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EDUCANDÁRIO SANTA MARGARIDA DE RIO BRANCO ACRE

Por:   •  11/6/2017  •  Ensaio  •  1.762 Palavras (8 Páginas)  •  1.091 Visualizações

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CAPÍTULO II

EDUCANDÁRIO SANTA MARGARIDA DE RIO BRANCO ACRE

O objetivo deste capítulo é analisar a história do Educandário Santa Margarida, desde o seu surgimento até os dias atuais, e esclarecer as três etapas que a instituição já viveu, estou abordando também histórias e memórias de ex-educandos.

O Educandário Santa Margarida é uma instituição que abriga crianças e adolescentes de zero a doze anos sem restrição de sexo, em situação de risco social e familiar. Segundo OLIVEIRA (2005) de inicio se deu o nome de Sociedade Eunice Weaver de Rio Branco.

Atualmente está instituição é caracterizada como um abrigo, pois em anos anteriores a mesma já foi uma casa de acolhimento e também uma creche e hoje um abrigo, é o único no Acre que atende crianças de 0 a 12 anos de idade.

2.1. As Três Etapas da Instituição

O surgimento desta instituição foi a partir da fundação Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra em Rio Branco, no ano de 1942 território do Acre, no salão do cinema de Rio Branco localizado na praça Getúlio Vargas, com a presença de varias autoridades da época a presidente da fundação das Sociedades senhora Eunice Weaver, que por ato necessário ao cumprimento de um dos seus objetivos, constituir o Educandário Santa Margarida.

No dia 30 de agosto de 1942 houve a sessão de fundação do educandário Santa Margarida, no qual estavam presentes muitas pessoas de autoridades como;

“Francisco de Oliveira Conde o Governador interino do território do acre, tendo assento à mesa, Sr. Felipe Pereira, Secretário Geral Interino, Sr. Adolfo Barbosa Leite, Prefeito Municipal, Dr. José Tomaz Nabuco de Oliveira Filho e Exma. Sra. Senhorinha Maria da Conceição Costa” (pg. 02 do Livro de Ata de 1942 a 1960) participaram do evento personalidades ilustres como Clélia fecurri, Maria das Flores Fonteneli, Filipina l. Leopoldi, entre outras.

Como mencionei no capitulo anterior, a sociedade Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra iniciou no Brasil no ano de 1926 fundada em São Paulo;

A sociedade iniciou suas atividades no Brasil na cidade de São Paulo onde foi fundada, no ano de 1926. A reunião de fundação ocorreu na Casa de Jorge Tibiriçá, pai do engenheiro João Tibiriçá Neto, descendente de uma família de políticos e casado com Alice Tibiriçá a responsável pela convocação de reunião para fundar a Sociedade de Assistência às Crianças Lázaros.

 

No ano de 1932 Alice Tibiriça, faz uma convocação das sociedades já constituídas e faz uma reunião para fundar a Federação de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra, ela sendo presidente e a vice-presidente Eunice Weaver, no entanto no ano de 1935 Eunice passa a ser a atual presidente. Como o seu envolvimento com o presidente Getúlio Vargas estava a favor, e seus projetos iam ganhar um grande reforço, por tanto ela passa a atuar com sua gestão com sua assistência direta e principalmente para os filhos dos hansenianos, os preventórios e educandários passam a receber crianças e adolescentes de até vinte anos.

Esses preventórios eram praticamente a única salvação para essas crianças, pois a partir do momento em que seus pais eram internados em leprosários, eles ficavam desamparados e seus familiares não queriam ficar com as crianças, pois o medo do contagio era muito grande, e preconceito era sempre pior.

Quando Eunice Weaver passa a se tornar a presidente da Federação, a sede passa a funcionar no Rio de Janeiro no mesmo ano de 1935.

Conforme o autor, no ano de 1942 no território do Acre houve a fundação das Sociedades do Brasil. No momento da fundação Eunice Weaver faz um discurso de seu trabalho realizado por todo o Brasil, sobre a importância do combate contra a lepra, no qual essa doença atingia famílias pobres e também ricas, em vários estados brasileiros, com isso o combate à doença ganhou apoio de muitos órgãos públicos e privados, apoio do presidente da republica Getúlio Vargas, como também;

Por essa razão, o combate à doença já havia ganhado apoio decidido do presidente da republica Getúlio Vargas, através do Ministério de Educação e Saúde por intermédio de um programa executado em todo o território nacional, caracterizado por Eunice, em seu discurso, como “extenso e patriótico”.

A federação tinha como principal objetivo de destacar a importância de todos os brasileiros a se mobilizar para salvar os filhos sadios dos hansenianos, para que os filhos sadios tivessem uma assistência dentro dos preventórios.

Com base no autor BATISTA (2016) no dia 22 de novembro de 1949, Eunice weaver retorna ao território do Acre, para realizar uma palestra no auditório do instituto nossa Senhora de Nazaré, José Guiomard dos Santos, governados do território do Acre abriu a sessão da palestra, no qual estavam presentes o médico leprólogo do território Dr. José Maria Bastos, neste encontro Eunice Weaver colocou em destaque a necessidade de não olhar somente para o enfermo, mas também, para seus filhos suas famílias que não poderiam ficar abandonados, por isso importância de ter um amparo pela sociedade, Eunice não esqueceu dos filhos dos hansenianos, ela destaca a obrigação que todos deveriam ter com os filhos sadios dos leprosos, no discurso disse que eles tinham o direito de ser sadios e por isso as obrigações com eles são ainda maior.

No inicio em sua inauguração no dia 10 de outubro de 1942, quando ainda não tinha nem recebido o nome de educandário Santa Margarida, no em sua fundação recebeu o nome de Sociedade Eunice weaver, com o seu principal objetivo era de atender os filhos sadios dos hansenianos, abrigados na vila Santa Cecilia.

Na medida que a doença estava sendo olhada de outra forma, estava sendo mais esclarecida, o educandário passou a ampliar seu acolhimento, passando a atender também crianças abandonadas ou órfãs. E cada vez mais se adequando com toda a demanda e necessidade das crianças.

2.2.  Atividades Desenvolvidas Pela Instituição

O Educandário no decorrer desses 74 anos vem se tornando em a única instituição que acolhe e forma integral crianças de zero a doze anos nas quais foram vitimas de abandono, negligencia ou qualquer outro tipo de violência seja física, psicológica, ou funcional, nas quais essas crianças são encaminhadas pela vara da infância e da juventude de Rio Branco-Ac e pelos conselhos tutelares para acolhimento institucional, obedecendo às normas e diretrizes da lei.

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