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Endividamento Das Famílias Brasileiras

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Por:   •  10/10/2013  •  1.927 Palavras (8 Páginas)  •  714 Visualizações

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SUMÁRIO

1. Introdução .....................................................................................................4

2. Desenvolvimento ...........................................................................................5

3. Considerações Finais ....................................................................................9

4. Referências ...................................................................................................10

1. INTRODUÇÃO

O superendividamento dos consumidores tem crescido em todas as esferas da sociedade e configurar-se como um grave e crescente problema social que necessita para uma melhor gestão, de estudos aprofundados. As consequências do endividamento podem ter efeitos tanto no âmbito individual quanto coletivo, influenciando assim a vida dos indivíduos, famílias e da sociedade.

O endividamento definido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), define endividamento como a existência de um compromisso futuro de um pagamento, que não precisa estar necessariamente atrasado. Muitas pessoas possuem dívidas parceladas mais não assumem que estão endividadas, na maioria dos casos, as pessoas só assumem que estão endividadas quando não tem mais condição de quitar suas dídidas.

Atualmente, alguns trabalhos pioneiros abordam os principais motivos que levam um indivíduo a aquisição de dívidas, sendo os principais fatores mencionados, a crescente produção de mercadorias industrializadas, a extensão e facilitação do sistema de crédito e a constante incitação pela mídia da necessidade da aquisição de bens ou serviços.

Em entrevista realizada com comerciantes e bancários as principais causas do endividamento apontadas foram às elevadas taxas de juros e de impostos cobrados pelos bancos e governo, além disso, a desigualdade social, e falta de recurso nas populações de baixa renda também se configurou para alguns entrevistados motivos para o endividamento.

Abordamos sobre a importância do consumo na manutenção da economia assim como os pontos negativos do consumo desnecessário e suas consequências como endividamento pessoal, com consequências mais drásticas a sociedade, ou seja, o consumo como fator preponderante de exclusão social.

2. DESENVOLVIMENTO

De acordo com Marques (2006) o superendividamento pode ser definido como impossibilidade global de o devedor, pessoa física, consumidor, leigo e de boa-fé, pagar todas as suas dívidas atuais e futuras de consumo. No entanto, observa-se no cenário mundial que o endividamento das famílias tem crescido ao longo dos anos. Inclusive no Brasil. O percentual de famílias brasileiras com dívidas subiu para 57,3% em junho, ante 55,9% no mês anterior, quebrando um movimento de queda iniciado no mês de junho de 2011.

O percentual de famílias que relatou possuir dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros apresentou leve alta após sete meses consecutivos de queda, alcançando 58,8% em janeiro de 2012. Entretanto, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso apresentou queda tanto na comparação mensal, quanto na anual, assim como o percentual de famílias inadimplentes, de 19,9% em janeiro de 2012, ante 21,2% em dezembro de 2011 e 22,1% em janeiro de 2011.

O percentual de famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso apresentou trajetória de recuo similar. Em janeiro de 2012 eram 6,9% das famílias sem condições de pagar seus débitos, ante 7,2% em dezembro de 2011 e 7,9% em janeiro de 2011.

A quisição de bens pode configurar-se um meio de inclusão social ou não. De acordo com Baudrillard (2005) bens de consumo, ou melhor, objetos projetados pela mídia para consumo têm um valor de signo, ou seja, sua posse confere status, é sinônimo de posição social. Hoje, muitas mercadorias passaram a ser adquiridas não apenas como objetos que viabilizam a melhoria na qualidade de vida ou satisfação pessoal e sim como “senhas” que possibilitam identificação, pertencimento e reconhecimento social.

Atualmente, o consumo passou a ser considerado como uma espécie de motor e matriz das relações sociais. Muitas mercadorias como carro, TVs LCD, laptops, dentre outros produtos, possui status de objetos indicadores de inclusão e distinção social. A mídia, através das propagandas de marketing mostram ao cidadão a importância e necessidade de aquisição do bem. Enfatiza que determinados produtos são indispensáveis à vida do cidadão, fazendo com que este, mesmo sem condições, e motivado pela credito facilitado, adquira o objeto e consequentemente uma dívida. Muitos cidadãos são continuamente incitados a fazer novas aquisições, com a falsa ideia de que, por possuírem tal bem, configuram-se inseridos em determinadas classes de pessoas, sentem-se reconhecidos socialmente. Muitas pessoas adquirem determinados bens, mesmo sabendo que vai comprometer parte da renda, deixando muitas vezes de comprar, produtos indispensáveis ao cotidiano da família.

A análise aprofundada sobre aquisição de bens como sinônimo de inclusão social mostra que a situação não é bem assim. O consumo desnecessário de bens e consequente endividamento pode causar um dano irreparável à sociedade, o aumento da exclusão social.

Segundo Zygmunt Bauman (1999) a sociedade de consumo aprofundou as desigualdades sociais, pois todos nós estamos “condenados à vida de opções, mas nem todos temos os meios de ser optantes”, ou seja, a capacidade – ou não – de consumir configura-se como um dos critérios de inclusão/exclusão social. De acordo com este autor, vivemos em uma sociedade que possui dois tipos de consumidores, aqueles que estão em classes mais favorecidas, os consumidores experientes, aqueles que se regozijam com o (cada vez mais rápido) descarte após o desfrute que objetos e pessoas podem proporcionar, e que estão sempre prontos a movimentar a economia, e os consumidores falhos ou fracassados, aqueles sem condições de lubrificar as rodas da economia de consumo. Muitas vezes, incitados pela mídia, e ansiosos para obtenção de status, reconhecimento e satisfação pessoal, adquirem produtos os quais s muitas vezes, não conseguem pagar. Para esses sujeitos, a exclusão social acontece de fato.

O endividamento dos brasileiros hoje e consequência de pelo menos três

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