Cultura Organizacional
Casos: Cultura Organizacional. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Glaydson19 • 8/10/2014 • 2.187 Palavras (9 Páginas) • 403 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
CRISTIANO BRUNO DE CARVALHO
GLAYDSON RIBEIRO SILVA
HIANNE APARECIDA LEMOS RAMOS
KARINE DE SOUZA CARVALHO
JÉSSICA DE SOUZA FERREIRA BRUNO
MICHELLE APARECIDA ARÊAS SILVEIRA AMARAL
NATÁLIA VIRGÍNIA SOARES DA CONCEIÇÃO
CAPÍTULO 5
CRIAÇÃO DA REALIDADE SOCIAL:
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CULTURAS
Belo Horizonte
2014
INTRODUÇÃO
De acordo com Morgan (2002) cultura é uma "palavra deriva metaforicamente da ideia de cultivo", aquilo que é característica de uma pessoa, família, sociedade, os todos valores adquiridos como leis, crenças, moral, arte, entre outros.
Seguindo esse raciocínio, entende-se por cultura organizacional a estrutura, a natureza, os valores, a missão, os costumes, as diretrizes e a rotina, seguidas em busca do equilíbrio dos valores e interesses pessoais, com as normas e objetivos empresariais.
Hoje o conceito de Cultura não carrega necessariamente a antiga postura de avaliação, vai além deste valores, respeitando os diferentes grupos, seus estilos de vida e suas particularidades. Já os valores organizacionais partem da princípio de que seus colaboradores sigam regras e normas culturais pré estabelecidas, cumprindo com os objetivos e metas empresarias.
O capitulo em questão relata a historia da cultura e seu desenvolvimento desde cultura em sociedade, até como cultura inserida dentro das organizações em diversos seguimentos espalhados pelo mundo.
Em uma organização encontra-se influências de varias culturas, que com o passar dos anos e exemplos de histórias de civilizações e culturas antigas, foram adquiridas e moldadas de acordo com a realidade e interesses de cada organização.
De acordo com Murray "as organizações japonesas combinam valores culturais dos campos de arroz com o espírito de serviço do samurai". Enquanto os agricultores cultivavam o arroz, os samurais dependiam desse alimento para se manterem fortes e preparados. O processo de cultivo exige trabalho em equipe, o que é amplamente aplicado nas organizações, onde os trabalhadores contribuem no alcance dos objetivos, acatando ordens da autoridade com muito respeito. Uma vez alcançados os objetivos, todos ganham diretamente ou não, caso contrário, todos são penalizados. Sendo assim, a cultura de um país é que determina a caráter da organização.
A cultura da Grã-Bretanha é antagônica, onde os membros da elite administrativa com suas heranças mandam e os demais obedecem e trabalham por eles. Já nos Estados Unidos, prevalece a cultura da competitividade, do individualismo e das recompensas por desempenho. Dessa forma, reconhecemos que: "A adoção do ponto de vista de quem está de fora de uma cultura é muito valiosa, porque assim podemos enxergar nossa própria cultura de uma perspectiva nova", podendo ser realizada apenas por observação do dia-a-dia de uma organização.
"A análise das ligações entre estilo de liderança e cultura corporativa às vezes explica claramente por que certas organizações trabalham de determinada maneira" (MORGAN, p. 155).
Entretanto, outros fatores também podem influenciar a cultura organizacional, como a etnia, raça, língua, religião, aspectos sociais e econômicos, e principalmente o sexo, em que os homens dominavam e que com muito custo, aceitaram a influência feminina, como diz .... que "Até recentemente, era um mundo de homens onde as mulheres e os estilos associados ao gênero feminino eram fisicamente e psicologicamente marginalizado ou excluídos da realidade predominantemente masculina". (MORGAN, p. 156)
As crenças de um trabalho, seja ele compartilhado, fragmentado ou integrado, influenciam diretamente na cultura e na tomada de decisões de uma organização. Assim como as normas sindicais afetam a cultura, subcultura e contracultura, características formadas em qualquer organização. Uma vez que as normas não sejam seguidas, esses costumes e relações se quebram.
O autor exemplifica o caso da empresa ITT, sob o comando de Geneen, em que a motivação é realizada por meios de intimidação e medo. Tanto é que o psicanalista Michael Maccoby "caracterizou como o 'lutador da selva': o administrador com fome de poder que vive a vida e o trabalho como uma selva onde a lei é comer ou ser comido e onde os vencedores destroem os vencidos" (MORGAN, p. 155) Esse modelo de administração pode ser observado no filme O Diabo veste Prada, no qual todos os funcionários de uma empresa temem a chefe.
Reconhecendo que realizamos ou representamos a realidade de nosso mundo diário, temos uma poderosa maneira de analisar a cultura. isto significa que precisamos tentar entender a cultura como um processo contínuo, proativo de construção de realidade. a cultura já não pode ser vista como uma simples variável que as sociedades ou organizações possuem ou algo que um líder traz para sua organização. Ela deve ser entendida como um fenômeno ativo e vivo através do qual as pessoas em conjunto criam e recriam os mundos em que vivem. (MORGAN, p. 162)
A partir da observação das regras, metas, missões, valores, cargos e salários e a rotina, é possível identificar e entender o funcionamento das organizações e os fatores que geram resistência à mudança.
Morgan (2002) também aborda as vantagens e limitações da metáfora da cultura.
Vantagens:
* A metáfora enfatiza o significado simbólico de quase tudo que fazemos,; dirigindo a atenção para o lado humano.
* Organização e significado compartilhado são a mesma coisa. "A metáfora aponta para um outro meio de criar e estruturar a atividade organizada: influenciando as ideologias, valores, crenças. linguagem, normas e outras práticas sociais que em última análise determinam e orientam a ação organizada".
* Líderes e gerentes vêm como seu sucesso depende da criação de significado compartilhado; que por meio de visões e valores comuns, possam mobilizar os esforços
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