ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Trabalho Universitário: ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Martaaa • 15/8/2013 • 2.159 Palavras (9 Páginas) • 478 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
DESENVOLVIMENTO 4
CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
REFERÊNCIAS 10
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo descrever o processo de endividamento das famílias brasileiras.
Há uma grande facilidade, atualmente, para conseguir créditos bancários, facilidade de financiamento, consumir exacerbadamente com cartões de créditos e até pegar empréstimos em bancos para uma compra de maior requisição de valor monetário, tudo isso nos trás uma enorme vantagem a curto prazo, como realizar uma compra e pagar futuramente ou então, parcelar em muitas vezes sem juros como dizem as lojas. As famílias brasileiras tem conseguindo uma ascensão financeira com o tempo, grupos de baixa renda estão entrando na camada da classe média. Porém, há uma parcela que ainda não entrou nessa nova camada e quer viver fora de sua realidade financeira, querem ter luxos que exclusivamente oferecidos a essa nova classe média. E o que acontece é que eles acabam se endividando para se igualar ao próximo nível de renda monetária, não pensando no que isso pode acarretar no seu futuro sustento.
A falta de planejamento financeiro é o que sempre falta na maior parte dos brasileiros, há a ausência de conhecimento de valores e de investimentos financeiros o suficiente para saber lidar com o consumo do que é necessário ou não. Usam o cartão de crédito descontroladamente e o usufruem como algo mágico e que por natureza própria pode comprar qualquer coisa e o que ocorre há médio prazo é que as dívidas atrasam e se acumulam até o consumidor estar ciente de que o débito é demais para a renda do mesmo. Essas atitudes provém do desejo de possuir certo bem, sendo que boa parte dos consumidores não espera até ter o dinheiro suficiente e acabam utilizando o cartão, sem estar consciente do que isso irá acarretar ao seu salário.
2 DESENVOLVIMENTO
Mais da metade das famílias brasileiras estão endividadas. Esta afirmação foi confirmada recentemente pela “Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras”, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP). Se levarmos em consideração os números totais, 62,5% de famílias brasileiras estão endividadas, o que representa um aumento de 6,39%. Reduzindo este campo de observação e considerando apenas os dados das capitais, 525 mil famílias contraíram dívidas entre 2010 e 2011, Na verdade, o que preocupa é a falta de capacidade para quitar as dívidas. Quase 37% dos brasileiros não têm condições de pagar seus débitos e o grande vilão desse endividamento continua sendo o cartão de crédito. Sem esquecer, é claro, dos cheques e dos empréstimos, que resultam em juros exorbitantes e que afetam diretamente a renda da população.
Para os especialistas em economia, é aceitável ter um terço da renda comprometida com dívidas, porém, é preciso saber que ao comprometer a renda dessa forma, questões básicas acabam sendo esquecidas ou ficam para segundo plano, como o investimento em educação, por exemplo. A saída de algumas famílias tem sido reduzir o consumo de serviços como internet, telefone fixo, celular e entretenimento, para garantir menos comprometimento da renda e aumentar a possibilidade de quitar as dívidas. Apesar de estarmos crescendo, economicamente falando, é preciso ter a consciência que o endividamento da população é prejudicial ao futuro do país. Resgatando a crise econômica dos Estados Unidos, faz-se necessário lembrar que o corte do crédito e o aumento dos juros se deram para impedir a onda de inadimplência gerada pelo super endividamento da população. Voltando ao caso do Brasil, caso a população continue a não conseguir quitar suas dívidas, os bancos serão obrigados a diminuir a oferta de crédito e aumentar os juros, freando assim o crescimento econômico e abrindo possibilidade para uma futura crise.
Apesar do aumento da renda média real do brasileiro e da queda do desemprego nos últimos anos, crédito fácil e caro atrapalharam orçamento doméstico de muitas famílias.
A dificuldade dos brasileiros para quitar dívidas deu mais um sinal preocupante. No cartão de crédito, 30% das dívidas estão atrasadas.
A inadimplência do consumidor brasileiro vem subindo mês a mês de forma quase contínua. No começo de 2011, 5,7% de todos os financiamentos para pessoa física estavam com mais de três meses em atraso. Em maio, o número foi para 8 %. E pior: as dívidas que mais aumentaram foram as mais caras. Em junho, 41 % das pessoas com dívidas não pagas que procuraram o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), em São Paulo, entraram no buraco por causa do cartão de crédito, que tem os juros médios mais altos do mercado, quase 11 % ao mês, 238% ao ano.
A renda média real do brasileiro cresceu nos últimos anos e o desemprego está baixo. Por que, então, a inadimplência está crescendo? Uma explicação é que com o crédito fácil e caro, muitas famílias brasileiras se atrapalharam no orçamento doméstico.
“Falta dinheiro no mês, aí o consumidor, que já está endividado, que já está com o orçamento apertado, vai pegar dinheiro aonde ele tem, que está disponível, que é no cheque especial ou na utilização do cartão. Com isso, o processo de furo, em vez de diminuir, acaba sendo algo permanente e muitas vezes drástico”, explica o economista chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicóla Tingas.
O desemprego deixou de ser a principal causa de inadimplência no SCPC. Foi superado pelo descontrole dos gastos. O diretor da entidade, Fernando Cosenza, lembra que nos últimos cinco anos 32 milhões de brasileiros passaram a ter acesso a crédito.
“Essas pessoas são majoritariamente pessoas de renda mais baixa, até três salários mínimos, e estão lidando com o crédito sem uma prática, sem uma experiência anterior, e estão muitas vezes tendo dificuldade de lidar com o crédito a seu favor”, aponta ele.
As principais causas do endividamento e as formas de resolvê-lo:
O primeiro risco ao atrasar uma dívida é ser considerado inadimplente e ter o nome incluído no cadastro de
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