Cultura Organizacional

Cultura Organizacional do Setor Público Brasileiro

Adilsa Marialva da Silva. Bacharel em Administração. Formada em Agosto/2013. Funcionária Pública.

Se fosse possível estabelecer um comportamento de sucesso ou de sobrevivência pessoal dentro do setor público, ele teria pouco a ver com atributos como empreendedorismo, capacidade de inovação, ousadia e competência técnica. O que se valoriza no agente público é sua capacidade de conciliar interesses, apaziguar conflitos e aparentar aquilo que não é. Este trabalho pretende analisar, por observação in loco, o perfil do agente público e sua influencia nas ações no trabalho.

Para sobreviver no Estado, em especial vivendo da maquina pública, sempre foi necessário muito jogo de cintura, muita esperteza, amigos influentes, habilidades diplomáticas, paciência, compreensão para com a incompetência alheia e outras coisas do gênero. Historicamente, os governos no Brasil nunca se preocuparam em estabelecer bons indicadores de gestão, o que seria um risco para os administradores públicos. O que vale e, pelo menos por um bom tempo deve continuar valendo, são as amizades e os jogos de influencia, este sim são os verdadeiros indicadores de poder no Estado.

A administração pública reflete o Brasil, reflete o país, reflete o “nosso” comportamento. O Estado não é diferente da nação, de seu povo. Não se pode realizar uma mudança, negando todas as ações antigas. Há que se aceitar a nossa cultura e planejar as mudanças dentro de rituais legitimados pela própria cultura.

A globalização exige a mudança permanente, o ajustamento constante, e já há o consenso de que este comportamento é inevitável para quem quer participar de um modelo econômico atualizado.

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