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Dor Crónica E Psicomotricidade

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Por:   •  1/4/2014  •  1.677 Palavras (7 Páginas)  •  585 Visualizações

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Dor Crónica

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão de assuntos relacionados à dor crónica, uma vez que, é considerado um caso de saúde pública e ainda existe pouca informação acerca desta patologia. Procurou-se estudar e tentar perceber as hipóteses levantadas por diferentes estudos na última década, sobre se a dor crónica era ou não considerado um factor de risco que pode desencadear diversos problemas a nível físico, psicológico e social prejudicando assim gravemente a qualidade de vida dos indivíduos.

Desta forma, torna-se pertinente reflectir sobre os conceitos e características relacionadas com a dor, com as suas formas de manifestação, bem como com as suas potenciais consequências para a população em geral.

Palavras-Chaves: Dor crónica; Saúde; Psicologia da saúde; Psicomotricidade

Introdução

A dor cronica tem-se tornado uma problemática cada vez mais preocupante, principalmente pelo seu diagnóstico ser muito subjectivo e de difícil avaliação, conduzindo a pessoa a um maior sofrimento. Estudos revelam que as lombalgias, as dores osteoarticulares e as cefaleias eram os tipos de dor mais referidos.

O aumento da esperança média de vida com o consequente envelhecimento da população, faz prever um aumento da prevalência da dor crónica no futuro [1].

Desta forma, ao longo deste artigo iremos abordar vários temas, entre os quais, o conceito, o diagnostico, prevenção da dor, factores associados, avaliação, tratamento, e a relação desta com a nossa área (psicomotricidade) e a psicologia da saúde.

Conceito

A dor cronica tem-se tornado um grande problema perante a nossa sociedade. É caracterizada como sendo uma experiência psicofisiológica desagradável, que permite uma adaptação posterior e, persiste por processos patológicos crónicos, de forma continua ou recorrente. Esta dor pode perdura pelo menos durante ou a mais de três meses ou tem que permanece apos um período normal de recuperação e, pode ser causada por imensos quadros clínicos. Em maioria dos casos, esta doença requer uma equipa multidisciplinar para tratamento [1].

Existem três modelos pelos quais nos podemos guiar no diagnóstico de dor cronica. O modelo Psicogénico, que defende que a dor tem de ser considerada desproporcional baseada na opinião subjectiva do prestador de cuidados – causas psicológicas [2]. O modelo biomédico, que defende que a dor é entendida como uma entidade nosológica específica tornando a singular. Este mecanismo afecta uma infinidade de elementos que postos em movimento autonomizam-se e passam a produzir dor onde antes poderia ser prazer – distorção e por ultimo, o modelo do ganho secundário, que consiste no pressuposto em que o paciente esta consciente do que se passa, e tenta adquirir resultados desejáveis [3].

Relativamente às suas implicações, esta pode-se manifestar a nível físico (imobilizações – enfraquecimento dos músculos e das articulações; psicológico (distúrbios do sono; falta de apetite; dependência medicamentosa; ansiedade; depressão; etc.), espiritual e ao nível familiar (dependência familiar e de profissionais de saúde), profissional e social (isolamento) [1].

Diagnóstico

Cada profissão tem seu tipo de avaliação e, consequentemente, um tipo de diagnóstico e tratamento. É muito difícil diagnosticar dor cronica, uma vez que existe falta conhecimento que a torne diferente das outras doenças, pois existem inúmeras doenças que provocam dor podendo levar a um diagnóstico errado.

O médico avaliará a dor em função de diversos fatores, como por exemplo:

• Queixa dolorosa ou reação a eventuais intervenções;

• Estado de ansiedade, depressão, alterações comportamentais e manifestações causadas ou modificadas pela medicação analgésica;

• Estado de incapacidade;

• Idade: as crianças e pessoas idosas têm maior dificuldade em verbalizar o que sentem, como sentem e onde sentem;

• Doenças/patologias que o doente tem (nomeadamente reumáticas, oncológicas, respiratórias, etc.) [5].

Prevenção da dor crônica

O tratamento precoce de qualquer doença sempre foi uma sábia ação.Com a dor não é diferente. Assim deve-se tentar seguir uma boa qualidade de vida, praticando exercício físico e tendo uma alimentação saudável. A redução de stress e ter uma maior precaução na exposição de situações propensas a traumatismos também e uma forma de prevenir a dor crónica [6].

Fatores Associados

Existe diversos fatores que podem ser fulcrais para o aparecimento da dor crónica, ainda que não sejam totalmente esclarecedores e concretos, uma vez que não existem critérios universais que permitam avaliar as causas da mesma. Muitos destes fatores têm também uma influência psicossocial, logo o paciente deve ser avaliado como um todo e não apenas investindo na causa da dor. Existem fatores como o tabagismo, o consumo de álcool, a alimentação, sedentarismo, hipertensão arterial que podem estar associados a patologia, mas o terapeuta quando observa e retira informação de um paciente que apresenta dor crónica deve ter em conta também as especificações do comportamento que este apresenta [7].

Avaliação

A avaliação da dor crónica tem sido avaliada de diversas formas. Devemos ter em conta alguns aspectos na avaliação da dor, relativamente em relação às queixas apresentadas e a forma como elas são apresentadas. Alterações do comportamento, irritabilidade, isolamento social, todos estes fatores são importantes a avaliar, para retirar conclusões da presença dessa mesma dor[8].

Devemos ter em conta a informação fornecida pelo paciente, avaliar o seu comportamento.

A avaliação da intensidade da dor pode ser realizada recorrendo a diversas escalas:

• Escala de Oucher;

• Escala de Cores;

• Escala Linear Analógica Visual;

• Escala Linear Analógica Não Visual;

• Escala Analógica Visual de faces;

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