Diante De Todo Esse Jogo De Interesses Que Regula O Espetáculo Esportivo Na mídia, Deixou De Ser Um Prazer Assistir Aos Jogos Na Televisão?

A questão não é a perca do prazer em assistir determinados esportes na televisão, a verdade é que a televisão, transmitindo esportes, propicia conforto e segurança para o telespectador. Depois faz do esporte um evento, com ares de espetáculo, que aguça e desenvolve o interesse da pessoa em consumir o produto. Esporte como espetáculo gerando retorno financeiro. A questão é saber colocar isto para o público de maneira eficiente e não escancarar no espetáculo o apelo comercial que a mídia desenvolve sobre o esporte.

Não saber trabalhar de maneira correta este evento aos olhos do telespectador, colocando as ações de marketing com equilíbrio, pode sim motivar o desinteresse daquele que consome o esporte, independente de como lhe é apresentado, o famoso fã de esporte, como daquele que não gosta do esporte, mas se encanta pelo espetáculo. Ambas, cada um da sua forma, são consumidores potenciais do produto.

Neste quesito, a televisão é excepcional, pois desenvolve a transmissão de forma eficiente do esporte e ao mesmo tempo introduz o merchandising ao evento, que é naturalmente assimilado e consumido pelo público. Exemplo são as interatividades com o telespectador no transcorrer das transmissões ao vivo de um evento esportivo, onde este participa , opina, faz perguntas aos comentaristas, tudo patrocinado por grandes empresas que associam sua marcas e produtos a estas ações de relacionamento entre emissora e telespectador. Sem perceber, ou até mesmo, percebendo, este telespectador, como qualquer outro que esta acompanhando a partida da sua casa, participa do jogo da sua residência, mas também está consumindo o espetáculo na forma de patrocínios. A mídia, que proporciona a este telespectador esta interatividade com o evento.

Esta regra não vale somente para eventos esportivos pela televisão, mas para todo e qualquer tipo de evento com perfil de espetáculo que a emissora for transmitir para que este não se torne desinteressante para o público que esta consumindo este produto. Aguçar o telespectador é a palavra chave.

Muitas vezes, o indivíduo não gosta do esporte, mas se interessa pelo evento espetáculo que é proporcionado pelas emissoras de televisão que prendem este telespectador na frente do aparelho de televisão e seus consumidores, direta ou indiretamente.

O que as pessoas querem afinal, são momentos de lazer, com conforto e qualidade onde quer que estejam assistindo ao jogo. Prezar pela qualidade do espetáculo (imagens, transmissão, narradores, comentaristas, reportagens, efeitos especiais) é fundamental e com a mídia no esporte, isto se torna possível e altamente lucrativo para quem está envolvido.