Crise Da Argentina 2001
Trabalho Escolar: Crise Da Argentina 2001. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ponelope • 20/9/2014 • 1.801 Palavras (8 Páginas) • 876 Visualizações
A CRISE ECONOMICA DA ARGENTINA DE DEZEMBRO DE 2001
INTRODUÇÃO
Nestas notas falaremos de uma Argentina que vivenciou um processo degenerativo em sua economía, enfrentando diversas crises, de ámbito social, económica, fiscal, financeira e politíca, depois de ocupar o posto de país mais desenvolvido da América Latina. Por trás dessas crises observaremos o descontrole dos gastos, da dívida pública e a paridade cambial. Dezenas de pacotes económicos fracassados, cinco ministros da economía diferentes em um ano, salários encolhidos, desemprego que se multiplica e economias retidas no banco justamente no período do Natal e de gozo de férias.
A CRISE NA ARGENTINA INICIOU NOS ANOS 90
Argentina
Argentina é o segundo maior país da América do Sul em território e o terceiro em população, constituída como uma federação de 23 províncias, constituindo uma república federativa tal como o Brasil, sendo a grande Buenos Aires (segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois na Grande São Paulo) a província mais populosa e a mais importante, tanto por ser a sede do governo argentino, como pelo poderio econômico. É o 8º maior país do mundo em área territorial e o maior entre as nações de língua espanhola, embora México, Colômbia e Espanha, que possuem menor território, sejam mais populosos.
Governo MENEM
A crise argentina não ocorreu da noite para o dia, sua lenta agonia foi se agravando aos poucos. A situação da economia argentina no final dos anos de 1980 e início da década de 1990 era extremamente grave e manifestava a incapacidade das autoridades monetárias de manter um mínimo de ordem dentro do país. Em maio de 1989 foram realizadas eleições para presidente da república, sendo eleito o peronista Carlos Menem. Seu governo começa em 1990 diante da grave crise económica, com uma hiperinflação que seria vencida no ano seguinte, de quase 3.000% ao ano.
Carlos Menem desestatizou e liberalizou a economia, com ganhos expressivos de produtividade, o país cresceu em média, 5% ano.
Em 1991, o ministro da Economia, Domingo Cavallo, lançou o plano de Conversibilidade para zerar a inflação. A moeda, o peso, passou a valer o mesmo valor do dólar dos EUA, ou seja, um peso na Argentina valia US$ 1. A ideia de Cavallo era usar o câmbio como forma de segurar a inflação de uma forma definitiva e iniciar uma nova etapa na história do país. Neste momento a industrialização – alicerce da economia argentina – começava a ser substituída pelo sistema de valorização financeira.
Enquanto isso, no Uruguai, país vizinho da Argentina, aderia ao Mercosul, que cria uma zona de livre-comércio com Brasil, Argentina e Paraguai. A medida aumentou o comércio entre esses países, mas não tirou o Uruguai da recessão econômica. Para piorar a situação, mais tarde o Uruguai seria atingido pela grave crise que assolara a vizinha argentina. Com uma economia frágil, o Uruguai passaria a ser um paraíso fiscal para estrangeiros, em especial argentino.
Já na Argnetina, com o plano econômico embasado na paridade cambial peso-dólar dos EUA, a Argentina cresce cerca de 7,7% e inicia-se uma fase de privatizações das empresas públicas. Foram privatizadas Aerolineas Argentinas, Entel,Yacimientos Pretoliferos Fiscales, Gas Del Estado, usinas atômicas, canais de TV estatal, empresas de saneamento, esgoto, correios, pedágios, entre outras. As receitas obtidas nessas vendas alcançaram cerca de 10% do PIB entre 1998 e 1997.
Depois de alterar a Constituição para poder se reeleger, o segundo mandato de Carlos Menem inicia com a inflação controlada e a moeda forte. Na contramão, o crescimento para, a taxa de desemprego atinge 18,4% e a dívida externa dobra.
Os peronistas perdem a maioria no Congresso em 1997. O peso segue atrelado ao dólar dos EUA e o governo vive um impasse no mercado porque, ao mesmo tempo em que os produtos nacionais encarecem, as dívidas contraídas em moeda americana impedem o fim da paridade cambial. A recessão assola o país, ou seja, a Argentina fica dependente da política monetária dos EUA, o que representa evidente perda de soberania política e de autonomia gerencial.
Em 2000, Menem deixa o poder, pois foi impedido de concorrer às eleições pela Corte Suprema.
DEZEMBRO DE 2001
Governo de La Rúa
As denúncias de corrupção e a deterioração do quadro econômico social no segundo mandato de Menem levam o eleitorado a votar contra o peronismo em 1999. As eleições são vencidas pela Alianza UCR-Frepaso. Fernando De La Rúa, foi prefeito de Buenos Aires, um administrador apagado, mas com fama de honesto, era o que o eleitor queria, o argentino estava cansado da corrupção e das extravagâncias observadas nos dois mandatos do peronista Carlos Menem. A chapa de De La Rúa, ganhou respeitabilidade com a inclusão como vice-presidente de um carismático esquerdista, Carlos "Cacho" Alvarez.
Desde o início de seu governo, inaugurado com um pacote de mais impostos, o presidente foi um fator de incerteza permanente. Com a popularidade declinante, ele se refugiava em sua coleção de bonsais, distraído, enquanto o país desmoronava. Trocou várias vezes de ministro da economia, a Alianza radicalismo-centro esquerda se mostra incapaz de administrar. Por fim, num ato de desespero convocou Domingo Cavallo, o ministro que vencera a hiperinflação no governo Menem, cabeça-dura, o tecnoburocrata Cavallo mostrou-se insensível ao sacrifício social que impôs ao país, tudo para assegurar a manutenção da conversibilidade, que ele criara para o governo Menem. Comprou briga com o Brasil, quase arruinou o Mercosul, brigou com o FMI, que bancava o desastre da política econômica de Cavallo, anunciou que iria fechar a torneira por discordar do que o ministro estava fazendo.
Domingo Cavallo para salvar a estabilidade, busca “blindagem” financeira, aumenta impostos, tenta alterar o perfil da dívida e anuncia o plano déficit zero. Na área externa, a Alianza mantém as prioridades de Menem, especialmente o relacionamento privilegiado com os Estados Unidos combinado com o Mercosul.
Os ministros da área duravam meses. Passaram pela pasta José Luis Machinea, Ricardo López Murphy e Domingo Cavallo. Os distúrbios de rua começaram a ser comuns, assim como saques a lojas.
Em novembro de 2001, os grandes investidores tiraram depósitos do país, e os bancos começaram
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