DIVERSIDADE, INCLUSÃO E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
CENTRO GARANHUNS
PEDAGOGIA
ANA CAROLINA DE SOUZA LEITE
DIVERSIDADE, INCLUSÃO E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A inclusão e a diversidade na Educação Básica.
Garanhuns
2014
ANA CAROLINA DE SOUZA LEITE
DIVERSIDADE, INCLUSÃO E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A inclusão e a diversidade na Educação Básica.
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia - UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 3º Semestre.
Garanhuns
2014
A inclusão e a diversidade na Educação Básica.
A sociedade brasileira tem vivido transformações nos diversos campos. Isto afeta a relação sociedade e escola. A sociedade é feita pelos sujeitos que a compõem e também os sujeitos são socialmente elaborados. O ser humano é processo e produto das relações sociais; historicamente a sociedade se identifica com os processos humanos que transformam os modos de pensar, agir, sentir e ser. E nesse processo temos toda uma história de vários povos que tiveram a negação dos direitos, que foi passada de geração a geração, fruto de um longo período de escravidão, forjando toda uma cultura. Pensar em inclusão e diversidade é também pensar a escola e a educação básica como ferramentas de transformação. Exige-se da escola rever o seu papel e assegurar as crianças e jovens a ampliarem seus horizontes e saberes para o exercício de uma cidadania. A escola tem o papel de assegurar o conhecimento superando a distribuição desigual do saber e do acesso à cultura. A Educação Básica precisa enfrentar o desafio que é trabalhar a inclusão e a diversidade. Precisamos de ações afirmativas um caminho para a construção da tão almejada igualdade. Através de conhecermos os direitos e ações já em movimento.
É fundamental que os temas não devem ser esquecidos pelo currículo escolar, chamando atenção para o fato de que a maioria dos estudantes de escolas públicas é afro-brasileira, mas não se vê representada no material didático trabalhado nas escolas.
As políticas públicas afirmativas da educação formam um conjunto de ações que abordam desde o currículo escolar, a formação dos professores e a construção de materiais didático-pedagógicos. A nossa Constituição definiu a igualdade de direitos para todos independentes de raça, credo, idade, sexo. As políticas públicas vêem para reparar, ou seja, corrigir desigualdades a partir de ações políticas, econômicas, sociais, jurídicas, entre outras, que busquem restaurar a auto-estima, a dignidade, a integridade da memória cultural, física e psicológica de negros, índios e da classe dos menos favorecidos no Brasil, que promovam o resgate do patrimônio cultural, artístico, religioso, principalmente a ascensão socioeconômica educacional dos negros e índios atingidos pela herança criminosa do racismo e da exclusão social.
Na escola em que foi entrevistado o pedagogo podemos observar o desenvolvimento do projeto diversidade na escola que traz como aspecto relevante a inclusão por se tratar de uma escola que atende alunos portadores de necessidades especiais e que tem em seu perfil a educação voltada ao convívio harmônico e respeito às diferenças, levando acessibilidade aos que necessitam dela. Dentro dessa perspectiva de respeito ao outro, entende-se que visibilidade, tratamento digno e medidas diferenciadas aos diferentes contribuem com o alcance da equidade, acesso e respeito. E sua execução acontece por meio de aulas expositivas, dinâmicas, músicas e vídeos voltados para as questões de GÊNERO, SEXUALIDADE e RAÇA. O projeto foi idealizado a partir de demandas apresentadas pela sociedade no que diz respeito à diversidade e sua importância dentro do ambiente escolar. A sua construção e execução podem ser vistas como resultado de vários questionamentos que se apresentam de forma pertinente acerca da pluralidade vivenciada na escola e que por esse motivo necessita de olhares mais plurais. Outro projeto desenvolvido na escola é o diversidade com artes que está voltado a aprendizagem prazerosa e significativa dos alunos portadores de Necessidades Especiais Educacionais através da Artes em criar e recriar. Possibilitando uma socialização e integração das habilidades e competências de cada um. Como o mundo é repleto de significados e cheio de descobertas, ainda mais com tantas diversidades na infância! O ensino de Arte aborda uma série de significações, tais como: o senso estético, a sensibilidade e a criatividade.
A criança portadora de necessidades educacionais especiais, na primeira fase do ensino fundamental, se encontra em fase de pensamento concreto e faz largo uso de seus sentidos para enriquecer suas experiências. Nesta fase, as atividades artísticas fornecerão ricas oportunidades para o seu desenvolvimento, uma vez que, põem ao seu alcance os mais diversos tipos de material para manipulação.
Quando as habilidades infantis são estimuladas, ajudam no processo de aprendizagem, pois desenvolvem a percepção e a imaginação - recursos indispensáveis para a compreensão de outras áreas do conhecimento humano. Estabelecendo, sempre, um diálogo entre todos os participantes da turma - que é uma questão fundamental para que haja uma comunicação ampla - que será ampliado, desenvolvido, trabalhado, estimulado, aprimorado e praticado com constância para que a criança tenha o máximo desempenho de sua capacidade cognitiva, procedimental e hatitudinal.
Daí a necessidade de estimular os alunos com necessidades especiais educacionais a desenvolver as habilidades artísticas como meio de aprimorar a criatividade, a sensibilização, a lateralidade e a socialização. Portanto, sua aprendizagem fluirá de forma prazerosa e significativa, sendo construída a cada instante em forma de lazer.
Quanto ao comportamento bullyinista frequentemente começa quando a criança ou adolescente não quer aceitar uma diferença, podendo envolver religião, raça, estatura física, peso, cor dos cabelos, deficiências visuais, auditivas e vocais; ou uma diferença de ordem psicológica, social, sexual e física; ou relacionado à força, coragem e habilidades. O professor ciente de que sua turma receberá alunos especiais deve montar uma estratégia para que desde o primeiro dia de aula esses alunos sejam acolhidos de maneira satisfatória. Não há formulas prontas cada caso é um caso. No entanto, em primeiro lugar devemos ter em mente que não atendemos síndromes, doenças ou patologias, mas sim uma criança, um aluno, um adolescente, adulto que tenha alguma diferença. Isso é cultural e por isso precisamos orientar nossos alunos no sentido de dissolver a cultura da patologia e modelo médico para vermos com clareza as pessoas no lugar de doenças.
As situações devem ser cuidadosamente planejadas e as atividades ajustadas e adaptadas para que atendam às necessidades específicas desses alunos. Portanto, não há uma regra específica, se deve falar para os demais alunos da sala de aula se tem ou não um ou alguns alunos com deficiência. Cada situação é única. Dependendo de como o grupo classe e o professor acolher estes alunos, haverá uma estratégia diferente. Caso o professor tenha como prática no inicio das aulas fazer dinâmicas de grupo com seus alunos para se conhecerem deve manter isso, aproveitando a situação para falar sobre o que o aluno com deficiência tem e como todos podem ajudá-lo e das qualidades e competências que esse aluno tem, do que gosta, dás coisas que ele sabe, sobre sua vida, qual a expectativa dele nesta classe e escola, etc. O manejo precisa ser ponderado. Precisamos trabalhar o que chamamos de acessibilidade atitutinal onde resignifiquemos nossos valores, nossas relações, nossas crenças, para enfim crermos na verdade universal de que todos nós somos especiais e deficientes. Boa parte dos alunos com deficiência adaptam-se muito bem às escolas quando sentem-se de fato aceitos, compreendidos e conseguem aprender na escola. Porque, qualquer ser humano não fica bem aonde se sente excluído, incompreendido, não aprende e é rejeitado. Essas crianças se sentem felizes por poderem participar da vida, conviver e brincar com outras crianças, aprenderem juntas com as demais. Isso é perfeitamente possível, desde que o professor seja orientado em sua tarefa pedagógica.
É importante também O espaço pedagógico com recursos, equipamentos, mobiliários e materiais didático-pedagógicos e de acessibilidade, para a realização do Atendimento Educacional Especializado (AEE) complementar ou suplementar à escolarização dos alunos público alvo da Educação Especial no contra turno escolar. Busca efetivar as ações dispostas na Res.04/10/2009 e Decreto nº 7.611/2011. Contribuindo para a eliminação de barreiras pedagógicas referentes ao currículo/conhecimento, também barreiras arquitetônicas, e de comunicações que em sua maioria impossibilitam o desenvolvimento e plena participação social. Nosso objetivo e estudar, pesquisar e apoiar ações educativas voltadas para o atendimento à diferença humana, na perspectiva de educação de e para todos, fundamentada numa abordagem histórico-cultural do desenvolvimento humano. Também, desenvolver ações diversificadas por meio do acompanhamento pedagógico complementar e suplementar aos alunos da instituição, de acordo com as necessidades específicas, favorecendo seu pleno desenvolvimento acadêmico, junto ao corpo docente, discente e coordenação dos cursos.
Com a intenção de construir um Projeto Político Pedagógico com as características supracitadas, a metodologia adotada foi de, em primeiro lugar, apresentar diversos segmentos da escola, a necessidade de se construir um Projeto Político Pedagógico, conceituando-se e apresentando suas finalidades. Após esse momento, coube aos segmentos, em grupos de estudos, realizarem a leitura de textos, responder as questões propostas, analisar a realidade institucional e apresentar esses dados em plenário, a fim de que se fizesse uma reflexão acerca do Marco Situacional e Conceitual. Essa reflexão daria subsídios para o ato operacional, o qual, por meio das atividades desenvolvidas, poderá modificar a realidade escolar. Para uma análise do perfil da clientela, fez-se necessária a elaboração de um questionário sócio cultural que, após tabulado, serviu para análises para as
definições de caminhos e ações a serem traçadas pela escola. De posse desse conhecimento, a equipe pedagógica e professores colaboradores encaminharam os segmentos (professores, pais, alunos e funcionários) a produção, em grupos, dos textos que continuariam o Projeto Político Pedagógico.
Após a escrita dos textos, coube a equipe organizadora a revisão e análise dos mesmos, num processo dialético de construção, em que os grupos “realimentavam” o projeto sempre que necessário. Desse modo, o projeto foi e vem sendo construído coletivamente, a fim de organizar o trabalho pedagógico, com vistas aos interesses e necessidades da comunidade escolar, subsidiando as práticas pedagógicas, a fim de assegurar uma aprendizagem de qualidade, em que o educando possa ser um agente de transformação social, exercitando plenamente a sua cidadania.
A elaboração de um PPP inclusivo deve assegurar educação escolar que propicie respostas educacionais a todos os alunos, inclusive àqueles que apresentam Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TDG) e Altas Habilidades/Superdotação atendidos pela Educação Especial. O aluno com necessidades educacionais especiais deve ser inserido, preferencialmente, na escola regular com currículo adaptado para atender às suas necessidades individuais e as necessidades gerais da classe. A rede regular de ensino deve prever a rede de apoio à inclusão, no espaço físico da escola ou em espaços os mais próximos possíveis da mesma, onde o aluno receba o atendimento educacional especializado (AEE) sempre que necessário.(SEED, 2010)Diante disso, compreendemos a inclusão educacional não apenas como a presença física, acessibilidade arquitetônica ou a matrícula, por isso necessitamos de uma rede de ajuda e apoio aos educandos, educadores e familiares.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BRASIL. Constituição 1988. Constituição [da] Republica Federativa do Brasil.
Brasília: Senado Federal, 1988.
__________. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva. Inclusão:revista da Educação Especial. V. 04, n. 1, Brasília:
jan./jun., 2008. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>.
__________. Resolução CNE/CEB 04/2009. Diário Oficial da União, Brasília, 5 de
outubro de 2009, Seção 1, p. 17.
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