através de uma força que tangesse os intrusos de volta aos ermos de onde tinham vindo. A divindade promotora das pestes, fomes, inundações e demais acontecimentos indesejáveis não se mostrou receptiva à pretensão. Respondeu que as forças regendo os destinos e os acontecimentos combinavam-se de forma caprichosa. Benefícios e malefícios existiam lado a lado fazendo parte de um todo. No mar o peixe grande alimentava-se do peixe pequeno e na fogueira o peixe grande fazia a alegria do pescador. Visto malefícios e benefícios serem necessários à ordem natural da mesma forma que a alternância da noite e do dia, das estações, da maré e do tempo, não lhe cabia impedir alterações na posse daquilo que as terras, as águas e os ventos distribuíam. Competia aos homens aceitarem as mutações requeridas pelo equilíbrio da natureza. Não lhe cabendo proporcionar entendimento aos homens recomendava dirigir-se ao Deus da Sabedoria.

Despedido pelo Deus das Calamidades o Chefe da Tribo apelou para o Senhor supremo dos conhecimentos exatos e duvidosos, deduzidos e inferidos. Rogou no sentido de ser iluminado quanto à maneira de afastar os intrusos.

O Deus da Sabedoria respondeu que pouco antes saíra de sua augusta presença um representante dos homens vindos da planície. A esfomeada criatura pedira para ser esclarecida quanto ao que fazer de forma a que o seu povo viesse a dispor das mesmas dádivas concedidas aos habitantes do povoado. Assim, encontrava-se ele, Deus da Sabedoria, diante de duas súplicas em que homens procuravam influir nos destinos de outros homens. Reconhecia que ambas as pretensões eram legítimas, visto ser inerente à vida tanto a busca do melhor viver como a recusa em compartilhar o essencial para bem viver. Por dever de justiça repetiria o que dissera ao enviado do povo das planícies estéreis. Falaria, como sempre, por metáforas, pois quando todas as verdades são desvendadas os mistérios desaparecem e quando os mistérios desaparecem os homens se tornam arrogantes procurando assumir o lugar dos deuses.

Dado que a sabedoria vinha à luz através do casamento da Inteligência com o Conhecimento, não estendia seus favores aos desprovidos de capacidade de acumular experiências e desenvolver idéias.

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