ESTUDO DE CASO: Gentileza Ou Assédio: Conflitos De Gênero E De Raça Nas Relações De Trabalho
Trabalho Universitário: ESTUDO DE CASO: Gentileza Ou Assédio: Conflitos De Gênero E De Raça Nas Relações De Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cianechaves • 9/10/2013 • 1.912 Palavras (8 Páginas) • 900 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Conforme o texto indicado, Gentileza ou Assédio: Conflitos de gênero e de raça nas relações de trabalho, escrito por Ana Paula Pinto damasceno nos sugere um conflito que acontece com frequência nos ambientes de trabalho. Diante das informações obtidas no texto é possível analisar esse tipo de conflito de diferentes ângulos, especificamente o do assédio sexual e moral em si e as causas que o levaram a existir.
O objetivo deste trabalho é observar a postura dos personagens envolvidos, nas suas diferentes formas de lidar, agir e reagir diante dos problemas existentes dentro de uma empresa, principalmente, nos casos em que os próprios lideres estão incluídos. Uma coisa é gerenciar a situação de fora imparcialmente, outra bem diferente, é estar envolvido e ter de conduzi-la de maneira ética e profissional, amenizando os ânimos e os transtornos causados pelo clima organizacional. Manter o controle e manter a postura de líder e essencial, como já dizia o próprio Newton, para toda uma ação há sempre uma reação, e qualquer reação ou atitude não sábia haverá uma consequência seja ela boa ou ruim, e acima de tudo arcar com a responsabilidade de nossos atos, de modo que não afete o ambiente e as relações de trabalho. Quando falamos ambiente de trabalho estamos falando não só das pessoas, mas também das estruturas físicas da organização.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ESTILOS DE LIDERANÇA
Segundo Maximiano (2000, p.343) "estilo de liderança é a forma como o líder se relaciona com os integrantes da equipe, seja em interações grupais ou pessoa a pessoa. O estilo pode ser autocrático, democrático ou liberal, dependendo da relação desse líder com seus liderados".
Ao ler o texto podemos analisar que Fernando é um tipo de líder democrático, onde todos participam expondo soluções, as formas de execução e tarefas de cada um são debatidas e decididas pelo grupo, com o apoio do líder. Facilidade de comunicação, amizade, respeito e responsabilidade predominavam na liderança do chefe. O estilo de liderança adotado por Carla ao assumir o cargo de chefe substituta por conta da ausência do chefe Fernando foi o liberal, onde as formas de execução e as tarefas de cada um são decididas exclusivamente pelo grupo, sem a participação do líder, que não interfere no curso dos acontecimentos, pois tarefa dada tarefa cumprida.
Bonome (2008, p.60) diz: "O grupo permaneceu à vontade no trabalho. O líder deu completa liberdade, nada fez para interferir no trabalho do grupo. Não houve crítica, elogio ou orientação ao grupo. Os indivíduos mostram-se confusos, porém com muita atividade. Embora não tivesse ocorrido interferência do líder, o respeito deu lugar a atitudes agressivas." Foi o que aconteceu com Carla, num dado momento em que a chefe substituta precisou de ajuda com os relatórios propõe ampliação das horas de trabalho. Um deles, o recém-chegado servidor cujo nome é Ricardo, se dispõe ao trabalho em tempo integral anulando a possibilidade do rodízio. Ricardo ao perceber o estilo de liderar de Carla e por ele ser uma mulher, tenta seduzir a chefe com bajulações, convites, olhares e presentes. Diante da indiferença de Carla, Ricardo por não ser correspondido difama a chefe e consequentemente gerando conflitos, tornando o ambiente hostil e tenso. A atitude e a postura de Carla diante do acontecido foram à omissão e acabou se isolando do grupo, prejudicando seu relacionamento com os colegas acarretando efeitos negativos ao seu rendimento profissional.
2.2 DIVERSIDADE DA FORÇA DE TRABALHO
A força de trabalho diversificada requer que sociedade e empresa reflitam em termos de sexo, raça, etnia, necessidades especiais, idade, classe social, religião e opção sexual para que seja possível criar um ambiente cultural que respeite as diferenças e as opiniões, com o objetivo de promover o respeito e a igualdade. Schermerhorn (1999) explica a Diversidade da força de trabalho como a presença de características humanas individuais que torna uma pessoa diferente de outra.
A diversidade tem de ser encarada com mente aberta para que se possa compreender que todos os seres humanos mulheres, índios, negros, homossexuais, enfim. Todos podem agregar valores, conhecimentos, pensamentos e visões diferentes que proporcionam a instituição a possibilidade de inovadoras formas de alcançar metas, liderar. Neste estudo de caso, Carla faz parte do grupo dito minoritário dentro das organizações, por ser do gênero feminino e afro descendente, Fernando por ser um líder de visão ética não avaliou as características humanas nem os atributos físicos dela ao e indica-la como sua substituta no período de seu afastamento. Em nenhum momento foi questionado a cor, religião, forma física ou qualquer outra característica para a ocupação do cargo. Porém foram observadas e respeitadas apenas as suas qualificações, competências e atuação profissional que a destacava dos demais. O chefe foi extremamente justo ao escolher a pessoa mas preparada, experiente e capacitada, e acima de tudo tinha a sua confiança, conquistado pelo seu profissionalismo.
2.3 ÉTICA
Segundo Antônio Lopes de Sá Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, para que ninguém saia prejudicado. O termo ético vem do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Mas a definição dada por Antônio Lopes de Sá é a que melhor descreve e entenda-se pela palavra Ética. Sabemos que a ética faz parte das relações humanas, da politica, dos negócios e ate mesmo da vida pessoas ou qualquer outro tipo de relação profissional.
Mas será que Ricardo se enquadra como um servidor que presa pela ética profissional?
De maneira alguma. Ele foi contrario a tudo que foi escrito acima referente a ética, tornando-se completamente antiético e ao mesmo tempo imoral. Faltou com respeito sua chefa, a difamou entre os colegas, mentindo descaradamente contando a historia que mais lhe convinha, sem nenhum peso na consciência ou remorso por denegrir a imagem profissional de sua colega de trabalho.
Ainda falando sobre o conceito ético, que certamente todos temos, é possível afirmar que o ato praticado por Ricardo pode ser claramente denominado de assedio moral e certamente sexual também pelo ato de Ricardo ter agarrado Carla e forçado um beijo.
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