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Criatividade no processo de inovação

Seminário: Criatividade no processo de inovação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/4/2014  •  Seminário  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  304 Visualizações

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Criatividade no Processo de Inovação

Criatividade é um fenômeno de natureza predominantemente cognitiva e a inovação é um efeito da interação do processo mental - ou cognitivo - de geração de novas idéias com o processo de implementação destas novas idéias, de forma a produzir algo de valor mercadológico. Inovação pode ser caracterizada, portanto, como o resultado do encontro entre o psíquico e o econômico. Desta maneira a inovação necessita do esforço criativo para acontecer.

Ainda que a criatividade possa ser primariamente definida pelo senso comum, no campo teórico não existe consenso. Sternberg (2008, p.399) refere que “pode haver tantas definições estreitas de criatividade quantas pessoas que pensam sobre o tema”. Todavia, das inúmeras abordagens e conceitos sobre o fenômeno, emerge o trabalho de Torrance (1974), cujas concepções sobre criatividade estão alicerçadas em pesquisas empíricas fundamentadas por meio de medidas, testes e avaliações.

Para Torrance (1966), a criatividade é o processo que torna a pessoa sensível a um problema, levando-a buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das dificuldades, testando estas hipóteses e comunicando os resultados. Assim, Torrance (1966) propõe um conceito de criatividade associado à solução de problemas, mediada por funções cognitivas que estão intimamente ligadas a uma espécie de pensamento diferenciado, não exatamente associado à inteligência formal. Torrance inspirou-se também nas idéias de Guilford (1959), um dos primeiros a sugerir algumas habilidades da pessoa criativa, tais como flexibilidade e originalidade, e a propor um modelo de inteligência dentro do qual a habilidade seria uma espécie de pensamento divergente. Partindo deste modelo, Torrance (1966) desenvolveu testes para avaliar a criatividade onde o pensamento divergente permeava as principais características do pensamento criativo.

Segundo Nakano e Weschler (2006), os testes de Torrance (1966) acabaram por se tornar os instrumentos mais pesquisados e utilizados na avaliação da criatividade. Seus testes destinavam-se, originalmente, a medir diversidade, quantidade e adequação de respostas a perguntas específicas. Eles enfatizavam não só a qualidade das respostas para os problemas ou situações apresentadas, mas o quanto a pessoa usou detalhes incomuns ou ricamente elaborados. A criatividade, assim concebida, pôde ser caracterizada como uma habilidade de produzir um grande número de ideias (fluência), que apresentem variabilidade (flexibilidade), estatisticamente pouco frequentes (originalidade) e de uma forma rica e elaborada (elaboração).

Mas não tardou para Torrance (1966) apontar a existência de outros indicadores da criatividade, aumentando as características criativas de quatro para quatorze. Estas novas características são denominadas de expressão de emoção, fantasia, movimento, combinação de idéias, extensão de limites, perspectiva incomum, perspectiva interna, uso de contexto, analogias e títulos expressivos (Torrance e Safter, 1999).

A evolução da concepção de Torrance (1966) sobre a criatividade, suas características e critérios de mensuração, sugere que ela envolve mais operações mentais associadas à imaginação e a busca de alternativas não convencionais, enquanto que a inteligência

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