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DISTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Tese: DISTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/4/2014  •  Tese  •  7.393 Palavras (30 Páginas)  •  248 Visualizações

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL FERREIRA LIMA

REDE ESCOLA TÉCNICA ABERTA DO BRASIL - REDE E-TECBRASIL NO MS

Atividade (preencher com o número da atividade) Disciplina: (nome da disciplina) Módulo: (número do módulo)

Data:

Professor(a) formador(a): (nome do professor)

Coordenador(a) de Polo:(nome do coordenador)

Tutor(a) Presencial:(nome do tutor)

Tutor(a) a distância:(nome do tutor)

Aluno(a):

Turma: (letra da turma A, B OU C) Município do Polo:

EDUCAÇÃO A DISTANCIA NO BRASIL:

A BUSCA DE IDENTIDADE

http://www.nead.ufmt.br/index.asp?pg=7

Katia Morosov Alonso

Falar sobre a Educação a Distancia no Brasil é, ainda hoje, um ato de muita coragem. São vários os trabalhos sobre este tema, mas a resistência a ele tem, necessariamente, uma base cultural bastante forte.

A historia da educação formal no país tem seus fundamentos a partir de um ensino cujos objetivos foram, quase sempre, o privilégio a determinados segmentos da população. ROMANELLI ( 1978), em um dos estudos mais significativos acerca da historia da educação brasileira, aponta o caráter elitista da mesma. Vamos transcrever aqui uma parte de seu texto, ainda que seja uma transcrição extensa, é importante “localizarmos” a problemática a que nos referimos:

“a forma como foi feita a colonização em terras brasileiras e, mais, a evolução da distribuição social, do controle político, aliadas ao uso de modelos importados de cultura, condicionaram a evolução da educação escolar no Brasil. A necessidade de manter os desníveis sociais teve, desde então, na educação escolar um instrumento de reforço das desigualdades. Neste sentido, a função da escola foi a de ajudar a manter privilégios de classe, apresentado se ela mesma como uma forma de privilégio, quando se utilizou mecanismos de seleção escolar... Ao mesmo tempo esta escola deu à classe dominante a oportunidade de ilustrare-se. A escola, se manteve insuficiente e precária, em todos os níveis, chegando apenas a uma minoria que nela procurava uma forma de conquistar o manter seu “status”. ( ROMANELLI, 1978, 23-24)

Apesar das mudanças econômicas, políticas e sociais, a educação formal no Brasil segue seu ritmo, ou seja, mantendo a seletividade e a exclusão daqueles que na verdade mais necessitam dela.

Tratar, então, da Educação a Distancia, significa trabalhar com um tema que represente romper com um ciclo determinado ha muito tempo. Este rompimento, no entanto, não pode ter em sua base a substituição de sistemas presenciais por sistemas a distância.

Esta afirmação é colocada com um sentido de certa obviedade, já que, em nosso país, propostas de inovações metodológicas são tomadas quase sempre na perspectiva de solucionar problemas de acesso e permanência de alunos nos sistemas de ensino. Assim, não podemos confundir propostas relacionadas a educação a distância e a necessidade de romper o ciclo da seletividade e exclusão dos sistema educacional brasileiro.

A educação a distância tem em sua base a idéia de democratização e facilitação do acesso à escola, não a idéia de suplência ao sistema regular estabelecido, nem tampouco, a implantação de sistemas provisórios, mas em sistemas fundados na Educação Permanente, demanda que a sociedade nos impõe hoje, como forma de superação de problemas relativos ao desenvolvimento econômico e tecnológico que vivenciamos.

Portanto, tratar da educação a distância, não é tratar de algo isolado da educação em geral. Talvez, ao não reconhecermos isto como um fato, faça com que a experiência brasileira com a Educação a Distância se caracterize como um eterno começar.

Desde a década dos anos 70 assistimos às tentativas de organização de experiências em EAD, sem que isto viesse a se consolidar na criação de um sistema de ensino baseado nesta modalidade. Estas experiências tiveram em seu início uma intervenção governamental acentuada, trazendo componentes ideológicos necessários a manutenção do regime militar brasileiro que ocupava naquele momento o poder de estado. Grande parte das resistências a esta modalidade de ensino estão associadas ao regime ditatorial e a difusão dos chamados modelos tecnológicos tão em voga nesta mesma época.

A idéia de desenvolvimento, de crescimento econômico, foram os argumentos utilizados pêlos militares para a reforma educacional de 1972 e, principalmente, para justificar a ampliação das ofertas educacionais, que tinham por base uma formação mínima para o mundo do trabalho, entendido como o mundo da rápida industrialização.

Explicar as bases deste interminável começar da EAD no brasil significa compreender os processos em que se forjaram os programas e as instituições que os criaram e executaram. Para a compreensão disto, vamos, então, fazer uma apresentação cronológica da implantação de programas que se utilizaram da EAD, na tentativa de reconstruir as origens desse caminhar nesta modalidade.

Os programas de EAD podem ser categorizados em três tipos: aqueles destinados à formação geral, à formação de professores e à formação profissional. A apresentação que se segue terá estes dois aspectos: a cronologia e a categorização conforme o fim da formação.

1- Programas de EAD destinados à Formação Geral.

Dentre os programas com o objetivo de formação geral, o Projeto Minerva, foi um dos que teve maior impacto no país.

O Projeto Minerva foi criado em 04 de outubro de 1970 pelo governo federal. Este projeto foi fruto de um acordo entre o Ministério da Educação e o Ministério das Comunicações. Este acordo determinava que a transmissão do Minerva ocorreria em todas as rádios e televisões comerciais ou privadas do país, tendo uma duração de 5 horas semanais.

Este projeto rádio-educativo foi constituído como uma solução a curto prazo aos problemas do desenvolvimento econômico, social e político do país. Tinha como

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