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DIVERSIDADE, DESIGUALDADE E VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: A QUESTÃO DOS AFRODESCENDENTES

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Por:   •  15/5/2014  •  1.497 Palavras (6 Páginas)  •  733 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

ROSECLÉA SILVA DE MELO

DIVERSIDADE, DESIGUALDADE E VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: A QUESTÃO DOS AFRODESCENDENTES

Maceió 2013

ROSECLÉA SILVA DE MELO

DIVERSIDADE, DESIGUALDADE E VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: A QUESTÃO DOS AFRODESCENDENTES

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Ética, Política e Sociedade, Antropologia, Formação Social, Política e Econômica do Brasil, e FHTM do Serviço Social I.

Professores Marcia Bastos, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e Rosane Malvezzi

Maceió

2013

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 02

1. A POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE BRASILEIRA ................................ . 03

2. VIOLÊNCIA CONTRA AFRODESCENDENTES ............................................ 04

3. PRECONCEITO CONTRA AFRODESCENDENTES ..................................... 05

4. TENTATIVAS DE SUPRIR AS DESIGUALDADES ÉTNICOS-RACIAIS ...... 06

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 07

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 08

INTRODUÇÃO

A desigualdade é um problema enfrentado pela sociedade brasileira, porém esse fenômeno também afeta diversos países, principalmente os que estão em situação de desenvolvimento.

O fenômeno da desigualdade brasileira teve inicio na época da colonização onde os interesses eram apenas de explorar os recursos naturais e não com o objetivo de melhorar o país e as condições da população. Na época quem tinha o poder era privilegiado, e enriquecia através dessa forma desigual de desenvolvimento.

O Brasil Colônia tinha como principal sistema produtivo o trabalho escravo, havia também os trabalhadores chamados livres ou libertos, geralmente negros e mulatos que exerciam serviços de toda natureza.

Esse sistema de escravidão foi sendo gradativamente substituído pelo trabalho livre no decorrer dos anos 1800, porém mesmo após a Lei da Abolição em 1888, apresentou-se um cenário no qual a mão-de-obra negra passa a uma condição de força de trabalho excedente, sobrevivendo, em sua maioria, dos pequenos serviços ou da agricultura de subsistência.

A população do Brasil, na primeira década do século XIX, era de cerca de três milhões de habitantes, sendo que, destes, 1,6 milhões eram escravos. Havia ainda cerca de 400 mil negros e mulatos libertos e um milhão de brancos.

A desigualdade e consequentemente a pobreza, sempre presentes no decorrer da história, agravam-se e apresentam-se com novas características a partir do processo de industrialização e com o surgimento do capitalismo. (WLODARSKI)

O desenvolvimento econômico apresentou também como consequências a elevação da miséria, disparidades sociais, concentração de renda, o desemprego, a fome, a desnutrição, a mortalidade infantil, a baixa escolaridade, a violência. Que são resultados encontrados na atual conjuntura da sociedade brasileira.

1. A POPULAÇÃO AFRODESCENDENTE BRASILEIRA

Acontece que, no Brasil, por processos históricos ligados à escravidão, a desigualdade social está muito atrelada à questão étnico-racial. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 1995 a 2005, acerca de especificidades da situação social do negro no Brasil, ao longo de toda a vida, a população negra é a que mais sofre com o mau atendimento do sistema de saúde e termina por viver menos.

No Brasil, 51% da população são formados por negros. No entanto, apesar dos avanços, ainda existe uma grande desigualdade no país. A população negra representa apenas 20% dos brasileiros que chegam a fazer pós-graduação.

Figura 1: Escolaridade da população

Fonte: IPEA, 2011

A figura 1 apresenta dados sobre a média de anos de estudo da população ocupada com 16 anos ou mais de idade, segundo sexo e cor/raça comparando os anos de 1999 e 2009. Ao longo dos anos, identificam-se avanços graduais nos números da educação no país; contudo, observa-se a manutenção das desigualdades que têm, historicamente, limitado o acesso, a progressão e as oportunidades, principalmente da população negra.

Exemplo disso é que os negros representam apenas 20% dos brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos. Jovens negros morrem de forma violenta em maior número que jovens brancos e têm probabilidades menores de encontrar um emprego. Quando empregados, recebem muito menos que o salário pago aos brancos e essa diferença é mais acentuada ao se comparar o salário entre as mulheres negras e brancas. Essas informações podem ser comprovadas na figura 2, que apresenta a renda média da população, segundo sexo e cor/raça no ano de 2009. Outro fator de desigualdade é que a população afrodescendente se aposenta mais tarde e com rendimentos inferiores.

Figura 2: Renda média da população.

Fonte: IPEA, 2011.

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