Rio Branco - Qustão Paltina
Trabalho Escolar: Rio Branco - Qustão Paltina. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: claravfp • 24/11/2013 • 3.800 Palavras (16 Páginas) • 954 Visualizações
Barão do Rio Branco
José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como Barão do Rio Branco, nasceu um ano antes do projeto de 1844 e 5 anos depois do golpe da maioridade e do início do segundo reinado, período de maior estabilidade das instituições brasileiras, sem qualquer tipo de trauma ou revolta.
Sofreu forte influência de seu pai, José Maria da Silva Paranhos, que se destacou na política externa do Brasil, envolveu na questão do prata e nos primeiros anos da guerra do Paraguai. Mais tarde José Maria assumiu a SNE e mais outros cargos de ministro (guerra, marinha e fazenda), trabalhando essencialmente na política externa - tanto na esfera política quanto na militar.
A centralização e estabilidade influenciaram a posição conservadora, unitarista e pró-monarquia constitucional do barão. Defensor do poder moderador, estudou no colégio Pedro II, o principal colégio público do Brasil, e depois fez faculdade de direito na São Francisco; seguindo a tradição de ser bacharel em direito, como o pai, tendo assim contato com as principais disciplinas para ter conhecimento sobre o Brasil. Terminou o curso em Recife; e ganhou um prêmio logo depois ingressando assim para a Europa. Voltou consciente de que gostaria de assumir algum tipo de atividade no ramo internacional e assim iniciou seus feitos aqui. Era defensor do modelo unitário, contra a imitação que a América Latina fez do modelo norte-americano, tinha uma visão de que para manter a soberania, era necessário ter estabilidade.
Política Externa Barão do Rio Branco
O barão do Rio Branco desenvolveu diversas políticas externas, entre elas:
Aliança não escrita (relações Brasil e EUA);
Política de Fronteiras;
Questões Platinas;
Incidente Panther com a Alemanha, etc.
A política platina do Barão do Rio Branco
De 1902 a 1912 a política externa brasileira esteve a cargo de José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como Barão de Rio Branco, que detinha grande conhecimento dos países platinos, adquirido através de estudos e pela companhia feita a seu pai, Visconde de Rio Branco, em missões diplomáticas e assuntos de estado.
O Barão de Rio Branco ganhou a Chancelaria do Brasil num momento em que o Império se encontrava isolado devido às seguintes questões: a disputa ocorrida entre o Acre e a Bolívia (que deixou as relações tensas entre os dois países), o fato de que a Venezuela ainda nao tinha demarcado suas fronteiras com exatidão e também algumas questões com a Colômbia, que buscava apoio do império em relação à possibilidade de retalhamento de seu território em função da construção do canal do Panamá.
Por conta dessas questões, Rio Branco via o Brasil em posição de destaque, não como um ator impositor, mas sim como um gigante territorial e pela sua condição econômica e demográfica. Todavia, para manter-se assim, o Brasil deveria tomar algumas medidas que fizessem valer essas condições, já que o país havia passado por 10 anos de conflitos internos e desmoronamento financeiro.
A medida adotada foi a de redirecionar a política externa brasileira da área de influência britânica, passando a seguir uma relação mais próxima aos Estados Unidos, já que este, naquele momento, era o maior cliente brasileiro do mercado de café.
O fortalecimento de Rio Branco na burocracia diplomática o deixava em posição confortável para conceber a política externa brasileira praticamente sem oposição dos Presidentes nesse período.
A política corrente adotada por Rio Branco foi a de não intervenção em outros países sul-americanos, particularmente no Rio da Prata, favorecendo a estabilidade regional e prestigiando os governos constitucionais. Eram princípios, em sua maioria, inovadores, principalmente na região platina, já que no final da década de 1840 o império do Brasil tinha o objetivo de impedir a constituição de um estado nacional, sob hegemonia de Buenos Aires, bem como uma república forte ao sul, já que esta apresentava uma ameaça aos
interesses monárquicos e da livre navegação dos rios Paraná e Paraguai, essenciais para o Brasil naquele momento, levando-se em conta que a província do Mato Grosso se encontrava praticamente isolada. Como consequência disso, as ações diplomáticas foram orientadas em apoio das independências do Uruguai e Paraguai, para contestar a influência argentina nessas regiões.
Em 1903 e 1904, algumas situações no Uruguai e no Paraguai permitiram que Rio Branco colocasse em prática uma nova orientação de política externa brasileira: nesse momento o Partido Blanco rebelou-se contra o governo dos Colorados. Contextualizando, os Blancos eram mais próximos da Argentina , enquanto os Colorados eram mais próximos do império. Essas agitações políticas no Uruguai o levaram a considerar que somente a extinção da independência do país fosse a solução para os conflitos, portanto, Rio Branco adotou uma postura de não intervenção na guerra civil uruguaia, que terminou com a vitória do governo legítimo em 1904.
Antes da situação se normalizar no Uruguai, outra questão delicada surgiu, com o início de um levante no Paraguai, impulsionado pela oposição liberal que queria depor o Presidente Juan Escurra do Partido Colorado, bem como as raízes dessa agremiação política que controlava o poder havia três décadas. Percebe-se então com esse fato, que dois governos ligados ao Brasil estavam ameaçados.
Nesse momento, o Brasil já não estava em posição de evitar uma alteração na balança regional de poder e manter a hegemonia regional que desfrutara no Prata durante parte do século XIX.
Segundo a concepção de Rio Branco, o Brasil deveria vincunlar-se com os países vizinhos e com os Estados Unidos. E como conseqüência tornar, a política brasileira de forma geral, harmonizada e próxima da política norte-americana e a latino-americana.
A partir dessa diretriz, Rio Branco esforçou-se por ser o responsável, junto aos países latino-americanos, da política norte-americana e, ao mesmo tempo, apresentar o Brasil relacionando à América Latina, conforme intermediação no “caso Alsop” (1907), para evitar o rompimento de relações entre os Estados Unidos e o Chile.
O mesmo procurou aproximar-se dos Estados Unidos com objetivo de atingir a política externa brasileira. Devido à esse princípio os Estados Unidos também possuíam o mesmo interesse.Tendo em vista as relações brasileiras e norte americana, o caráter de Rio Branco tornou-se definitivo
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