Dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental
Por: rozamerl • 7/4/2015 • Artigo • 3.305 Palavras (14 Páginas) • 600 Visualizações
ALFABETIZAÇÃO: dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental
RESUMO
A alfabetização é a aprendizagem da leitura e da escrita. Entende-se então que a função da escola é propiciar aos educandos caminhos para que eles aprendam cada vez e permitam que atuem questionando o meio em que vivem. As propostas de discurso da leitura e escrita ajudam as crianças que apresentam dificuldades. Tendo como objetivo analisar as dificuldades de alfabetização. Averiguando os métodos para identificá-las e tratá-las. A metodologia empregada neste estudo será a pesquisa em fontes bibliográficas, em livros e artigos. À partir desses resultados existirá a possibilidade de reconhecimento do que dificulta o aprendizado no processo de alfabetização e como saná-las logo de início. O tratamento se dá no primeiro momento pela observação para depois dar continuidade por acompanhamento psicológico, terapêutico e também psicopedagógico oferecido pela equipe escolar em sala de aula e fora dela. Pode-se destacar ainda que muitas das atividades trabalhadas no cotidiano escolar auxiliam a criança no desenvolvimento de suas habilidades intelectuais (escrita e leitura) e isso necessita ser bem aproveitado pelos educadores.
Palavras-chave: Processo. Dificuldades. Alfabetização.
1 INTRODUÇÃO
Alfabetizar é propiciar ao aprendiz a compreensão do sistema de escrita alfabética, domínio das relações entre letra e som, capacidade de ler, escrever, interpretar, compreender, criticar, ressignificar pequenos textos com autonomia e produzir conhecimento. Ao final do terceiro ano do Ensino Fundamental os estudantes possuem essas habilidades? A meta da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais é que toda criança saiba ler e escrever até os oito anos de idade.
Ao pensarmos em dificuldades de aprendizagem vem a nossa mente algo do tipo, a insuficiência que o sujeito apresenta para cumprir uma determinada atividade (tarefa).
Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos. (GRIGORENKO, STERNEMBERG, 2003, p.29)
A função principal da escola seria, para a maioria dos educadores, proporcionar aos alunos caminhos para que eles aprendam, de forma consciente e consistente, os processos de apropriação de conhecimentos. De forma a tornar possível que os educandos ajam, criticamente em seu ambiente social.
2 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E SUAS PRINCIPAIS DIFUCULDADES
A partir do momento que a criança começa a ler, está propensa a ver as palavras de uma forma particular ou um padrão. Não costumam abranger que uma palavra é formada de letras usadas em associações particulares, que correspondem ao som falado. É de extrema importância que os alunos aprendam a arte básica de decodificação e soletração desde o início. A ação de escrever exige também da parte da criança uma ação de análise deliberada. Quando fala, ela tem consciência das operações mentais que executa. Quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de cada palavra, tem de dissecá-la e produzí-la em símbolos alfabéticos que têm de ser memorizados e estudados de antemão. Segundo o autor (Vygotsky, 1979), podemos concluir que a dificuldade de aprendizagem é um distúrbio psicológico que causa problemas à criança, quando esta se encontra no início do processo de alfabetização.
Mas, frequentemente o aprendizado fora dos limites da instituição escolar é muito mais motivador, pois a linguagem da escola nem sempre é a do aluno. Dessa maneira percebemos a escola que exclui, reduz limita e expulsa sua clientela: seja pelo aspecto físico, seja pelas condições de trabalho dos professores, seja pelos altos índices de repetência e evasão escolar ou pela inadaptabilidade dos alunos, pois a norma culta padrão é a única variante aceita, e os mecanismos de naturalização dessa ordem da linguagem são apagados. (Soares, 2003).
2.1 PRINCIPAIS PROBLEMAS DE ALFABETIZAÇÃO
Quando a criança apresenta falhas no processamento da linguagem ela pode ter dificuldades com qualquer aparência da dicção, como por exemplo, ouvir as palavras corretamente e entender os seus sentidos. Os problemas apresentados por estas crianças começam com a linguagem articulada o que ocasionalmente intervém na leitura e escrita, no período em que a criança ingressa na escola. Alguns sintomas que devem ser observados: atraso para aprender a falar; tem dificuldades para citar nomes de objetos ou de pessoas; usa uma gramática pobre; com frequência, pronuncia mal as palavras; com constância, usa gestos com as mãos ou a linguagem corporal para ajudar a transmitir a mensagem; evita falar; demonstra pouco interesse por livros ou historias; com frequência, não compreende ou não recorda instruções.
A falha também pode ser na língua escrita e necessitam ser ressaltados os seguintes itens: atrasos significativos para aprender a ler; dificuldade na citação de nomes de letras; dificuldades para agregar letras a sons, discriminar os sons nas palavras, mesclar sons para formar palavras; tenta predizer palavras estranhas, ao oposto de usar aptidões de analise da palavra; lê muito lentamente; fraca retenção de novas palavras no vocabulário; antipatiza com a leitura, evitando-a.
São alguns dos mais comuns:
Dislalias: é um distúrbio da fala, qualificado pela dificuldade em proferir as palavras. Basicamente incide na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente.
Disglossias: É caracterizada por uma dificuldade na produção oral ocasionada por alterações anatômicas e/ou fisiológicas dos órgãos envolvidos na fala e cuja causa seja de origem periférica, não relacionada diretamente com alterações neuropsicológicas. Existem diversas causas que incluem: malformações congênitas craniofaciais, transtornos do crescimento que afetam diretamente os órgãos da fala e anomalias adquiridas como conseqüência de lesões na estrutura orofacial ou extirpações cirúrgicas. Má oclusão por malformações; atresia ou ressecção mandibular; lábio leporino com ou sem fissura palatina; traumatismos craniofaciais; véu palatino paralisado, alongado ou fissurado; anquiloglosia; glosectomia; paralisia da língua e alterações na cavidade nasal são algumas das causas de disglossia.
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