Desafio Profissional Sobre Industria de Alimentos
Por: Luciano Claudino • 10/10/2015 • Dissertação • 2.061 Palavras (9 Páginas) • 523 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PÓLO DE JUAZEIRO–BA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
DESAFIO PROFISSIONAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS:
- LOGÍSTICA EMPRESARIAL
- PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE PRODUÇÃO.
TUTORES:
ADEMIR CAVALHEIRO
LUIZ MANOEL PALMEIRA
Juazeiro
Abril/2015
- INTRODUÇÃO
A indústria de alimentos sempre desempenhou um importante papel na economia brasileira, representando uma das mais tradicionais estruturas produtivas existentes no País. Apesar de a maior parte do PIB da indústria de alimentos ser resultado do mercado doméstico, o setor externo está tendo participação crescente na receita das empresas.
Vale ressaltar que o saldo comercial da indústria de alimentos só não evoluiu de forma mais expressiva em função da recente valorização cambial, que tem dificultado as exportações de alguns setores, como o de laticínios, por exemplo. Outro fator peculiar desta indústria é a presença de empresas de pequeno porte. Isso ocorre devido às baixas barreiras à entrada de novas empresas.
As micros e pequenas empresas, em conjunto, respondem por 94,7% do total de indústrias de alimentos do País. Todavia, observando o movimento de empresas no tempo, verifica-se que a participação das menores tem reduzido, em função dos movimentos de fusões e aquisições. De fato, com os mercados globalizados e cada vez mais integrados, as empresas estão buscando ganhos de escala para competir internacionalmente. Em produtos mais commoditizados esse processo de concentração tende a ocorrer de forma mais intensa, já que a margem de lucro unitária é baixa e os ganhos são oriundos do volume comercializado.
A cadeia de laticínios brasileira participa de uma importante parcela dos negócios agrícolas nacionais. Embora o Brasil esteja na quinta posição dos maiores países produtor de leite in natura, sua produtividade ainda é baixa e o porte dos produtores pequeno em relação aos de países mais produtivos. Sem entrar no mérito dos subsídios, diretos e indiretos, nesses outros países, o flagrante atraso tecnológico dos membros produtores e gerencial dos diversos elos da cadeia dos laticínios (Primo, 2001:122) está, indubitavelmente, na base dessa disparidade de produtividade.
- NOME DA EMPRESA
LM Indústria e Comercio de Laticínios Ltda. (Fictício)
- REGIÃO EM QUE ATUA
Região sul de Minas Gerais
- SEGMENTO DA EMPRESA
Laticínio a partir do leite como matéria-prima.
- PRODUTOS COMERCIALIZADOS
Os produtos atualmente industrializados pela empresa são: Queijo Minas, Ricota, Muçarela, Queijo Processado sabor Cheddar, Manteiga, Leite Pasteurizado tipo B e C, Creme de Leite Pasteurizado, Requeijão, Queijo Prato, Queijo Parmesão, entre outros.
- PÚBLICO ALVO
Supermercados, Pequeno Varejo, Mercado Institucional (Empresas que utilizam os derivados do leite como subproduto para a fabricação de outros alimentos).
- PERFIL DA EMPRESA
Iniciou suas atividades em 2003 e atualmente possui nove funcionários. A empresa compra mensalmente 200 mil litros de leite de 86 produtores, industrializando um total de 100 mil litros de leite, sendo queijo e derivados seus principais produtos. Devido à utilização de toda a capacidade instalada, metade da matéria-prima captada e armazenada é revendida para outra indústria de beneficiamento de médio porte existente na região.
Os maiores consumidores de leite e derivados da empresa são os clientes locais, região sul de Minas Gerais, e agora passam a fornecer para a região Sudeste do Brasil, os maiores concorrentes da indústria são os supermercados e o mercado informal, já que por localizar-se em uma cidade que a maior parte do PIB ainda é agrícola, muitos agricultores fabricam queijo artesanalmente e negociam no comércio.
- CADEIA DE SUPRIMENTO
A empresa possui 86 fornecedores que entregam a matéria-prima diariamente, porém não possui contratos formais com nenhum desses fornecedores. O diferencial que a empresa utiliza para manter um bom relacionamento e os produtores ligados a ela é o pagamento do Fundo Rural ou Funrural- Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, existente em todas as transações de compra e venda realizadas pelos agricultores. Porém, em contra partida, exige que os produtores mantenham um nível mínimo de qualidade, com infraestrutura adequada, como o uso de ordenhadeiras, resfriadores de leite e ambiente higienizado. A empresa possui também um laboratório próprio para análise do leite, mas durante a coleta, nas propriedades já são realizados alguns pré-testes (Alizarol) para identificação de possíveis irregularidades.
A empresa que possui além dos clientes convencionais, outra indústria de beneficiamento de leite. Quanto aos aspectos relacionados à logística de matéria-prima e distribuição de produto final, a empresa optou pela terceirização da coleta de matéria-prima nas propriedades. Um dos motivos para essa escolha foi devido aos altos custos de manutenção dos caminhões e também de mão-de-obra. Por outro lado, a empresa não possui contratos que garantam a confiabilidade dessas operações. Assim o relacionamento com esse elo também é baseado na confiança.
Quanto à distribuição de produto final, a empresa não possui transporte próprio e também não possuem terceirizados. Referente ao oportunismo existente, o proprietário da empresa diz que existe uma grande concorrência no setor agroindustrial e os agricultores estão produzindo matéria-prima de qualidade e também querem receber um pagamento maior por isso. Dessa maneira, um problema que existe forte na cadeia do leite é o oportunismo de outras indústrias que conseguem pagar mais pela matéria-prima, assim muitos produtores acabam trocando de indústria conforme sua conveniência.
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